Pronunciamento
Silvio Dreveck - 079ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 04/08/2010
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas.
Deputado Kennedy Nunes, hoje houve a manifestação de alguns deputados da base governista e confesso que hoje compreendi. Hoje consegui compreender!
Deputado Sargento Amauri Soares, depois de sete anos e meio o reconhecimento tem a sua virtude, mesmo que seja tarde. Antes, em Santa Catarina, as rodovias eram maravilhas e maravilhas. Esse modelo de descentralização é chamado SDRs, e nós nunca contestamos a descentralização, sempre fizemos aqui a contestação do modelo de gestão.
Temos que reconhecer que os financiamentos já estavam em andamento no governo anterior e, diga-se de passagem, era o governo progressista de Esperidião Amin. Havia financiamentos do BID, muitas obras licitadas, muitas obras contratadas.
O governo que assumiu deu sequência, e isso é muito importante, temos que reconhecer. Temos que reconhecer, como disse o deputado Dirceu Dresch, que com a Cide retornando aos estados também houve recursos para investimentos.
Então, isso de fato aconteceu, mas ao mesmo tempo houve um abandono total das rodovias estaduais pela falta de manutenção, sobre o que falamos inúmeras vezes. E ontem houve uma manifestação, aqui, do deputado reconhecendo isso. Sendo assim, eu afirmo que ontem foi um dia diferente, uma vez que houve o reconhecimento dos parlamentares de que de fato as rodovias estaduais, no que diz respeito à manutenção, estão abandonadas.
Já foram citadas, muitas vezes aqui, as rodovias com problemas: Rodovia dos Móveis, no planalto norte, em São Bento do Sul; na divisa do Paraná, a SC-442, que faz a ligação com Rio Negrinho/distrito Rota Grande; a rodovia que faz a ligação Papanduva/Itaiópolis/Doutor Pedrinho; a rodovia que liga a BR-116 passando por Major Vieira e Canoinhas; a BR-280 que está sob a responsabilidade do estado para manutenção, que faz a ligação Mafra e Porto União, mas que de Canoinhas a Porto União há um abandono por completo.
Quero dizer que fiquei pelo menos um pouco mais tranqüilo, ao passo que alguns parlamentares estão reconhecendo essa situação de falta de manutenção das rodovias catarinenses.
Ao mesmo tempo, srs. deputados, está destacado no jornal Diário Catarinense e em outros jornais que a conta de luz vai subir no sábado, num reajuste médio de 9,85%, com reajuste residencial de 8,94% e industrial de 10,89%.
Deputada Ana Paula Lima, há a situação das empresas estatais e de economia mista de Santa Catarina, a exemplo da Celesc, Casan, SC-Gás. E não é de hoje que a Celesc está com sérios problemas na sua gestão. E penso que agora, para recompor um pouco do mau gerenciamento que a Celesc teve praticamente em sete anos, está-se tentando equilibrar as contas dessa empresa tão importante para Santa Catarina, mas lamentavelmente não há dinheiro para investimentos.
Uma empresa se destaca quando investe, não é diferente com o estado quando os recursos são colocados para investimentos e não apenas para custeio. Na Casan não é diferente, os recursos são para manutenção, despesas de custeio, e os investimentos são poucos, quase nada.
São exemplos de empresas que não são bem gerenciadas. A Casan, por exemplo, deputada Ana Paula Lima, eu não sei o que está acontecendo nos últimos dias, mas está indo água para todos os lados. Está subindo rampa que não dá para imaginar. Eu não sei se chegou ao oeste, mas no planalto norte já chegou e no vale do Itajaí certamente também. Talvez seja pelo excesso de chuvas. Mas é uma empresa que não faz investimentos, assim como a Celesc também, que não tem recurso para investimentos, haja vista aí o grande número de PCHs que estão sendo construídas pela iniciativa privada e não pela própria estatal que deveria ter dinheiro para investir e não apenas ser uma distribuidora de energia.
Interessante que Santa Catarina teve um lucro próximo de R$ 130 milhões, enquanto que a Copel, no Paraná, ultrapassou um bilhão de resultados. Alguma coisa, deputado Nilson Gonçalves, não está fechando. Até cito como bom exemplo a nossa SC-Gás, que foi presidida pelo nosso ex-deputado Ivan Ranzolin.
A SC-Gás, tem dado lucro e tem feito investimentos levando energia a muitos municípios catarinenses, como no sul do estado, no norte do estado. Está agora com projetos pelo vale do Itajaí, pelo planalto norte. É uma empresa de bom exemplo porque dá resultado, lucro e utiliza esse lucro em investimentos a favor dos catarinenses. O que não tem acontecido com a Casan e a Celesc.
Agora, mais uma vez, o bolso do catarinense, do consumidor, da pessoa física, do comércio, da indústria, automaticamente vai impactar nos custos, com esse aumento da energia para quem mais consome, que são as indústrias e o comércio. Certamente vai haver impacto nos preços dos produtos, tirando mais uma vez a competitividade, ou seja, diminuindo, para falar melhor, diminuindo a competitividade do nosso produto catarinense, lamentavelmente.
