Pronunciamento
Silvio Dreveck - 098ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 31/10/2011
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente e srs. deputados, tivemos a oportunidade de participar, nos dias 26 e 27, em São Paulo, de um encontro da Confederação Nacional da Indústria, e o assunto foi competitividade. Na oportunidade, tivemos a oportunidade de ouvir grandes economistas, inclusive o ex-secretário de Bill Clinton.
Quando falamos em competitividade, sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, o assunto é mais complexo do que podemos imaginar. Quando se fala em competitividade de produtos brasileiros, estamos falando da logística brasileira, ou seja, dos nossos sistemas rodoviário, portuário e aeroviário. E, além disso, vem o nosso grande peso, sr. presidente, deputado Antônio Aguiar, que é a nossa excessiva carga tributária. E, além da carga tributária, há os encargos sociais.
E aqui não estamos falando deste governo, mas da história brasileira em relação aos encargos sociais, da política tributária que vem avançando cada vez mais no sentido de pesar no bolso do contribuinte, porque não podemos nos iludir que toda carga tributária que é acrescentada e paga pelas empresas automaticamente é repassada ao produto brasileiro.
Portanto, há que se refletir até quando o Brasil vai conseguir competir com outros países, na medida em que o nosso produto tem muitos atributos de impostos, por conta do alto preço que é embutido no produto pela nossa infraestrutura brasileira.
É bem verdade que o governo federal tem tomado medidas, a exemplo do que fez com alguns produtos, principalmente vindos da China, mas esse antidumping, na verdade, é uma medida que não é duradoura, ou seja, a ação duradoura vai ser aquela em que o nosso produto terá competitividade não somente nos países asiáticos, mas também nos países europeus e americanos, que são, e sempre foram, os nossos grandes clientes.
Portanto, o Brasil precisa rever, primeiro, toda essa carga tributária excessiva, e tomar medidas - e não ficar somente no discurso - para diminuir os nossos encargos sociais na folha de pagamento.
Precisamos, srs. deputados, além do que estou falando, e que é um resumo muito rápido, de investimentos também na nossa mão-de-obra. Em outras palavras, precisamos investir na educação brasileira, mas na educação de qualidade.
O Brasil vem passando, há alguns anos, por um período de crescimento e desenvolvimento, e isto é verdadeiro. E, ao mesmo tempo, quando as empresas ampliam os seus negócios, há uma grande dificuldade de contratarem mão-de-obra qualificada. Por conta disso, há investimentos privados, principalmente através do Senai, que tem sido um bom exemplo para o Brasil. Mas é preciso relembrar que, para facilitar esse aperfeiçoamento e essa qualificação, é importante e indispensável que haja uma educação de qualidade.
Nós tivemos grandes avanços porque houve a sensibilidade da grande maioria das nossas crianças, dos nossos jovens e dos nossos adolescentes no sentido de frequentarem a escola.
Por outro lado, chegou a hora de se fazer investimentos em qualidade. E, além disso, é preciso convencer o nosso jovem a não desistir dos estudos, principalmente quando inicia o seu curso médio, pois acaba não concluindo. E isso tem trazido muita dificuldade para a contratação por parte das empresas. Elas, por sua vez, fazem investimentos e, mais uma vez, o nosso país tem dificuldade de competir com outros países.
Além disso, não podemos esquecer que o Brasil é um dos poucos países que estão num momento importante do seu crescimento e desenvolvimento, em que pese a crise internacional, que direta ou indiretamente vai-nos afetar - e não tanto quanto, talvez, os outros países, mas vai afetar. E é bom lembrar que o nosso país nos privilegia, principalmente no agronegócio, na agricultura e na pecuária. O Brasil é um país riquíssimo em minérios, mas, mais do que isso, é muito rico em energia.
Então, quando falamos que a China é o grande gigante, e na fabricação de produtos isso não deixa de ser verdadeiro, vale lembrar que ela vai precisar principalmente do Brasil, que é um grande fornecedor de alimentos, de minérios e de energia, principalmente a energia limpa. Diga-se de passagem, o Brasil é o país que tem o maior percentual de água doce do planeta e, portanto, possui muitas condições favoráveis de ampliar a sua matriz energética, principalmente na hidrelétrica, em que pesem as contestações ambientais.
