Pronunciamento
Silvio Dreveck - 042ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 18/05/2011
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente e srs. deputados, o assunto que trago, hoje, diz respeito ao encontro que vai acontecer na próxima sexta-feira. Deputado Reno Caramori, v.exa. que também percorreu o meio-oeste e o oeste no final de semana, sabe que vamos tratar do assunto ferrovias.
A abertura da Conferência da Unale, conferência esta que é relevante em vários aspectos, será hoje, às 20h. Nela teremos a oportunidade de ouvir muitos palestrantes, economistas e conhecedores da proposta de reforma política, o que é muito importante. No dia de amanhã haverá várias palestras. Parece, segundo o deputado Joares Ponticelli, que o número de inscritos é o maior de todos os tempos.
Deputado Reno Caramori, presidiremos o Parlasul até o mês de outubro, em função do afastamento do deputado Maurício Picarelli, de Mato Grosso do Sul, e já na sexta-feira estaremos coordenando um encontro com os parlamentares dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Contaremos também com a presença, deputado Moacir Sopelsa, de parlamentares das províncias de Tucumán, Jujuy e Salta, entre outras, da Argentina, além de deputados da Espanha e do Chile.
Deputado Nilson Gonçalves, na sexta-feira, no encontro do Parlasul, quando vamos debater o sistema ferroviário brasileiro, contaremos com a presença do deputado federal Pedro Uczai; do deputado Adão Villaverde; da professora Ceci Juruá, economista da Universidade do Rio de Janeiro; e também de Lara Marina Martinez Caro, procuradora da República em Uruguaiana. O tema, como já disse, será o sistema ferroviário brasileiro, mas, em especial, o de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Vamos fazer uma apresentação, deputado Reno Caramori, do sistema catarinense. Em primeiro lugar, faremos uma demonstração do que existia e do que existe hoje. Em muitos municípios as linhas estão desativadas. A linha de Porto União a Canoinhas está desativada; a extensão com o estado do Paraná, Irati e Ponta Grossa também está desativada. Seguindo em direção aos municípios de Joaçaba e Videira, se não me falha a memória, em todo o vale do Rio do Peixe, que fazia a ligação com Marcelino Ramos, vemos que a linha também está desativada. A única linha que está ativada na nossa região é a Lages/Mafra/São Bento do Sul/São Francisco do Sul, deputado Nilson Gonçalves. Parece-me que essa concessão foi equivocada, porque deixou esses municípios de fora. E para a empresa está sendo ótimo porque está obtendo bom resultado, e é lógico que ninguém vai ter uma empresa para não obter lucros.
No entanto, não se poderia desativar o sistema ferroviário do dia para a noite, deixando o sistema rodoviário brasileiro nessa situação caótica. A cada dia dependemos mais do transporte rodoviário e, por mais que se façam ferrovias, elas serão insuficientes, mas desativar as que já existiam foi, no mínimo, um equívoco.
Quero dizer que entrarão em debate também os projetos futuros, como o projeto de uma linha que vem do Mato Grosso do Sul, passa pelo Paraná e chega ao oeste catarinense. É importante ressaltar que o projeto leste/oeste, ou seja, do nosso litoral ao oeste, destaca o sistema portuário, que permite fazer toda a logística no transporte ferroviário, trazendo ou levando produtos desde o Mato Grosso do Sul, passando pelo Paraná e chegando ao nosso estado. Já há estudos preliminares de que há viabilidade econômica, com retorno de produtos, equipamentos e matérias primas também do sul para o centro oeste brasileiro.
Portanto, vamos ter, com certeza, um debate produtivo, para o qual convidamos as lideranças dos estados de Santa Catarina, do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul, mas principalmente os empresários, os prefeitos e os vereadores do planalto norte, do oeste e do meio-oeste catarinense, que têm interesse em debater esse tema.
Faço ainda um convite aos colegas para que na sexta-feira, no Costão do Santinho, debatamos essa matéria que é extremamente relevante, dessa feita com a presença também dos países vizinhos: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
O Sr. Deputado Valmir Comin - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Pois não!
O Sr. Deputado Valmir Comin - Quero parabenizá-lo por suas colocações, mas principalmente pelo tema que aborda, referente ao sistema modal do país.
A opção do Brasil, décadas atrás, pelo sistema rodoviário mostrou-se totalmente equivocada. Hoje se fala até em colocar trilhos de trem sobre o asfalto. Quer dizer, é um absurdo!
Dias atrás tive acesso a uma estatística sobre o custo Brasil. O preço do transporte rodoviário é de R$ 110,00 por tonelada. Já no sistema ferroviário, o preço cai para R$ 75,00 por tonelada. Além disso, quando todo o sistema ferroviário estava estatizado, tínhamos 22.000km de rede ferroviária e depois da abertura para as PPPs já estamos com 28.000km e ao invés de déficit passamos a ter superávit.
Com certeza, deputado, essa é a grande saída para um país com dimensão continental, que tem um povo ordeiro e trabalhador. Para Santa Catarina, um estado eminentemente exportador, é necessário um bom sistema de escoamento da produção para competir no mundo globalizado.
Nossos cumprimentos!
