Pronunciamento

Silvio Dreveck - 014ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 09/03/2011
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, primeiramente quero fazer um registro com relação à maior cidade de Santa Catarina, Joinville, que hoje comemora 160 anos de existência. E merecem os nossos cumprimentos, as nossas saudações, as suas lideranças políticas, representadas nesta Assembleia pelos deputados Kennedy Nunes, Darci de Matos e Nilson Gonçalves.
Joinville tem a tradição de ter bons representantes, tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal e no Senado. Para nós, catarinenses, isso é motivo de satisfação.
Acima de tudo, queremos cumprimentar e saudar a população de Joinville pela contribuição que tem dado tanto econômica como socialmente ao nosso estado e ao país. Para nós, catarinenses, é motivo de orgulho e satisfação poder contar com uma cidade tão pujante.
Portanto, parabenizo toda a população que merece o nosso respeito e consideração.
Deputado Valmir Comin, tenho acompanhado, nos últimos quatro anos, nesta Assembleia e antes disso como prefeito, os problemas sérios que acontecem na saúde, na segurança, na educação e no sistema viário. Mas esses problemas não se instalaram nos 60 dias do governo Raimundo Colombo. Os problemas na segurança, no sistema viário, na saúde e na educação vêm de algum tempo e, inclusive, alertamos sobre eles inúmeras vezes nesta Casa, assim como outros parlamentares.
Quero citar um exemplo. Há um presídio em Mafra, portanto, a 60 km de distância de São Bento do Sul. Em São Bento do Sul há uma delegacia que pode manter detido por 24 horas um prisioneiro, quando não é um caso muito grave. Como o presídio de Mafra está superlotado, o juiz determinou que não recebesse mais detentos dos municípios de Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho. E aí surgiu uma polêmica, tanto é que amanhã haverá um manifesto pacífico na cidade. Na sexta-feira será realizada uma audiência na Associação Empresarial com várias lideranças, não só políticas, mas comunitárias, para buscar uma solução para o caso.
Eu venho acompanhando o problema, como disse, há quatro anos e v.exas. há oito anos, mas parece que explodiu nos últimos 60 dias. Não é verdade! O problema vem de muito tempo e é grave, mas apenas agora está explodindo, talvez porque um novo governo tenha assumido.
Não precisamos ir longe. Em dezembro foi inaugurado o presídio de Itajaí. Lamentavelmente, há poucos dias, o atual governo teve que determinar a instalação de equipamentos e de recursos humanos para colocá-lo em funcionamento. Parece-me que na próxima semana já vai estar em funcionando.
Deputado Sargento Amauri Soares, v.exa. conhece muito bem a situação da segurança em Santa Catarina e por várias vezes também alertou sobre essa questão no estado.
Outro assunto que me chamou a atenção - e acho meritória a manifestação dos deputados Edison Andrino e Valmir Comin - foi o transporte urbano, mas penso que na Grande Florianópolis é importante que se tenha alguém que decida sobre o melhor meio de transporte para a cidade.
Passamos quatro anos, e v.exas. até mais do que isso, ouvindo que Florianópolis teria transporte marítimo, metrô de superfície. E nada. Precisamos decidir qual é o meio de transporte mais eficiente ou quais os meios de transporte mais eficientes para o município, para depois encamparmos a ideia, o projeto e fazer acontecer. Porque além do problema do acesso à capital, há também a ligação da BR-282 com a BR-101, sem contar que estão comprometidas as marginais da própria BR-101.
Então, vários projetos e ações são necessários para amenizar o problema da mobilidade urbana, e vamos ter que definir melhor isso na Grande Florianópolis.
Não é diferente o problema no sul da ilha, mais precisamente no acesso ao aeroporto. Quanto já se falou nesta Casa, deputado Valmir Comin, sobre isso. E olha que havia recursos conseguidos pela bancada federal catarinense, não apenas por um partido, mas por todos os partidos que compõem a bancada federal. Numa ocasião eram R$ 9 milhões, noutra, R$ 21 milhões. Mas até o momento não vimos obra alguma!
Então, o problema é muito sério. Nesta Assembleia Legislativa fala-se, mas cabe àqueles que têm poder de execução tomar a decisão. Ora, não há entendimento em torno de um projeto, não há entendimento entre as partes interessadas e, a bem da verdade, pouca coisa se fez, nos últimos oito anos, com relação à mobilidade urbana na Grande Florianópolis, principalmente no que diz respeito ao acesso à ilha.
Como estamos falando, até o momento não se viu qual é a melhor, a mais eficiente obra de acesso à ilha. Ao mesmo tempo, há a situação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, porque enquanto não houver mobilidade urbana, não veremos a obra do aeroporto construída.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)