Mas é preciso lembrar que o petróleo é uma energia muito mais suja do que a água. É preciso lembrar que temos um potencial enorme no próprio etanol advindo da cana-de-açúcar, principalmente. Portanto, temos muito que oportunizar, e é importante relembrar que temos que ter essa responsabilidade de fazer os investimentos em infraestrutura e também ter a determinação de reduzir os nossos encargos sociais e também a alta carga tributária.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quando falamos em competitividade, sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, o assunto é mais complexo do que podemos imaginar. Quando se fala em competitividade de produtos brasileiros, estamos falando da logística brasileira, ou seja, dos nossos sistemas rodoviário, portuário e aeroviário. E, além disso, vem o nosso grande peso, sr. presidente, deputado Antônio Aguiar, que é a nossa excessiva carga tributária. E, além da carga tributária, há os encargos sociais.
E aqui não estamos falando deste governo, mas da história brasileira em relação aos encargos sociais, da política tributária que vem avançando cada vez mais no sentido de pesar no bolso do contribuinte, porque não podemos nos iludir que toda carga tributária que é acrescentada e paga pelas empresas automaticamente é repassada ao produto brasileiro.
Portanto, há que se refletir até quando o Brasil vai conseguir competir com outros países, na medida em que o nosso produto tem muitos atributos de impostos, por conta do alto preço que é embutido no produto pela nossa infraestrutura brasileira.
É bem verdade que o governo federal tem tomado medidas, a exemplo do que fez com alguns produtos, principalmente vindos da China, mas esse antidumping, na verdade, é uma medida que não é duradoura, ou seja, a ação duradoura vai ser aquela em que o nosso produto terá competitividade não somente nos países asiáticos, mas também nos países europeus e americanos, que são, e sempre foram, os nossos grandes clientes.
Portanto, o Brasil precisa rever, primeiro, toda essa carga tributária excessiva, e tomar medidas - e não ficar somente no discurso - para diminuir os nossos encargos sociais na folha de pagamento.
Precisamos, srs. deputados, além do que estou falando, e que é um resumo muito rápido, de investimentos também na nossa mão-de-obra. Em outras palavras, precisamos investir na educação brasileira, mas na educação de qualidade.
O Brasil vem passando, há alguns anos, por um período de crescimento e desenvolvimento, e isto é verdadeiro. E, ao mesmo tempo, quando as empresas ampliam os seus negócios, há uma grande dificuldade de contratarem mão-de-obra qualificada. Por conta disso, há investimentos privados, principalmente através do Senai, que tem sido um bom exemplo para o Brasil. Mas é preciso relembrar que, para facilitar esse aperfeiçoamento e essa qualificação, é importante e indispensável que haja uma educação de qualidade.
Nós tivemos grandes avanços porque houve a sensibilidade da grande maioria das nossas crianças, dos nossos jovens e dos nossos adolescentes no sentido de frequentarem a escola.
Por outro lado, chegou a hora de se fazer investimentos em qualidade. E, além disso, é preciso convencer o nosso jovem a não desistir dos estudos, principalmente quando inicia o seu curso médio, pois acaba não concluindo. E isso tem trazido muita dificuldade para a contratação por parte das empresas. Elas, por sua vez, fazem investimentos e, mais uma vez, o nosso país tem dificuldade de competir com outros países.
Além disso, não podemos esquecer que o Brasil é um dos poucos países que estão num momento importante do seu crescimento e desenvolvimento, em que pese a crise internacional, que direta ou indiretamente vai-nos afetar - e não tanto quanto, talvez, os outros países, mas vai afetar. E é bom lembrar que o nosso país nos privilegia, principalmente no agronegócio, na agricultura e na pecuária. O Brasil é um país riquíssimo em minérios, mas, mais do que isso, é muito rico em energia.
Então, quando falamos que a China é o grande gigante, e na fabricação de produtos isso não deixa de ser verdadeiro, vale lembrar que ela vai precisar principalmente do Brasil, que é um grande fornecedor de alimentos, de minérios e de energia, principalmente a energia limpa. Diga-se de passagem, o Brasil é o país que tem o maior percentual de água doce do planeta e, portanto, possui muitas condições favoráveis de ampliar a sua matriz energética, principalmente na hidrelétrica, em que pesem as contestações ambientais.
Mas é preciso lembrar que o petróleo é uma energia muito mais suja do que a água. É preciso lembrar que temos um potencial enorme no próprio etanol advindo da cana-de-açúcar, principalmente. Portanto, temos muito que oportunizar, e é importante relembrar que temos que ter essa responsabilidade de fazer os investimentos em infraestrutura e também ter a determinação de reduzir os nossos encargos sociais e também a alta carga tributária.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)