Pronunciamento
Silvio Dreveck - 033ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 02/05/2007
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, estava ouvindo o pronunciamento do deputado Romildo Titon e rendo a minha homenagem por essa importante notícia sobre o município de Capinzal, que poderá prosperar ao contar com uma usina de biodiesel.
Ao mesmo tempo, sr. presidente, nós, da região norte catarinense, e v.exa., deputado Antônio Aguiar, que é do planalto norte também, sabe o que está acontecendo com relação à nossa economia que, ao longo dos anos, teve o seu potencial referenciado na agricultura, no extrativismo, na erva-mate, na madeira e, infelizmente, nos últimos anos, vem passando por muitas dificuldades.
De nossa região industrial, formada por São Bento do Sul, Campo Alegre, Rio Negrinho, Mafra, Canoinhas, Porto União e, ao redor, dos grandes municípios agrícolas, como Itaiópolis, Papanduva, Monte Castelo, Major Vieira, Bela Vista do Toldo, Três Barras e Timbó Grande, todos os dias recebemos jovens procurando um local para trabalhar. Não pedem esmola, querem trabalhar. E nós temos que dizer não, porque não existe oferta de trabalho, não existe o emprego que a nossa juventude precisa, principalmente o primeiro emprego.
Ontem, comemoramos o Dia do Trabalho fazendo uma reflexão sobre a região norte catarinense. Existem algumas alternativas e, por isso, quero pedir a sua ajuda, deputado Antônio Aguiar, que neste momento preside esta sessão. Nós sabemos que em nossa região já foi realizado um estudo e que há pelo menos uma alternativa, que é a fumicultura ou o cultivo da maçã. O clima e o solo são favoráveis e isso ajudaria, pelo menos, a amenizar um pouco o problema do emprego para o nosso agricultor e para o nosso jovem.
Mas há um apelo da região, em especial de Monte Castelo, de Papanduva e de Três Barras, sendo que a liderança desse processo está em Monte Castelo, onde já foi criada uma cooperativa para fazer a exploração da maçã, já foi testada e deu certo. No entanto, a venda do produto ainda tem que ser deslocada para Fraiburgo.
O que precisamos fazer para ajudar os nossos agricultores, deputado Padre Pedro Baldissera? V.Exa. conhece bem a dificuldade, principalmente, das famílias que mais necessitam. Precisamos apoiar essa iniciativa através da cooperativa e das prefeituras, que é o melhor meio de descentralização; precisamos apoiar esse projeto, dando condições dessa cooperativa obter recursos para adquirir uma classificadeira e uma câmara fria para fazer o armazenamento. Com isso, obviamente, o resultado para os agricultores será bem melhor, porque o preço do produto será bom com a redução do custo do transporte e do armazenamento em Fraiburgo.
Então, penso e acredito que esta é uma bandeira, entre outras, que precisamos, junto com os nobres deputados desta Casa, junto com os governos estadual e federal, empunhar; precisamos apoiar essa cooperativa e ajudar os nossos agricultores a permanecerem na agricultura e dar uma oportunidade ao jovem que tanto procura um local para trabalhar.
Um outro assunto que me traz a esta tribuna e sobre o qual já me pronunciei há dias é a educação. Fiquei surpreso porque li uma matéria há poucos dias dando conta de que Santa Catarina está entre os quatro estados com melhor educação. Há poucos dias também tivemos uma notícia não muito boa: que o estado de Santa Catarina é o penúltimo colocado em evasão escolar. Evasão escolar foi uma notícia, qualidade na educação foi outra notícia.
Srs. deputados, quero destacar que os nossos professores têm sido verdadeiros heróis porque diante da calamidade em que encontramos as nossas escolas, não sabemos como conseguem ensinar, como é o caso de Porto União. E fiz referência há poucos dias, deputada Odete de Jesus, e v.exa. esteve lá com o nosso secretário, mas, lamentavelmente, o governo ainda não autorizou a reforma daquela escola.
