Pronunciamento

Silvio Dreveck - 013ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 06/03/2008
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente e srs. deputados, gostaria de fazer um registro a respeito de um requerimento que foi aprovado nesta Casa, sobre a Malwee Malhas, de Jaraguá do Sul, que tem como presidente o sr. Wander Weege.
A empresa recebeu o 15º Prêmio Expressão de Ecologia, como Personalidade Ambiental 2007. Jaraguá do Sul tem um potencial industrial e econômico que vem-se destacando como um todo no cenário catarinense, e a empresa Malwee, através de seu presidente, Wander Weege, além de proporcionar oportunidades às pessoas, tem demonstrado, ao longo dos anos, a sua grande responsabilidade social e ambiental; tem contribuído com a saúde do município, com a educação, com o desporto de Jaraguá do Sul, catarinense e nacional, e agora recebe esse prêmio justo.
Queremos fazer esse registro e cumprimentar o município de Jaraguá do Sul por ter um empreendedor da visão de Wander Weege.
Ao mesmo tempo, não poderia deixar de manifestar-me sobre um assunto que foi debatido nesta Casa, a questão energética em Santa Catarina, mais precisamente na região norte e nordeste, em especial, Joinville, quando aqui se manifestaram vários deputados, como o deputado Manoel Mota, líder do PMDB, que está ausente neste momento.
Preocupou-me que na sua manifestação com relação ao deputado Joares Ponticelli, o deputado Manoel Mota dizia, deputado Flávio Ragagnin, que o deputado Joares Ponticelli tem criticado a cidade de Joinville. Eu quero resgatar a verdade, por uma questão de justiça, porque o deputado Joares Ponticelli nunca criticou a cidade e nem o município de Joinville! Pelo contrário, tem enaltecido aquele município pujante, que é um exemplo para Santa Catarina. O deputado Joares Ponticelli tem feito suas críticas, sempre construtivas, com relação ao governo do estado, que não tem nada a ver com aquele município.
Então, quero deixar aqui registrado e esclarecido que o município de Joinville, como todos os municípios catarinenses, são reconhecidos por todos os parlamentares e pelo governo, evidentemente. Nós temos que tomar cuidado, porque podemos, voluntária ou involuntariamente, colocar um parlamentar contra uma determinada população, o que não seria bom para nós. Assim, gostaria de deixar esse fato muito claro.
Com relação ao que se debateu ontem nesta Casa, ou seja, o porquê do problema energético na região norte/nordeste catarinense e, em especial, de Joinville.
Em primeiro lugar, nós temos que lembrar que, que no estado de Santa Catarina, alguns municípios vêm-se destacando mais que outros no seu crescimento, no seu desenvolvimento. Ontem, foi colocada aqui a situação de Joinville, que tem crescido acima da média, e é verdade. Foi enaltecido que esse crescimento se deve exclusivamente ao ex-prefeito municipal e atual governador do estado. Não quero aqui tirar nenhum mérito, quero crer que ele deve ter dado sua contribuição para que isso acontecesse. Mas, ao mesmo tempo, não podemos esquecer o espírito empreendedor dos joinvilenses e também da economia daquele município.
Além de Joinville, outros municípios vêm crescendo acima da média. Jaraguá do Sul é um exemplo; Itajaí é outro; além de São Francisco do Sul, que está crescendo mais de 20%, sr. presidente.
Então, por uma questão de justiça, podemos lembrar que outros governos também incentivaram a vinda de empreendedores para Santa Catarina, levando-se em consideração, principalmente, o Índice de Desenvolvimento Humano. E cito o caso da siderúrgica Vega do Sul, que se instalou em São Francisco do Sul; da Cebrace, em Barra Velha; da Marsegaglia, em Garuva; da Madel, em Araquari. E agora há uma seqüência de novas pretendentes, de novos empresários, ou seja, empresas catarinenses, ou não catarinenses estão pretendendo instalar-se em Santa Catarina, o que será muito bom para todos nós. Mas não podemos esquecer que esses municípios que se destacaram, e vem-se destacando, têm suas razões econômicas, e que isso se deve muito ao espírito empreendedor local.
Quanto à situação preocupante em Joinville, devo dizer que isso não ocorre só lá, mas também em Jaraguá do Sul e em outros municípios, onde a energia está deficitária - senão no momento, mas amanhã ou depois. E prova disso é que a montadora GM destaca, mais uma vez, a sua preocupação, segundo matéria destacada no dia de hoje, com a energia, dizendo que poderá comprometer futuramente um empreendimento, como será o da GM. E comprometerá também outros empreendimentos que já estão vindo ao município de Joinville e nos municípios circunvizinhos.
Mas o que me chama a atenção é que houve manifestações dizendo que o governo está preocupado com a situação da energia em Joinville e que por isso fez um decreto.
Deputado Pedro Uczai, debatemos na comissão de Economia e aqui neste plenário, ao longo do ano de 2007, a situação preocupante da falta de energia em Joinville e região. Alguém se manifestou dizendo que o governador tem-se manifestado na imprensa. Ora, escrever um artigo no jornal, com todo o respeito, é insuficiente! Esse alerta vem sendo dado pela Associação Comercial e Industrial de Joinville e de outros municípios há muito tempo, e a Celesc projetou mal.
Ora, ainda havia tempo de o governo do estado pedir uma audiência com o presidente Lula - porque o presidente não se tem negado a receber o governador, deputado Elizeu Mattos, muito pelo contrário! E se há uma pressão para nomear companheiros correligionários do partido todos os dias, por que não pedir uma audiência ao presidente Lula para uma obra tão importante para o desenvolvimento de Santa Catarina?! Eu não tenho dúvida de que não haveria necessidade de decretar situação de emergência para contratar essa obra tão importante para Santa Catarina, para o município de Joinville e para toda a região.
Faço um apelo aos nossos deputados federais, principalmente aos que dão sustentação ao governo, em especial o PMDB, para, junto com o governador Luiz Henrique, pedirem uma audiência com o presidente Lula. E tenho certeza de que ele não vai negar e certamente assumirá o compromisso de fazer com que essa obra seja realizada, evitando-se esse problema de decretar situação de emergência para fugir de uma licitação que poderá, evidentemente, ter um custo maior para a população catarinense e para o próprio governo.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)