Pronunciamento

Silvio Dreveck - 083ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 02/09/2014
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, deputado Nilson Gonçalves, nosso parceiro da cidade de Joinville, agora ampliando para Garuva, estendendo o território, em que pese limite de divisa, não é muito difícil passar e ir direto para Guaratuba.
Sr. presidente, srs. deputados, o assunto que me traz a esta Casa ou melhor a esta tribuna, hoje, é que tenho aqui em minhas mãos uma matéria do Ministério dos Transportes.
(Passa a ler.)
"Ministério dos Transportes prevê investir R$ 11 milhões este ano."
Mas o que nos chama a atenção, sr. presidente, é que nesse material alguns dados nos remetem a fazer uma reflexão sobre as estradas brasileiras. A matéria diz o seguinte:
(Continua lendo.)
"RIO - Pelos quase 1,7 milhão de quilômetros de estradas que cortam o Brasil escoam 58% do volume nacional de cargas." Por aí dá para se ter uma ideia de como funciona o nosso transporte no Brasil, basicamente pautado no transporte rodoviário e não no transporte ferroviário, no transporte hidroviário, entre outras alternativas.
"No entanto, 80,3% - mais de 1,3 milhão de Km - não são pavimentados. Ao todo, o país tem 12,1% de rodovias pavimentadas; os outros 7,6% são vias planejadas, isto é, ainda não saíram do papel.
Dividida por esfera de jurisdição, a malha rodoviária, sob a responsabilidade dos municípios, é a que menos tem estradas pavimentadas, apenas 2%. Nas que estão na esfera estadual, a pavimentação não passa de 43,5%. As federais, por sua vez, têm 54,2% das vias asfaltadas. Os dados, de junho deste ano, são do Sistema Nacional de Viação, do Ministério dos Transportes, e incluem a rede rodoviária administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), concessões, convênios e MP-082."
Portanto, isso demonstra, em outras palavras, o quanto o Brasil perde de competitividade pelo nosso sistema de logística, ou seja, pela falta de rodovias pavimentadas, incluindo evidentemente os movimentos, mas que são utilizados pelos meios de transportes de cargas e também de passageiros, principalmente onde tem o transporte coletivo. Portanto, o Brasil está muito aquém de outros países que já superaram, longe de nós, a questão sobre as rodovias pavimentadas no sistema viário existente em cada país.
"Na nossa frente estão países como a China, Canadá, Austrália, que mantêm nos últimos 30 anos a taxa de investimento de 3,4% do PIB ao ano. Enquanto que no Brasil foi apenas 0,6% - diz Paulo Resende, coordenador do núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral."
Eu trago isso porque o debate é sempre no Brasil a questão do custo Brasil e como nós estamos passando novamente por uma situação na economia bastante crítica, prova disso é que temos aqui mais uma matéria que diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"O Brasil teve dois trimestres consecutivos retração no Produto Interno Bruto (PIB). Indicador que mede a geração de riqueza das nações. Na teoria acadêmica, tal situação indica que o país encolheu e sofre recessão técnica. Alguns analistas dizem que não é para tanto e que há estagnação. O governo alega que o problema é momentâneo por causa da Copa, da seca e da crise internacional. Semântica à parte, o fato é que o Brasil crescia pouco e agora anda para trás, com efeitos sobre o emprego e a renda." [sic]
E quando nós falamos que o Brasil deixou passar uma grande oportunidade nos últimos 12 e 13 anos, claro que enfrentando os desafios principalmente de 2008 para cá, mas não dá para perder de vista que era o período em que seria necessário e são necessárias as reformas para diminuir o custo Brasil, que inclui o que acabamos de falar sobre o transporte rodoviário de estradas sem manutenção, rodovias sem pavimentação, falta de um sistema de ferrovias, que anda muito de devagar, de um sistema burocrático que o Brasil tem e impera a nossa situação, principalmente da indústria, fazendo com que o nosso produto tenha um preço mais elevado.
A cada fator o custo, ou seja, a infraestrutura aliada aos outros componentes como alta carga tributária, excesso de burocracia e de controles, tudo isso leva o nosso produto a um custo maior, portanto, nós estamos perdendo a competitividade e diante disso a estagnação econômica, automaticamente, inflação alta, o que reduz a nossa condição de melhorar a renda e o emprego no Brasil.
Portanto, penso que é oportuno esse tema não apenas no debate, mas como de fato aconteceram medidas e ações concretas, para podermos voltar a crescer, termos um desenvolvimento econômico e social adequado ao tamanho do nosso Brasil.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)