Pronunciamento

Silvio Dreveck - 092ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 04/09/2012
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. Deputadas, o assunto que me traz a esta tribuna no dia de hoje está em evidência nos últimos dias e é um debate que merece toda atenção não só da população catarinense, mas também do Brasil, especialmente as lideranças políticas, empresariais e os líderes de segmentos, deputado Darci de Matos.
Refiro-me, sr. presidente, à educação. Nós vimos, deputado Reno Caramori, que algumas escolas se destacaram na última avaliação nacional. Posso citar, por exemplo, uma escola de São Bento do Sul, a Escola Municipal Presidente Castelo Branco. Posso referir-me também ao Colégio Estadual São Bento, que foi notícia nacional através dos órgãos de imprensa e teve destaque pela qualidade da educação.
Hoje de manhã pudemos ver que um pequeno município lá do extremo oeste, São João do Oeste, é destaque na educação, entre outras escolas e municípios que se destacaram no cenário catarinense e até no cenário nacional. Isso é muito bom!
Mas tenho que louvar, srs. deputados, a iniciativa do Grupo RBS, que abriu um grande debate sobre esse tema. Enalteço a iniciativa desse grande meio de comunicação de aprofundar o debate sobre a educação.
Tivemos alguns avanços a partir da década de 90, principalmente na questão do acesso à escola, pois muitas crianças brasileiras que não tinham acesso à educação formal passaram a tê-lo. É bem verdade que nessa questão avançamos, já que aumentou o número de vagas e a oportunidade de os menos favorecidos terem acesso ao ensino público. Mas no que diz respeito à qualidade, no contexto geral, a situação ainda é muito ruim.
O Brasil é uma economia que vem-se destacando cada vez mais e hoje já é a sexta economia do mundo. Entretanto, quando vamos avaliar a nossa educação, vemos que o nosso país está na octogésima posição no ranking mundial, o que é muito triste. E não é só uma questão de recursos, não! O dinheiro é importante, mas é preciso reavaliar a educação no conjunto e não apenas no repasse dos recursos, não apenas na questão da estrutura física. Os computadores, os mais diversos instrumentos tecnológicos são importantes, mas o essencial é o bom professor. Além de um mestre bem qualificado e valorizado, é preciso que o Brasil estabeleça metas a curto, médio e, principalmente, a longo prazo. Precisa também ter uma política padronizada de educação, a fim de que os responsáveis, sejam os municípios, os estados ou a própria união, tenham um plano unificado voltado à qualidade.
Isso não se faz do dia para a noite! É necessária, sim, a união de todas as lideranças do governo federal, estadual e municipal e tem início na educação infantil e no ensino fundamental e médio, sendo que este último é um sério problema no Brasil. E volto a dizer: enquanto não tivermos qualidade na educação, dificilmente o Brasil subirá no ranking dos países desenvolvidos, pois o instrumento necessário para que isso aconteça está no conhecimento, na educação.
É importante que esse tema não seja apenas lembrado por poucos dias, é preciso que seja constante e permanente esse debate, para que ações façam evoluir a nossa educação. O momento é oportuno, estamos em época de eleições municipais, mas é preciso que, como eu disse, além dos municípios, também o estado e a união façam educação de qualidade.
Muito obrigado, sr. presidente.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)