Pronunciamento

Silvio Dreveck - 025ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 03/04/2012
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, quero fazer dois registros, um no âmbito estadual e outro no federal.
Trata-se da SC-280, no trecho de Corupá a São Bento do Sul. Em 2008 iniciamos um trabalho com as entidades de classe, com os colegas de partidos políticos, com os deputados federais, estaduais e os senadores, a fim de incluir, através do Fórum Parlamentar Catarinense, no Orçamento da união recursos para a sua recuperação e revitalização e, inclusive, para a construção da terceira faixa em pontos críticos.
Quero, neste momento, agradecer a todos que colaboraram para que isso acontecesse, em especial o DNIT, que executou uma obra de grande relevância, não pela sua beleza, mas pela segurança que deu àqueles que trafegam por aquele trecho da rodovia de São Bento do Sul até Corupá, próximo de Jaraguá do Sul.
Hoje aquela rodovia conta com uma terceira faixa em todos os pontos críticos, além de uma boa sinalização. Nas encostas foram construídos até grandes muros para dar segurança aos usuários.
Srs. deputados, não poderia deixar de fazer esse registro, porque muitas vezes criticamos, deputado Antônio Aguiar, v.exa. que é também do planalto e estou falando da SC-280, São Bento do Sul/Corupá, mas agora temos que reconhecer o grande trabalho do governo federal, que nos dá segurança para transitar, principalmente agora que se aproxima o inverno.
Deputado Antônio Aguiar, tempos atrás fiz, desta tribuna, um apelo, que v.exa. incorporou, ao governo do estado, ao secretário Valdir Cobalchini, no sentido da manutenção da SC-301, mais precisamente no trecho da serra dona Francisca, ou seja: limpeza de calhas, limpeza de canaletas, capina etc.
Felizmente, sr. presidente, essa limpeza foi feita e a manutenção está chegando ao final, o que dá segurança aos usuários daquela belíssima rodovia naquela maravilhosa serra dona Francisca.
Ainda quero registrar desta tribuna, sr. presidente, o movimento suprapartidário contra a desindustrialização, que conta com a participação de entidades de classe como a Força Sindical e a Fiesc, além de federações dos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de São Paulo, movimento esse liderado pelo deputado Paulo Pereira da Silva, mais conhecido como Paulinho.
Esse movimento das forças sociais já surtiu efeito, porque a presidente Dilma Rousseff, assessorada por sua equipe econômica, tomou algumas medidas para conter a desindustrialização que, apesar de serem pontuais e de o Brasil precisar de medidas estruturais, as chamadas medidas horizontais, aquelas fazem uma reforma mais ampla, visando a dar competitividade à indústria nacional, foram positivas para alguns setores da indústria brasileira, como o têxtil e o moveleiro.
Srs. deputados, é preciso ressaltar, contudo, que esse trabalho não pode parar. As lideranças têm que dar seguimento à pressão, para que o governo federal implemente de fato uma política de longo prazo, uma política industrial que permita que as empresas tenham condições de investir a longo prazo, a fim de poder competir com os produtos estrangeiros que entram no país. Se não houver uma política estrutural, com a queda dos encargos e investimento na infraestrutura portuária, rodoviária, aeroportuária e ferroviária, não haverá como prosperar.
Apenas para se ter uma ideia, há um exemplo interessante na página 12 do Diário Catarinense do dia 28 de março. Trata-se de um comparativo de horas para administrar tributos em países.
Na China, por exemplo, utilizam-se 504 horas para administrar tributos; na Índia, 300 horas; no México, 549 horas. No Brasil, pasmem, srs. deputados, utilizam-se 2.600 horas para administrar impostos! É esse o número de horas que as empresas utilizam para administrar tributos. O que está muito claro é que o custo Brasil está muito alto em relação aos outros países.
Tenho mais exemplos. No âmbito da energia, o quilowatt/hora (kWh) na Europa custa R$ 0,06; na Argentina, R$ 0,04; no México, R$ 0,05 e no Brasil, R$ 0,10. Então, esses custos não permitem que tenhamos maior competitividade.
Muito obrigado, sr. presidente.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)