Pronunciamento

Silvio Dreveck - 031ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 08/04/2014
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Obrigado, sr. presidente, como sempre v.exa. tem uma generosidade maior do que seu porte físico por me conceder esta oportunidade, com certa celeridade, à minha entrada ao plenário, quando v.exa. já me comunicava que o espaço estava reservado à minha pessoa.
Fico muito honrado pela sua deferência, deputado presidente Padre Pedro Baldissera.
Ao passo que quero registrar de fato a nossa ida à Argentina, Buenos Aires, e também mais 150km pra frente, para conhecer equipamentos e processo de uma alimentação que, na verdade, temos que destacar apenas foi possível porque o Parlasul nos permitiu esta integração com os quatro estados do sul do Brasil: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Nesses encontros, nos estados que lá são chamados de províncias da Argentina, acabamos encontrando algo relevante, não apenas para Santa Catarina, mas para o Brasil.
Saímos, sr. presidente, à frente no conhecimento dessa tecnologia, dessa inovação com a participação principalmente de autoridades do nosso oeste, na pessoa do prefeito de Xavantina, Mauro Junes Poletto; do vice-prefeito de Xanxerê, Celso Saibo; do vereador, Wilson Martins dos Santos. Quero aqui saudar todos os vereadores que participaram daquele evento, tanto de Xanxerê, de Xavantina, de Ponte Serrada, de Seara e de outros municípios, bem como os empresários que participaram conosco desta visita técnica. Tivemos a oportunidade, o privilégio também de contar com a presença do presidente desta Casa, deputado Joares Ponticelli, no evento.
Portanto, foi uma viagem muito rápida, porque deslocamo-nos de Florianópolis no domingo e, ontem, durante todo o dia tivemos uma agenda muito extensa, iniciando na parte da manhã com uma apresentação do vice-governador da província de San Miguel de Tucumán, em Buenos Aires, em seu escritório de governo, a respeito da potencialidade econômica de seus produtos; da exportação desses produtos, destacando para os cítricos, o limão, a amora e também, nas usinas de produção de etanol e outros derivados da cana-de-açúcar.
Posterior a esse encontro, tivemos também na Embaixada do Brasil onde fomos recebidos pelo embaixador, além dos técnicos de sua equipe, que fizeram um relato da situação econômica e política do país vizinho, a Argentina, colocando para nós alguns desafios, dificuldades nesta relação comercial que deveria estar muito mais concretizada porque isso foi criado e estabelecido o Mercosul, para facilitar os negócios, a integração entre os países da América do Sul, coisa que não vem acontecendo por conta de alguns governos locais em relação à Argentina.
De fato, nos últimos anos, em especial no ano 2013, diminuiu essa participação de compra e venda, ou seja, de importação e exportação de produtos brasileiros para a Argentina e vice-versa.
Decisões, como eu disse, de governos locais. Mas nós temos um grande desafio que é concretizar o Mercosul no Brasil e nos estados e países que o compõem. Se desejamos ser uma região competitiva o Brasil tem que liderar este processo para fazer com que o Mercosul possa ser competitivo diante da comunidade européia, do Nafta, dos países asiáticos e assim pro diante.
Mas o nosso foco principal desse encontro foi conhecer equipamentos que produzem alimentação para animais. Uma empresa que tem origem na Austrália e que tem sua filial na Argentina está operacionalizando equipamentos para produzir alimentos de altíssima qualidade, nutritivo em apenas seis dias de processo.
O equipamento é uma estufa em que se colocam gavetas com aquecimentos através de energia. O processo é a hidroponia, ou seja, através da água, mas com pouquíssima água, com uma mão de obra reduzida, extremamente de baixo custo. Como isso tudo funciona? São sementes de cevada, de trigo, de aveia entre outras, colocadas nessas gavetas e que no decorrer de seis dias ficam com uma altura de 15 a 20 centímetros.
Nós estivemos com o pessoal do oeste nesta missão exatamente porque o oeste é um diferencial na produção do leite. A grande bacia leiteira está no oeste agora também desenvolvido no sul e no planalto norte, mas o oeste é referência. E todos nós sabemos que o nosso estado, quando se trata do inverno, praticamente não tem alimentação para animais, em especial para o gado de leite e de corte. O fato é que os animais se alimentam não apenas da forragem, mas também da semente, que é o grande diferencial.
Foi um conhecimento extraordinário e esperamos que essa nossa visita técnica possa render frutos, ou seja, possa dar bom resultado para Santa Catarina, pois além de outras pessoas que participaram esteve conosco o secretário de estado da Extensão Rural, Júlio Cezar Bodanese, que também já foi prefeito em Xanxerê.
O custo dos equipamentos também nos chamou a atenção, pois um equipamento para alimentar de 30 a 35 vacas de leite, ou se for de corte, até 75 cabeças, produz 540kg de alimento por dia. É uma cadeia produtiva!
Mas vimos na prática, fomos conhecer uma fazenda e de fato chamou-nos a atenção, que os bezerros dispensam a amamentação e utilizam apenas esse tipo de alimento. Isso permitirá a ampliação da criação de animais com uma alimentação de baixo custo, agregando valor para o produtor e principalmente, para a pequena agricultura catarinense.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)