Obrigado, sr. presidente.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Deputado Kennedy Nunes, hoje houve a manifestação de alguns deputados da base governista e confesso que hoje compreendi. Hoje consegui compreender!
Deputado Sargento Amauri Soares, depois de sete anos e meio o reconhecimento tem a sua virtude, mesmo que seja tarde. Antes, em Santa Catarina, as rodovias eram maravilhas e maravilhas. Esse modelo de descentralização é chamado SDRs, e nós nunca contestamos a descentralização, sempre fizemos aqui a contestação do modelo de gestão.
Temos que reconhecer que os financiamentos já estavam em andamento no governo anterior e, diga-se de passagem, era o governo progressista de Esperidião Amin. Havia financiamentos do BID, muitas obras licitadas, muitas obras contratadas.
O governo que assumiu deu sequência, e isso é muito importante, temos que reconhecer. Temos que reconhecer, como disse o deputado Dirceu Dresch, que com a Cide retornando aos estados também houve recursos para investimentos.
Então, isso de fato aconteceu, mas ao mesmo tempo houve um abandono total das rodovias estaduais pela falta de manutenção, sobre o que falamos inúmeras vezes. E ontem houve uma manifestação, aqui, do deputado reconhecendo isso. Sendo assim, eu afirmo que ontem foi um dia diferente, uma vez que houve o reconhecimento dos parlamentares de que de fato as rodovias estaduais, no que diz respeito à manutenção, estão abandonadas.
Já foram citadas, muitas vezes aqui, as rodovias com problemas: Rodovia dos Móveis, no planalto norte, em São Bento do Sul; na divisa do Paraná, a SC-442, que faz a ligação com Rio Negrinho/distrito Rota Grande; a rodovia que faz a ligação Papanduva/Itaiópolis/Doutor Pedrinho; a rodovia que liga a BR-116 passando por Major Vieira e Canoinhas; a BR-280 que está sob a responsabilidade do estado para manutenção, que faz a ligação Mafra e Porto União, mas que de Canoinhas a Porto União há um abandono por completo.
Quero dizer que fiquei pelo menos um pouco mais tranqüilo, ao passo que alguns parlamentares estão reconhecendo essa situação de falta de manutenção das rodovias catarinenses.
Ao mesmo tempo, srs. deputados, está destacado no jornal Diário Catarinense e em outros jornais que a conta de luz vai subir no sábado, num reajuste médio de 9,85%, com reajuste residencial de 8,94% e industrial de 10,89%.
Deputada Ana Paula Lima, há a situação das empresas estatais e de economia mista de Santa Catarina, a exemplo da Celesc, Casan, SC-Gás. E não é de hoje que a Celesc está com sérios problemas na sua gestão. E penso que agora, para recompor um pouco do mau gerenciamento que a Celesc teve praticamente em sete anos, está-se tentando equilibrar as contas dessa empresa tão importante para Santa Catarina, mas lamentavelmente não há dinheiro para investimentos.
Uma empresa se destaca quando investe, não é diferente com o estado quando os recursos são colocados para investimentos e não apenas para custeio. Na Casan não é diferente, os recursos são para manutenção, despesas de custeio, e os investimentos são poucos, quase nada.
São exemplos de empresas que não são bem gerenciadas. A Casan, por exemplo, deputada Ana Paula Lima, eu não sei o que está acontecendo nos últimos dias, mas está indo água para todos os lados. Está subindo rampa que não dá para imaginar. Eu não sei se chegou ao oeste, mas no planalto norte já chegou e no vale do Itajaí certamente também. Talvez seja pelo excesso de chuvas. Mas é uma empresa que não faz investimentos, assim como a Celesc também, que não tem recurso para investimentos, haja vista aí o grande número de PCHs que estão sendo construídas pela iniciativa privada e não pela própria estatal que deveria ter dinheiro para investir e não apenas ser uma distribuidora de energia.
Interessante que Santa Catarina teve um lucro próximo de R$ 130 milhões, enquanto que a Copel, no Paraná, ultrapassou um bilhão de resultados. Alguma coisa, deputado Nilson Gonçalves, não está fechando. Até cito como bom exemplo a nossa SC-Gás, que foi presidida pelo nosso ex-deputado Ivan Ranzolin.
A SC-Gás, tem dado lucro e tem feito investimentos levando energia a muitos municípios catarinenses, como no sul do estado, no norte do estado. Está agora com projetos pelo vale do Itajaí, pelo planalto norte. É uma empresa de bom exemplo porque dá resultado, lucro e utiliza esse lucro em investimentos a favor dos catarinenses. O que não tem acontecido com a Casan e a Celesc.
Agora, mais uma vez, o bolso do catarinense, do consumidor, da pessoa física, do comércio, da indústria, automaticamente vai impactar nos custos, com esse aumento da energia para quem mais consome, que são as indústrias e o comércio. Certamente vai haver impacto nos preços dos produtos, tirando mais uma vez a competitividade, ou seja, diminuindo, para falar melhor, diminuindo a competitividade do nosso produto catarinense, lamentavelmente.
Obrigado, sr. presidente.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)