Pronunciamento
Silvio Dreveck - 007ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 22/02/2012
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Muito obrigado, sr. presidente, srs. deputados e sras. Deputadas. O assunto que me traz à tribuna no dia de hoje é uma matéria que já foi destacada no jornal Diário Catarinense, no caderno de Economia, no dia 16 de fevereiro, e que tem como título: "Oitava vez em dez anos que Santa Catarina cresceu menos do que a média nacional em 2011". Ou seja, a expansão do PIB catarinense foi de 2%, enquanto que a brasileira chegou a 2,7%, aponta a projeção do Itaú Unibanco.
O que nos chama atenção nessa matéria é que Santa Catarina sempre foi um estado exportador, sempre teve um superávit muito bom, ou seja, exportava muito mais do que importava, por vários fatores, entre eles a nossa economia diversificada de manufaturados, que tem grande destaque, deputado Manoel Mota, porque o produto manufaturado agrega valor, impostos, gera mais emprego e alavanca a economia com distribuição de renda, de modo que o efeito é a socialização, a oportunidade às pessoas.
Há muitos analistas e muitos economistas, cada um com a sua opinião, fazendo a sua analogia a respeito desse quadro catarinense, mas penso que nos últimos anos tivemos uma política de incentivo, levando em consideração que Santa Catarina tem cinco portos, o que atrai investidores para o estado com o objetivo de importar. E por outro lado, Santa Catarina enfrenta a competitividade internacional, que é um dos grandes gargalos do Brasil, porque nos últimos anos há ênfase na exportação em commodities, principalmente agrícolas, agropecuárias, minérios de ferro, entre outros.
Santa Catarina, como disse, é um estado que trabalha na grande maioria com produtos manufaturados. Obviamente que esta crise internacional afetou o nosso estado. Estranhamente o estado do Paraná não teve esse problema, entre outros estados que têm suas economias mais em commodities ou produtos, como é o caso do minério.
A minha leitura sobre esse quadro todo do crescimento menor do que a média do Brasil, deve-se, entre outros fatores, ao problema que temos, em primeiro lugar, com o alto Custo Brasil, ou seja, com a elevada carga de impostos para exportar produtos manufaturados, competindo com outros países.
Temos o exemplo da área têxtil, que vem passando há alguns anos uma dificuldade enorme, assim como o setor madeireiro, moveleiro, deputado José Milton Scheffer, que exporta quase nada, pouquíssimo. Então, temos uma elevada carga tributária, um alto Custo Brasil, em função das nossas rodovias serem precárias e poucas, sendo que as existentes estão estranguladas, danificadas, não possuímos ferrovias, e o sistema de aeroportos está completamente superlotado, congestionado.
Ainda bem que a nossa presidenta começou a fazer a concessão. Isso vai dar celeridade pelo menos a esse estrangulamento no sistema aeroviário, porque é um exagero a quantidade de funcionários nas empresas para cuidar extremamente da questão fiscal e da própria legislação.
E nós, em Santa Catarina, passamos por essa dificuldade em ter melhores condições de competir e de exportar, sendo que já fomos, como disse, grandes exportadores de muitos produtos catarinenses, mas hoje estamos com essa grande dificuldade de competir no mercado internacional pela falta de condição, tendo em vista o alto Custo Brasil. E vale à pena refletir sobre esse assunto que é extremamente relevante para o estado de Santa Catarina, essa adoção de medidas, tanto no âmbito estadual quanto federal, que penso é onde se pode adotar políticas públicas reduzindo o Custo Brasil, dando celeridade à infraestrutura em nosso país, para nos tornarmos mais competitivo. Dessa forma, Santa Catarina voltará a ser um estado exportador e dará oportunidade tanto aos empreendedores e colaboradores dessas empresas quanto à sociedade como um todo.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
O que nos chama atenção nessa matéria é que Santa Catarina sempre foi um estado exportador, sempre teve um superávit muito bom, ou seja, exportava muito mais do que importava, por vários fatores, entre eles a nossa economia diversificada de manufaturados, que tem grande destaque, deputado Manoel Mota, porque o produto manufaturado agrega valor, impostos, gera mais emprego e alavanca a economia com distribuição de renda, de modo que o efeito é a socialização, a oportunidade às pessoas.
Há muitos analistas e muitos economistas, cada um com a sua opinião, fazendo a sua analogia a respeito desse quadro catarinense, mas penso que nos últimos anos tivemos uma política de incentivo, levando em consideração que Santa Catarina tem cinco portos, o que atrai investidores para o estado com o objetivo de importar. E por outro lado, Santa Catarina enfrenta a competitividade internacional, que é um dos grandes gargalos do Brasil, porque nos últimos anos há ênfase na exportação em commodities, principalmente agrícolas, agropecuárias, minérios de ferro, entre outros.
Santa Catarina, como disse, é um estado que trabalha na grande maioria com produtos manufaturados. Obviamente que esta crise internacional afetou o nosso estado. Estranhamente o estado do Paraná não teve esse problema, entre outros estados que têm suas economias mais em commodities ou produtos, como é o caso do minério.
A minha leitura sobre esse quadro todo do crescimento menor do que a média do Brasil, deve-se, entre outros fatores, ao problema que temos, em primeiro lugar, com o alto Custo Brasil, ou seja, com a elevada carga de impostos para exportar produtos manufaturados, competindo com outros países.
Temos o exemplo da área têxtil, que vem passando há alguns anos uma dificuldade enorme, assim como o setor madeireiro, moveleiro, deputado José Milton Scheffer, que exporta quase nada, pouquíssimo. Então, temos uma elevada carga tributária, um alto Custo Brasil, em função das nossas rodovias serem precárias e poucas, sendo que as existentes estão estranguladas, danificadas, não possuímos ferrovias, e o sistema de aeroportos está completamente superlotado, congestionado.
Ainda bem que a nossa presidenta começou a fazer a concessão. Isso vai dar celeridade pelo menos a esse estrangulamento no sistema aeroviário, porque é um exagero a quantidade de funcionários nas empresas para cuidar extremamente da questão fiscal e da própria legislação.
E nós, em Santa Catarina, passamos por essa dificuldade em ter melhores condições de competir e de exportar, sendo que já fomos, como disse, grandes exportadores de muitos produtos catarinenses, mas hoje estamos com essa grande dificuldade de competir no mercado internacional pela falta de condição, tendo em vista o alto Custo Brasil. E vale à pena refletir sobre esse assunto que é extremamente relevante para o estado de Santa Catarina, essa adoção de medidas, tanto no âmbito estadual quanto federal, que penso é onde se pode adotar políticas públicas reduzindo o Custo Brasil, dando celeridade à infraestrutura em nosso país, para nos tornarmos mais competitivo. Dessa forma, Santa Catarina voltará a ser um estado exportador e dará oportunidade tanto aos empreendedores e colaboradores dessas empresas quanto à sociedade como um todo.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)