Pronunciamento

Silvio Dreveck - 070ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 02/07/2014
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Muito obrigado, deputado Kennedy Nunes. Quero aqui, em primeiro lugar, dizer ao deputado Jailson Lima que ouvi, como também a deputada Ana Paula Lima, atentamente e com respeito, os comentários a respeito da realização da Copa do Mundo. Não temos que fazer reparos, sou um amante do futebol, apenas não fui profissional porque na época o salário não era compensador. Mas, em relação à Copa, parabéns a todos e que o Brasil seja campeão, caso tenha competência.
Mas o que tenho colocado e, não é de hoje, é outra realidade. Vai passar o evento, vai passar toda essa emoção, que é muito bonita, mas quando voltar a razão, todos pensarão duas vezes, talvez três ou talvez muitas vezes, sem que se consiga consertar. E o que é que quero dizer? O Brasil vem caminhando com muita dificuldade na sua economia, em especial, na indústria, que é aquela engrenagem que faz com que outras atividades possam se desenvolver e agrega em todos os sentidos o que se produz para o comércio, para o consumidor final, e sem aquele que produz não teremos as outras atividades.
Portanto, a indústria de transformação é uma grande alavanca do Brasil e não é de hoje, mas que vem perdendo espaço a cada dia. Não sou quem está dizendo, são os números do IBGE e de outros institutos que colocam isso quase que diariamente. Estamos nos tornando incompetitivos na indústria brasileira. Alguns dizem que temos produtos a vender, mas isso porque tem muita importação e, portanto, estamos vendendo e gerando emprego para outros países. Repito, não é a primeira vez que falo isso.
Mas, quando fazemos essa constatação, também temos uma visão do que poderia, ao menos, ser amenizado com ações concretas, a exemplo do que temos debatido aqui ao longo dos tempos, como em muitas audiências públicas, aqui na tribuna, em encontros com outros parlamentares de outros estados, com relação às rodovias, que não andaram, que não saíram do papel. Os aeroportos tiveram, na verdade, um avanço, ainda longe do previsto, porque agora estamos vivendo o mundo da Copa, mas vai passar.
O nosso sistema rodoviário, o nosso sistema por transporte, por hidro, ou seja, fluvial, a nossa energia, que está no seu limite de capacidade, está represada com seus reajustes, assim como o combustível.
Então, é neste conjunto de infraestrutura que me refiro e não estou falando isso somente deste governo, estou falando isso há muito tempo.
Quando vamos ter a coragem de fazer um projeto de redução de impostos? A chamada reforma tributária é indispensável para tornar, repito, o Brasil mais competitivo. Um Brasil que possa competir com seus produtos e gerar mais emprego, mais renda, mais riquezas para, automaticamente, distribuir esta riqueza para que todos possam utilizá-la.
Não é a primeira que vez que vou falar sobre isso, mais uma vez daqui a poucos dias vamos cair na realidade dos nossos hospitais, dos nossos postos de saúde, das nossas prefeituras, que estão bancando a saúde pública no Brasil. Colocando 25%, 30% do seu orçamento para a saúde pública porque a tabela do SUS, que paga o serviço de cirurgia, internação, consultas e exames não é reajustada há quatorze anos.
Telespectador da TVAL, ouvinte da rádio Alesc Digital, isso representa 170% de inflação, aproximadamente, que é inviável fazer saúde pública neste país com os recursos apenas dos municípios.
Quero ver propostas neste ano para um Brasil mais eficiente. Para um Brasil que beneficie mais as pessoas na área saúde.
Vamos pensar com a razão, vamos agir com a razão, vamos ter coragem de enfrentar os grandes desafios, os grandes gargalos que o Brasil precisa enfrentar. Eu quero ouvir isso e ver aqueles que terão coragem para fazê-lo.
Eu estou aqui disposto a colaborar.
Obrigado sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)