Pronunciamento
Silvio Dreveck - 074ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 18/08/2011
O SR. PRESIDENTE (Deputado Reno Caramori) - O próximo inscrito é o deputado Silvio Dreveck, por até dez minutos.
V.Exa. hoje tem um compromisso sério na sua terra. E se Deus quiser estaremos acompanhando v.exa. e prestigiando o povo de São Bento do Sul.
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Obrigado, sr. presidente. A sua presença na sessão solene de hoje à noite será uma honra para o nosso município. Certamente, todos que estão lá acolherão v.exa. com muita alegria e satisfação ao mesmo tempo. Até mesmo porque será um momento especial em que homenagearemos a empresa Buddemeyer, que fará no dia de amanhã 60 anos de história e construção; uma empresa que está consolidada exportando para mais de 30 países, empregando mais de 1.100 colaboradores e que tem na sua filosofia como o maior patrimônio os seus colaboradores.
Portanto, deputado Reno Caramori, v.exa. será bem recebido em São Bento do Sul, assim como os demais colegas deputados. Certamente aqueles que puderem comparecer serão bem recebidos em nossa cidade.
Sr. presidente, srs. deputados, quero me manifestar a respeito do projeto de lei que permite, após a aprovação, e se for rejeitado não vai permitir, a venda das ações da Casan. Na minha avaliação, pelo menos, isso vai permitir que a Casan, uma prestadora de serviços, possa renovar um pouco as suas energias e, ao mesmo tempo, oportunizar a capacitação de recursos para investimentos em favor da população catarinense.
Ouvi atentamente várias manifestações e quero aqui fazer uma reflexão sobre a relevância do serviço de água, em especial do esgoto e do seu destino final, ou seja, o tratamento.
Quero dizer que não vejo por que os colaboradores, os servidores da Casan se preocuparem com essa negociação das ações. Primeiramente, porque a empresa permanecerá pública, tendo mais de 50% do capital. Em segundo lugar, a Casan, com mais de 40 anos, deputado Reno Caramori, está perdendo, nos últimos anos, os contratos, ou seja, os convênios com os municípios, a exemplo do que aconteceu com Joinville e tantos outros municípios. E esses municípios têm dado uma demonstração clara de que com essa desvinculação estão conseguindo investir em esgoto e no seu destino final.
Portanto, é uma empresa que vem agonizando praticamente há muitos anos, sem recursos para investir. Ao mesmo tempo, ouvimos e falamos a respeito de Santa Catarina, da nossa economia, da nossa cultura, das nossas belezas naturais, do poder aquisitivo da população catarinense, um estado que era exportador e que agora passou a ser importador. De qualquer modo, é um estado que se tem destacado no cenário brasileiro e internacional pela sua economia, pelo seu povo.
Nós, gestores políticos, não podemos admitir, como a sociedade não pode aceitar, que depois de 40 anos a população seja atendida apenas, em média, em 13% de esgotamento sanitário e destino final desse esgoto. Ora, qualidade de vida é um conjunto de obras e serviços públicos que levam a pessoa, o cidadão, a ter uma vida melhor.
Ouvimos todos os dias, deputado Reno Caramori, que preside esta sessão, que temos que proteger o meio ambiente, porque senão a população correrá o risco de não sobreviver. Pode ser que parcialmente isso tenha fundamento. E é importante proteger o meio ambiente, é importante existir a lei que determine que não se pode fazer exploração de qualquer atividade à margem de rios, riachos, baías e assim por diante. Mas do que adiante fazermos leis que não se possa explorar economicamente, muitas vezes até para a sobrevivência? Muitas vezes a lei não permite a um agricultor cortar uma árvore para fazer a sua própria lenha, para aquecer a sua família, num inverno rigoroso como o deste ano.
O esgoto que é produzido pela população está indo para as redes pluviais, por consequência, para os nossos rios, riachos, mangues, praias. Então, precisamos proteger a água que certamente um dia ainda terá um valor muito maior do que lhe estamos dando hoje.
Não podemos ficar em silêncio. Em 40 anos a Casan conseguiu, juntamente com outras autarquias municipais, fazer a média - e neste caso são números que a Casan nos forneceu - de apenas 13% de serviços de esgotamento sanitário neste estado. Se levarmos em consideração essa média, vamos levar mais 300 anos para atender a toda a população urbana do estado.
Não podemos permitir isso. É necessário fazer algo. O pior é deixar como está e não tomar nenhuma atitude. Portanto, acredito e estou convencido de que o governo não poderia ficar omisso; por isso, tomou uma iniciativa tentando resolver um problema da sociedade catarinense.
Não podemos pensar apenas em um percentual mínimo de pessoas, mas, sim, em toda a população catarinense, naquelas famílias que não têm poder aquisitivo, que moram nos bairros mais distantes de cada município, que estão com esgoto a céu aberto, onde as doenças proliferam. Temos que refletir a respeito desse projeto na defesa do povo catarinense, respeitando cada um. Precisamos debater esse assunto com responsabilidade e com o compromisso de fazer o que é melhor para o catarinense. E não tenho dúvida de que o melhor para a população catarinense é fazer com que a Casan possa captar recursos e aplicar em favor da própria população, melhorando significativamente a qualidade de vida do povo.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
V.Exa. hoje tem um compromisso sério na sua terra. E se Deus quiser estaremos acompanhando v.exa. e prestigiando o povo de São Bento do Sul.