E hoje me deparo com uma situação de outra escola, no município de Capinzal. E a nota diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"Colégio põe a saúde dos alunos em risco
Paredes descascadas, rachadas e com saliências, banheiros insuficientes, úmidos e sem portas, fiação exposta. Sistemas hidráulico, elétrico e de escoamento de água pluviais antigos e ineficientes. A Escola Belisário Pena pede socorro.
A escola estadual fica no centro de Capinzal, no meio-oeste. Nos 58 anos de história, a escola nunca passou por uma reforma. Apenas pequenos reparos foram feitos na estrutura. Uma vistoria feita em janeiro pela Vigilância Sanitária resultou em um relatório alarmante. São 22 itens bastante problemáticos que podem até mesmo comprometer a saúde dos alunos, como o forro dos banheiros, que, conforme o relatório, em alguns pontos está podre e oferece risco de desabamento.
O Diário Catarinense mostrou a situação da escola em setembro passado. Segundo a Vigilância Sanitária, a precariedade da estrutura física da escola só piorou desde a vistoria anterior, feita um ano e oito meses antes, pelo uso e pelo tempo.
Conforme o diretor Neivo Ceigol, a interdição só não foi feita porque as outras escolas do município não conseguiriam absorver os 460 alunos que estudam no Belisário Pena. 'Minha vontade é interditar a escola, mas não dá para deixar os alunos sem aula. Se me perguntas da situação da escola, já respondo: hoje pior do que ontem' - ressalta Ceigol.
Os problemas são de conhecimento das autoridades, já que várias reuniões com o secretário de Desenvolvimento Regional de Joaçaba, Jorge Dresch, foram feitas. Dresch e a gerente de Educação Marisete Ramussen foram procurados pelo DC, mas não foram encontrados."[sic]
Eu, como disse no início, recebi uma boa notícia do deputado Romildo Titon, que ao mesmo tempo não é boa para a educação.
Sr. presidente, para concluir a minha fala, quero aqui render a minha homenagem aos professores porque mesmo diante de uma situação de tantas escolas do estado estarem em precárias condições, eles conseguem fazer um trabalho que não podemos desconsiderar. Agora nós, parlamentares, precisamos convencer o governo de que é uma prioridade a educação, pois sem ela não vamos ter evolução, não vamos ter emprego, não vamos ter produtividade na indústria, no comércio e na prestação de serviços.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Ao mesmo tempo, sr. presidente, nós, da região norte catarinense, e v.exa., deputado Antônio Aguiar, que é do planalto norte também, sabe o que está acontecendo com relação à nossa economia que, ao longo dos anos, teve o seu potencial referenciado na agricultura, no extrativismo, na erva-mate, na madeira e, infelizmente, nos últimos anos, vem passando por muitas dificuldades.
De nossa região industrial, formada por São Bento do Sul, Campo Alegre, Rio Negrinho, Mafra, Canoinhas, Porto União e, ao redor, dos grandes municípios agrícolas, como Itaiópolis, Papanduva, Monte Castelo, Major Vieira, Bela Vista do Toldo, Três Barras e Timbó Grande, todos os dias recebemos jovens procurando um local para trabalhar. Não pedem esmola, querem trabalhar. E nós temos que dizer não, porque não existe oferta de trabalho, não existe o emprego que a nossa juventude precisa, principalmente o primeiro emprego.
Ontem, comemoramos o Dia do Trabalho fazendo uma reflexão sobre a região norte catarinense. Existem algumas alternativas e, por isso, quero pedir a sua ajuda, deputado Antônio Aguiar, que neste momento preside esta sessão. Nós sabemos que em nossa região já foi realizado um estudo e que há pelo menos uma alternativa, que é a fumicultura ou o cultivo da maçã. O clima e o solo são favoráveis e isso ajudaria, pelo menos, a amenizar um pouco o problema do emprego para o nosso agricultor e para o nosso jovem.
Mas há um apelo da região, em especial de Monte Castelo, de Papanduva e de Três Barras, sendo que a liderança desse processo está em Monte Castelo, onde já foi criada uma cooperativa para fazer a exploração da maçã, já foi testada e deu certo. No entanto, a venda do produto ainda tem que ser deslocada para Fraiburgo.
