Pronunciamento
Silvio Dreveck - 017ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Em 19/05/2009
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, quando nos pronunciamos neste plenário há aproximadamente 60 dias, trouxemos para esta Casa a preocupação de que os efeitos da crise econômico-financeira internacional iria afetar o Brasil, deputado Reno Caramori, mas que iria afetar mais Santa Catarina. Nós tínhamos a segurança de que isso iria acontecer, mesmo contra a nossa vontade. Fizemos um apelo ao governo do estado para abrir linhas de crédito para capital de giro, principalmente dos bancos de fomento, o BRDE e o próprio Badesc. Infelizmente, isso não aconteceu, e a realidade está aí.
O que diz o Diário Catarinense de hoje?
(Passa a ler.)
"Turbulência Global
Emprego em SC é o pior na década
Santa Catarina criou 836 empregos formais em abril deste ano, variação de 0,05% sobre março. Apesar de o saldo ser positivo, o resultado é o pior para o mês desde 1998, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No acumulado do primeiro quadrimestre, o Estado gerou 12.624 postos de trabalho, o pior resultado para o período em dez anos.
[...]
Os comparativos foram divulgados pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Com exceção da indústria de transformação e da agropecuária, os demais setores catarinenses apresentaram variação positiva no balanço de abril. Os segmentos de serviços (2.394 vagas) e o comércio (935 vagas) foram os que apresentaram os melhores resultados no mês."[...][sic]
Lamentavelmente a indústria de transformação teve um saldo de -1.549; a construção civil, 644; o comércio, 935; serviços, 2.394; administração pública, 684, e agropecuária, -2.415.
Srs. deputados e sras.deputadas, há uma crise em Santa Catarina e em todo o Brasil. Ela não vai passar rapidamente e nós vamos continuar crescendo pouco ou quase nada. As autoridades econômicas brasileiras, que previam no final do ano passado e início deste ano um crescimento na ordem de 4%, aproximadamente, estão falando em 0,1%, um pouco mais ou até um pouco menos. Tomara que o Brasil reaja e que nós possamos ter um crescimento lento. É importante que voltemos a crescer e que esse crescimento seja de longo prazo.
Creio que a situação européia é a mais crítica no cenário mundial, mas os Estados Unidos também estão com problemas seriíssimos. No entanto, acredito que os Estados Unidos superarão essa situação com mais agilidade do que a própria Comunidade Européia. Por conta disso, o Brasil também é atingido, bem como Santa Catarina, um estado exportador, que já vinha sofrendo não somente com os efeitos da crise internacional, mas com problemas sérios por conta da questão cambial, das altas taxas de juros, da alta carga tributária que tem sido o calo da economia brasileira.
Assim como a reforma política é prioritária, srs. deputados, a reforma tributária não é diferente. Ela é indispensável para tornar o Brasil competitivo e, mais do que isso, é responsável pela economia catarinense. Como falava, alguns setores da economia catarinense já vinham com problemas há três anos: o setor moveleiro, madeireiro; o setor têxtil e o setor calçadista, que vêm superando suas dificuldades aos poucos. Mas o nosso problema continua existindo.
Medidas governamentais têm sido tomadas pelo governo, tanto estadual quanto federal, e têm sido focadas para algumas atividades econômicas, como a cadeia produtiva do setor de autopeças, automobilístico. Mas não é somente atuando com relação ao setor automobilístico ou da construção civil que vamos recuperar a situação da economia. Nós precisamos, sim, de uma redução de impostos para todas as atividades econômicas, para todas as atividades industriais, no sentido de tornar o Brasil um país competitivo e de, ao mesmo tempo, dar oportunidade de emprego e renda, que é o mais importante para alavancar a economia e beneficiar as pessoas.
Há poucos instantes, falava aqui o deputado Antônio Aguiar, representante da região norte, que amanhã, em São Bento do Sul, no pavilhão da Promosul, acontecerá a Móvel Brasil - 2009. E nós estaremos lá, às 10h, participando da sua abertura, que por circunstâncias da economia externa está voltada para o mercado interno. E isso não acontece do dia para a noite, é preciso novamente mudar os processos, a estrutura da empresa, ou seja, voltá-la para o mercado interno adaptando os produtos para o mercado brasileiro.
É importante ressaltar que essa feira tem efeitos não só para São Bento do Sul e para o planalto norte, mas estende-se para Caçador, para o oeste catarinense, que também tem um polo moveleiro forte e já deu uma demonstração de como fazer arranjos produtivos locais com resultado.
Então, esperamos que essa feira possa novamente fortalecer a cadeia produtiva de móveis e de madeira e, por consequência, voltar a gerar oportunidades de trabalho e renda, porque a economia da nossa região perdeu muito, deputado Reno Caramori - e na sua terra, Caçador, não foi diferente -, quando o setor moveleiro e madeireiro entrou em colapso.