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Deputado, Valmir Comin, agradecemos a sua grande contribuição e para concluir queremos dizer que a nossa dificuldade de competir reside justamente no custo Brasil.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
A abertura da Conferência da Unale, conferência esta que é relevante em vários aspectos, será hoje, às 20h. Nela teremos a oportunidade de ouvir muitos palestrantes, economistas e conhecedores da proposta de reforma política, o que é muito importante. No dia de amanhã haverá várias palestras. Parece, segundo o deputado Joares Ponticelli, que o número de inscritos é o maior de todos os tempos.
Deputado Reno Caramori, presidiremos o Parlasul até o mês de outubro, em função do afastamento do deputado Maurício Picarelli, de Mato Grosso do Sul, e já na sexta-feira estaremos coordenando um encontro com os parlamentares dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Contaremos também com a presença, deputado Moacir Sopelsa, de parlamentares das províncias de Tucumán, Jujuy e Salta, entre outras, da Argentina, além de deputados da Espanha e do Chile.
Deputado Nilson Gonçalves, na sexta-feira, no encontro do Parlasul, quando vamos debater o sistema ferroviário brasileiro, contaremos com a presença do deputado federal Pedro Uczai; do deputado Adão Villaverde; da professora Ceci Juruá, economista da Universidade do Rio de Janeiro; e também de Lara Marina Martinez Caro, procuradora da República em Uruguaiana. O tema, como já disse, será o sistema ferroviário brasileiro, mas, em especial, o de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Vamos fazer uma apresentação, deputado Reno Caramori, do sistema catarinense. Em primeiro lugar, faremos uma demonstração do que existia e do que existe hoje. Em muitos municípios as linhas estão desativadas. A linha de Porto União a Canoinhas está desativada; a extensão com o estado do Paraná, Irati e Ponta Grossa também está desativada. Seguindo em direção aos municípios de Joaçaba e Videira, se não me falha a memória, em todo o vale do Rio do Peixe, que fazia a ligação com Marcelino Ramos, vemos que a linha também está desativada. A única linha que está ativada na nossa região é a Lages/Mafra/São Bento do Sul/São Francisco do Sul, deputado Nilson Gonçalves. Parece-me que essa concessão foi equivocada, porque deixou esses municípios de fora. E para a empresa está sendo ótimo porque está obtendo bom resultado, e é lógico que ninguém vai ter uma empresa para não obter lucros.
No entanto, não se poderia desativar o sistema ferroviário do dia para a noite, deixando o sistema rodoviário brasileiro nessa situação caótica. A cada dia dependemos mais do transporte rodoviário e, por mais que se façam ferrovias, elas serão insuficientes, mas desativar as que já existiam foi, no mínimo, um equívoco.
Quero dizer que entrarão em debate também os projetos futuros, como o projeto de uma linha que vem do Mato Grosso do Sul, passa pelo Paraná e chega ao oeste catarinense. É importante ressaltar que o projeto leste/oeste, ou seja, do nosso litoral ao oeste, destaca o sistema portuário, que permite fazer toda a logística no transporte ferroviário, trazendo ou levando produtos desde o Mato Grosso do Sul, passando pelo Paraná e chegando ao nosso estado. Já há estudos preliminares de que há viabilidade econômica, com retorno de produtos, equipamentos e matérias primas também do sul para o centro oeste brasileiro.
Portanto, vamos ter, com certeza, um debate produtivo, para o qual convidamos as lideranças dos estados de Santa Catarina, do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul, mas principalmente os empresários, os prefeitos e os vereadores do planalto norte, do oeste e do meio-oeste catarinense, que têm interesse em debater esse tema.
Faço ainda um convite aos colegas para que na sexta-feira, no Costão do Santinho, debatamos essa matéria que é extremamente relevante, dessa feita com a presença também dos países vizinhos: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
O Sr. Deputado Valmir Comin - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Pois não!
O Sr. Deputado Valmir Comin - Quero parabenizá-lo por suas colocações, mas principalmente pelo tema que aborda, referente ao sistema modal do país.
A opção do Brasil, décadas atrás, pelo sistema rodoviário mostrou-se totalmente equivocada. Hoje se fala até em colocar trilhos de trem sobre o asfalto. Quer dizer, é um absurdo!
Dias atrás tive acesso a uma estatística sobre o custo Brasil. O preço do transporte rodoviário é de R$ 110,00 por tonelada. Já no sistema ferroviário, o preço cai para R$ 75,00 por tonelada. Além disso, quando todo o sistema ferroviário estava estatizado, tínhamos 22.000km de rede ferroviária e depois da abertura para as PPPs já estamos com 28.000km e ao invés de déficit passamos a ter superávit.
Com certeza, deputado, essa é a grande saída para um país com dimensão continental, que tem um povo ordeiro e trabalhador. Para Santa Catarina, um estado eminentemente exportador, é necessário um bom sistema de escoamento da produção para competir no mundo globalizado.
Nossos cumprimentos!
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Deputado, Valmir Comin, agradecemos a sua grande contribuição e para concluir queremos dizer que a nossa dificuldade de competir reside justamente no custo Brasil.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)