O que precisamos fazer para ajudar os nossos agricultores, deputado Padre Pedro Baldissera? V.Exa. conhece bem a dificuldade, principalmente, das famílias que mais necessitam. Precisamos apoiar essa iniciativa através da cooperativa e das prefeituras, que é o melhor meio de descentralização; precisamos apoiar esse projeto, dando condições dessa cooperativa obter recursos para adquirir uma classificadeira e uma câmara fria para fazer o armazenamento. Com isso, obviamente, o resultado para os agricultores será bem melhor, porque o preço do produto será bom com a redução do custo do transporte e do armazenamento em Fraiburgo.
Então, penso e acredito que esta é uma bandeira, entre outras, que precisamos, junto com os nobres deputados desta Casa, junto com os governos estadual e federal, empunhar; precisamos apoiar essa cooperativa e ajudar os nossos agricultores a permanecerem na agricultura e dar uma oportunidade ao jovem que tanto procura um local para trabalhar.
Um outro assunto que me traz a esta tribuna e sobre o qual já me pronunciei há dias é a educação. Fiquei surpreso porque li uma matéria há poucos dias dando conta de que Santa Catarina está entre os quatro estados com melhor educação. Há poucos dias também tivemos uma notícia não muito boa: que o estado de Santa Catarina é o penúltimo colocado em evasão escolar. Evasão escolar foi uma notícia, qualidade na educação foi outra notícia.
Srs. deputados, quero destacar que os nossos professores têm sido verdadeiros heróis porque diante da calamidade em que encontramos as nossas escolas, não sabemos como conseguem ensinar, como é o caso de Porto União. E fiz referência há poucos dias, deputada Odete de Jesus, e v.exa. esteve lá com o nosso secretário, mas, lamentavelmente, o governo ainda não autorizou a reforma daquela escola.
E hoje me deparo com uma situação de outra escola, no município de Capinzal. E a nota diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"Colégio põe a saúde dos alunos em risco
Paredes descascadas, rachadas e com saliências, banheiros insuficientes, úmidos e sem portas, fiação exposta. Sistemas hidráulico, elétrico e de escoamento de água pluviais antigos e ineficientes. A Escola Belisário Pena pede socorro.
A escola estadual fica no centro de Capinzal, no meio-oeste. Nos 58 anos de história, a escola nunca passou por uma reforma. Apenas pequenos reparos foram feitos na estrutura. Uma vistoria feita em janeiro pela Vigilância Sanitária resultou em um relatório alarmante. São 22 itens bastante problemáticos que podem até mesmo comprometer a saúde dos alunos, como o forro dos banheiros, que, conforme o relatório, em alguns pontos está podre e oferece risco de desabamento.
O Diário Catarinense mostrou a situação da escola em setembro passado. Segundo a Vigilância Sanitária, a precariedade da estrutura física da escola só piorou desde a vistoria anterior, feita um ano e oito meses antes, pelo uso e pelo tempo.
Conforme o diretor Neivo Ceigol, a interdição só não foi feita porque as outras escolas do município não conseguiriam absorver os 460 alunos que estudam no Belisário Pena. 'Minha vontade é interditar a escola, mas não dá para deixar os alunos sem aula. Se me perguntas da situação da escola, já respondo: hoje pior do que ontem' - ressalta Ceigol.
Os problemas são de conhecimento das autoridades, já que várias reuniões com o secretário de Desenvolvimento Regional de Joaçaba, Jorge Dresch, foram feitas. Dresch e a gerente de Educação Marisete Ramussen foram procurados pelo DC, mas não foram encontrados."[sic]
Eu, como disse no início, recebi uma boa notícia do deputado Romildo Titon, que ao mesmo tempo não é boa para a educação.
Sr. presidente, para concluir a minha fala, quero aqui render a minha homenagem aos professores porque mesmo diante de uma situação de tantas escolas do estado estarem em precárias condições, eles conseguem fazer um trabalho que não podemos desconsiderar. Agora nós, parlamentares, precisamos convencer o governo de que é uma prioridade a educação, pois sem ela não vamos ter evolução, não vamos ter emprego, não vamos ter produtividade na indústria, no comércio e na prestação de serviços.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)