Pronunciamento

Silvio Dreveck - 042ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/06/2013
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, deputado Padre Pedro Baldissera, sras. deputadas, srs. deputados, público que nos acompanha pela TVAL ou pela Rádio Alesc Digital, hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente e gostaria de registrar que aqui em Florianópolis, no Largo da Alfândega, de hoje até sábado, estará acontecendo a Feira do Mel.
Ontem, ouvi v.exa. muito atentamente quando fez, nesta tribuna, um belo discurso no que diz respeito à produção de vinhos catarinenses, enaltecendo não somente o vinho, mas também o que ele agrega de valor para as famílias, a renda, a ocupação e a atividade.
Nessa mesma direção, deputado Padre Pedro Baldissera, vejo que aqueles produtores que estão hoje envolvidos na produção do mel a têm também como uma fonte de renda, deputado Nilson Gonçalves, o que lhes dá uma condição de vida melhor.
Lá no planalto norte - e eu diria mais planalto nordeste, porque quando falamos do norte estamos falando mais de Joinville - foi criado o entreposto do mel que tem uma espécie de um consórcio, sendo que vários municípios estão participando, como Campo Alegre, São Bento do Sul, Rio Negrinho, Mafra, Itaiópolis, Papanduva, Monte Castelo, Canoinhas, Porto União e Matos Costa, que é um grande produtor de mel. E da data de hoje até sábado estarão no Largo da Alfândega fazendo essa feira, evidentemente destacando o lado comercial que também é importante para essas famílias.
Por outro lado, não podia deixar de me manifestar a respeito, depois de ouvir com muita atenção o que o deputado Edison Andrino falou, da pesca no Brasil, em especial do estado de Santa Catarina. Chamou-me a atenção quando ele disse que há pescadores matando as tainhas nas lagoas, deputado Serafim Venzon, no Uruguai e no Rio Grande do Sul, para tirar a ova, que é o que tem maior valor de mercado, inclusive no mercado europeu e asiático.
De fato ele tem toda razão, uma vez que esses problemas acontecem todos os anos em Santa Catarina, deputado Valmir Comin. É só começar a safra da tainha que de repente o Ibama, porque a rede tem uma malha um pouco mais redonda ou a outra mais quadrada, diz que há problema e não pode ser utilizada.
Então, ele tem toda a razão de trazer esse assunto a esta tribuna. E ele propôs a realização de uma audiência pública, deputado Nilson Gonçalves, que provavelmente não será em Joinville. Deverá ser realizada aqui porque a quantidade e qualidade são maiores em função do litoral. E concentra mais, tanto o litoral do sul quanto do norte, para fazer essa audiência pública.
Ao mesmo tempo, quero fazer uma referência rápida com relação a um assunto que é muito polêmico no Brasil, principalmente, que é a demarcação das áreas indígenas. Essa questão está preocupando todos, inclusive o governo federal, porque estamos passando por um período em que não há consensualidade nessas demarcações e vemos que todos os dias os conflitos estão aumentando.
Entendo que há espaço para todos. O que não se pode é, por conta de interesses alheios às próprias tribos indígenas e ao próprio índio de modo mais simples, fazer com que haja essas invasões desnecessárias, muitas vezes havendo espaços suficientes em outras áreas. Mas ao mesmo tempo há esses interesses escusos por conta de movimentos que muitas vezes não são explicados.
Então, temos que ter essa atenção porque isso de fato cria um problema, não somente para nós como também para os empreendedores, aqueles que querem vir para o Brasil ou mesmo nós, brasileiros. Temos o exemplo de Araquari. Isso de fato é muito preocupante numa área que me parece que tem o mínimo de indígenas, deputado Nilson Gonçalves. E v.exa. deu uma explanação do seu trabalho, juntamente com o padre Luiz Facchini, que acabou resultando no final negativamente. Mas não faltou empenho.
Para concluir, quero dizer que são temas aos quais não podemos ficar alheios, temos que dar a nossa contribuição para o bem de todos, sem comprometer aqueles que têm o seu espaço para continuar na sua atividade que é primitiva, que é o caso do índio, não adentrando naqueles que estão produzindo para todos nós que vivemos no planeta terra.
Muito obrigada, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)