Nós continuamos batalhando na esfera federal para que esse setor de exportação possa ter novamente o Crédito-Prêmio de IPI, porque, infelizmente, não foi contemplado na Medida Provisória n. 449. Estamos fazendo um apelo para que seja incluído na Medida Provisória n. 451. E também aqui, no estado, precisamos reduzir os impostos para arrecadar mais. Essa, de fato, pode ser a condição para melhorar tanto a economia catarinense quanto a geração de emprego no estado.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
O que diz o Diário Catarinense de hoje?
(Passa a ler.)
"Turbulência Global
Emprego em SC é o pior na década
Santa Catarina criou 836 empregos formais em abril deste ano, variação de 0,05% sobre março. Apesar de o saldo ser positivo, o resultado é o pior para o mês desde 1998, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No acumulado do primeiro quadrimestre, o Estado gerou 12.624 postos de trabalho, o pior resultado para o período em dez anos.
[...]
Os comparativos foram divulgados pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Com exceção da indústria de transformação e da agropecuária, os demais setores catarinenses apresentaram variação positiva no balanço de abril. Os segmentos de serviços (2.394 vagas) e o comércio (935 vagas) foram os que apresentaram os melhores resultados no mês."[...][sic]
Lamentavelmente a indústria de transformação teve um saldo de -1.549; a construção civil, 644; o comércio, 935; serviços, 2.394; administração pública, 684, e agropecuária, -2.415.
Srs. deputados e sras.deputadas, há uma crise em Santa Catarina e em todo o Brasil. Ela não vai passar rapidamente e nós vamos continuar crescendo pouco ou quase nada. As autoridades econômicas brasileiras, que previam no final do ano passado e início deste ano um crescimento na ordem de 4%, aproximadamente, estão falando em 0,1%, um pouco mais ou até um pouco menos. Tomara que o Brasil reaja e que nós possamos ter um crescimento lento. É importante que voltemos a crescer e que esse crescimento seja de longo prazo.
Creio que a situação européia é a mais crítica no cenário mundial, mas os Estados Unidos também estão com problemas seriíssimos. No entanto, acredito que os Estados Unidos superarão essa situação com mais agilidade do que a própria Comunidade Européia. Por conta disso, o Brasil também é atingido, bem como Santa Catarina, um estado exportador, que já vinha sofrendo não somente com os efeitos da crise internacional, mas com problemas sérios por conta da questão cambial, das altas taxas de juros, da alta carga tributária que tem sido o calo da economia brasileira.
Assim como a reforma política é prioritária, srs. deputados, a reforma tributária não é diferente. Ela é indispensável para tornar o Brasil competitivo e, mais do que isso, é responsável pela economia catarinense. Como falava, alguns setores da economia catarinense já vinham com problemas há três anos: o setor moveleiro, madeireiro; o setor têxtil e o setor calçadista, que vêm superando suas dificuldades aos poucos. Mas o nosso problema continua existindo.
Medidas governamentais têm sido tomadas pelo governo, tanto estadual quanto federal, e têm sido focadas para algumas atividades econômicas, como a cadeia produtiva do setor de autopeças, automobilístico. Mas não é somente atuando com relação ao setor automobilístico ou da construção civil que vamos recuperar a situação da economia. Nós precisamos, sim, de uma redução de impostos para todas as atividades econômicas, para todas as atividades industriais, no sentido de tornar o Brasil um país competitivo e de, ao mesmo tempo, dar oportunidade de emprego e renda, que é o mais importante para alavancar a economia e beneficiar as pessoas.
Há poucos instantes, falava aqui o deputado Antônio Aguiar, representante da região norte, que amanhã, em São Bento do Sul, no pavilhão da Promosul, acontecerá a Móvel Brasil - 2009. E nós estaremos lá, às 10h, participando da sua abertura, que por circunstâncias da economia externa está voltada para o mercado interno. E isso não acontece do dia para a noite, é preciso novamente mudar os processos, a estrutura da empresa, ou seja, voltá-la para o mercado interno adaptando os produtos para o mercado brasileiro.
É importante ressaltar que essa feira tem efeitos não só para São Bento do Sul e para o planalto norte, mas estende-se para Caçador, para o oeste catarinense, que também tem um polo moveleiro forte e já deu uma demonstração de como fazer arranjos produtivos locais com resultado.
Então, esperamos que essa feira possa novamente fortalecer a cadeia produtiva de móveis e de madeira e, por consequência, voltar a gerar oportunidades de trabalho e renda, porque a economia da nossa região perdeu muito, deputado Reno Caramori - e na sua terra, Caçador, não foi diferente -, quando o setor moveleiro e madeireiro entrou em colapso.
Nós continuamos batalhando na esfera federal para que esse setor de exportação possa ter novamente o Crédito-Prêmio de IPI, porque, infelizmente, não foi contemplado na Medida Provisória n. 449. Estamos fazendo um apelo para que seja incluído na Medida Provisória n. 451. E também aqui, no estado, precisamos reduzir os impostos para arrecadar mais. Essa, de fato, pode ser a condição para melhorar tanto a economia catarinense quanto a geração de emprego no estado.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)