Pronunciamento

Silvio Dreveck - 001ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/02/2014
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, deputado Nilson Gonçalves, v.exa. fez uma manifestação referente à BR-280, problemas que se arrastam há uma década, e quero aqui endossar as suas palavras. Digo também que acredito que vai mais uma década, lamentavelmente, porque defendi sempre a concessão dessa rodovia para dar mais agilidade, para dar mais celeridade e resolver essa situação.
V.Exa. se manifestou com muita propriedade, porque conhece bem a região, e também tenho conhecimento de que é praticamente intransitável principalmente agora na temporada. E não afeta só os turistas, afeta as pessoas que vão trabalhar, que se deslocam de Joinville a São Francisco, à Barra do Sul, Araquari e assim por diante.
Conheço também a situação que v.exa. manifestou aqui, da via que vai à margem do rio Itapocu e sai na BR-101, que é, na verdade, uma segunda alternativa, porque Barra do Sul fica praticamente com acesso pavimentado, que chega à sede do município e parou, é o fim da linha. Aquela outra rodovia é intransitável, porque é uma estrada de chão, enfim, quando chove ou quando está muito seco também se torna inviável transitar por lá.
Vou torcer para que v.exa. tenha sucesso nesse compromisso do secretário, que possa melhorar, evidentemente não só para aqueles moradores, mas para que todos aqueles que vão à Barra do Sul, para que tenham essa alternativa um pouco mais facilitada de se deslocar daquele município.
Sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, vi aqui várias manifestações no dia de hoje e quero fazer um registro. Não é uma contestação partidária de governo A ou governo C, entretanto não podemos ficar omissos diante do que está acontecendo no Brasil.
No dia de ontem, tivemos um apagão energético em 11 estados brasileiros. Há mais de cinco anos tenho manifestado nesta Casa que a matriz energética brasileira, se não está comprometida, no mínimo é preocupante.
Tenho defendido e continuo defendendo uma das fontes de energia através das usinas hidrelétricas. Temos a eólica, que é uma boa alternativa, que em grande parte tem implantada as torres, mas sem as linhas de transmissão.
Agora, ainda para completar, o uso das termoelétricas, que é uma energia mais cara, mais suja, mais poluente, e as nossas hidrelétricas estão aí se arrastando por conta de líderes que utilizam, líderes que são, na grande maioria, ideológicos, ou de uma posição que nada se pode fazer no Brasil, que não se pode fazer uma hidrelétrica porque vai ter impacto ambiental.
Por outro lado, não se pergunta se o pacto ambiental da energia do petróleo não é mais prejudicial do que o impacto do alagamento. E esses líderes se utilizam ora de alguns indígenas, ora de alguns quilombolas, ora com o apoio da Funai, e essas construções vêm se alastrando, mas temos que admitir que o Brasil está no limite da sua produção energética.
Ao mesmo tempo, não temos dinheiro para fazer frente a essa importante e indispensável fonte ou à matriz energética, melhor dizer assim, obviamente que as concessões, no meu modo de ver, são mais saudáveis. E o próprio governo em si não tem recursos para a saúde, para as nossas ferrovias, rodovias, portos, aeroportos, mas, interessante, tem dinheiro, deputado Nilson Gonçalves, para construir um porto lá em Cuba. Alguma coisa não está fechando nesse fluxo de caixa do governo brasileiro, uma vez que o dinheiro vem dos impostos de cada um de nós, e temos prioridades e mais prioridades para investir em nosso país, coisa que não vem acontecendo.
Reclamamos da saúde, é verdade, mas ao mesmo tempo não se ajusta a tabela SUS para os serviços prestados pelos hospitais, pelos médicos, eis que desde 1997 não se reajusta a referida tabela. Portanto, temos uma inflação de 160% que correu todos esses valores que praticamente são insignificantes, mas repito: para isso não tem dinheiro, mas construir um porto que para mim não tem justificativa nenhuma lá num país que é totalitário, e o nosso dinheiro do BNDES está indo para essa atividade, é lamentável.
Obrigado, sr. Presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)