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Obrigado, sr. presidente. A sua presença na sessão solene de hoje à noite será uma honra para o nosso município. Certamente, todos que estão lá acolherão v.exa. com muita alegria e satisfação ao mesmo tempo. Até mesmo porque será um momento especial em que homenagearemos a empresa Buddemeyer, que fará no dia de amanhã 60 anos de história e construção; uma empresa que está consolidada exportando para mais de 30 países, empregando mais de 1.100 colaboradores e que tem na sua filosofia como o maior patrimônio os seus colaboradores.
Portanto, deputado Reno Caramori, v.exa. será bem recebido em São Bento do Sul, assim como os demais colegas deputados. Certamente aqueles que puderem comparecer serão bem recebidos em nossa cidade.
Sr. presidente, srs. deputados, quero me manifestar a respeito do projeto de lei que permite, após a aprovação, e se for rejeitado não vai permitir, a venda das ações da Casan. Na minha avaliação, pelo menos, isso vai permitir que a Casan, uma prestadora de serviços, possa renovar um pouco as suas energias e, ao mesmo tempo, oportunizar a capacitação de recursos para investimentos em favor da população catarinense.
Ouvi atentamente várias manifestações e quero aqui fazer uma reflexão sobre a relevância do serviço de água, em especial do esgoto e do seu destino final, ou seja, o tratamento.
Quero dizer que não vejo por que os colaboradores, os servidores da Casan se preocuparem com essa negociação das ações. Primeiramente, porque a empresa permanecerá pública, tendo mais de 50% do capital. Em segundo lugar, a Casan, com mais de 40 anos, deputado Reno Caramori, está perdendo, nos últimos anos, os contratos, ou seja, os convênios com os municípios, a exemplo do que aconteceu com Joinville e tantos outros municípios. E esses municípios têm dado uma demonstração clara de que com essa desvinculação estão conseguindo investir em esgoto e no seu destino final.
Portanto, é uma empresa que vem agonizando praticamente há muitos anos, sem recursos para investir. Ao mesmo tempo, ouvimos e falamos a respeito de Santa Catarina, da nossa economia, da nossa cultura, das nossas belezas naturais, do poder aquisitivo da população catarinense, um estado que era exportador e que agora passou a ser importador. De qualquer modo, é um estado que se tem destacado no cenário brasileiro e internacional pela sua economia, pelo seu povo.
Nós, gestores políticos, não podemos admitir, como a sociedade não pode aceitar, que depois de 40 anos a população seja atendida apenas, em média, em 13% de esgotamento sanitário e destino final desse esgoto. Ora, qualidade de vida é um conjunto de obras e serviços públicos que levam a pessoa, o cidadão, a ter uma vida melhor.
Ouvimos todos os dias, deputado Reno Caramori, que preside esta sessão, que temos que proteger o meio ambiente, porque senão a população correrá o risco de não sobreviver. Pode ser que parcialmente isso tenha fundamento. E é importante proteger o meio ambiente, é importante existir a lei que determine que não se pode fazer exploração de qualquer atividade à margem de rios, riachos, baías e assim por diante. Mas do que adiante fazermos leis que não se possa explorar economicamente, muitas vezes até para a sobrevivência? Muitas vezes a lei não permite a um agricultor cortar uma árvore para fazer a sua própria lenha, para aquecer a sua família, num inverno rigoroso como o deste ano.
O esgoto que é produzido pela população está indo para as redes pluviais, por consequência, para os nossos rios, riachos, mangues, praias. Então, precisamos proteger a água que certamente um dia ainda terá um valor muito maior do que lhe estamos dando hoje.
Não podemos ficar em silêncio. Em 40 anos a Casan conseguiu, juntamente com outras autarquias municipais, fazer a média - e neste caso são números que a Casan nos forneceu - de apenas 13% de serviços de esgotamento sanitário neste estado. Se levarmos em consideração essa média, vamos levar mais 300 anos para atender a toda a população urbana do estado.
Não podemos permitir isso. É necessário fazer algo. O pior é deixar como está e não tomar nenhuma atitude. Portanto, acredito e estou convencido de que o governo não poderia ficar omisso; por isso, tomou uma iniciativa tentando resolver um problema da sociedade catarinense.
Não podemos pensar apenas em um percentual mínimo de pessoas, mas, sim, em toda a população catarinense, naquelas famílias que não têm poder aquisitivo, que moram nos bairros mais distantes de cada município, que estão com esgoto a céu aberto, onde as doenças proliferam. Temos que refletir a respeito desse projeto na defesa do povo catarinense, respeitando cada um. Precisamos debater esse assunto com responsabilidade e com o compromisso de fazer o que é melhor para o catarinense. E não tenho dúvida de que o melhor para a população catarinense é fazer com que a Casan possa captar recursos e aplicar em favor da própria população, melhorando significativamente a qualidade de vida do povo.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)