Pronunciamento
Silvio Dreveck - 115ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 09/12/2009
O SR. DEPUTADO SILVIO DREVECK - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, tivemos hoje a presença do Ministério Público, de atores da Rede Globo e a manifestação de representantes da Casan.
Quero dizer que neste Dia Nacional de Combate à Corrupção, capitaneado pelo Ministério Público, devemos cumprimentá-los pela iniciativa. Ouvimos aqui depoimentos de toda ordem, de pequenas atitudes de muita relevância, que demonstram o que é corrupção e também sobre atitudes de pessoas, de cidadãos, de empresas e assim por diante.
Quero destacar, para complementar essa belíssima campanha, que a corrupção no setor público e de agentes políticos, lamentavelmente, tem sido maior no Brasil. Essa é uma chaga que assola o nosso país desde o descobrimento e que agora, na vigência da democracia, começa a ser combatida. Claro que ainda de uma forma não muito eficaz, mas temos os poderes funcionando normalmente e prontos para combater esse mal.
Não é à toa que a data nacional de combate à corrupção ocorre num momento em que a imprensa nacional e internacional revela mais uma vergonhosa ação de agentes políticos. É dinheiro escondido em roupas íntimas, figurões flagrados pelas câmeras de televisão recebendo enormes somas de dinheiro.
Não quero transformar a lembrança dessa data apenas numa comemoração, mas como um pedido para que todos os meus pares desta Casa adotem todas as medidas possíveis para que se erradique esse verdadeiro câncer do país. Infelizmente, sabemos que se trata de uma questão cultural, não é tão simples assim a erradicar. Mas temos que lutar para buscar a cura desse mal.
Aqui em Santa Catarina, srs. parlamentares, telespectadores da TVAL e presentes nesta sessão, estamos à espera de respostas para graves fatos que ocorreram e que foram motivo de amplo noticiário nacional, como a prisão do ex-assessor do governo Aldo Hey Neto, flagrado com R$ 2 milhões em seu apartamento em Jurerê, aqui em Florianópolis. Documento de posse da Justiça Federal em Porto Alegre diz que o dinheiro seria para pagar campanha de altos figurões do estado. E nada aconteceu.
Exatamente isso é que movimenta a roda da corrupção, a impunidade. Onde estão os envolvidos? Procediam ou não as denúncias? E o dinheiro foi para onde? Veio de onde? Houve denúncia de ilegalidades e irregularidades em torno também do Balé Bolshoi, de Joinville, e de irregularidades escandalosas na Casan.
O nosso partido tentou instalar uma CPI para averiguar, para esclarecer, mas o governo do estado não deixou. Se não houvesse problemas, certamente o governo não teria por que se preocupar a respeito. O certo é que esse tipo de comportamento só estimula o crescimento desse câncer que nós tentamos extirpar.
Sras. parlamentares e srs. parlamentares, nós, agentes públicos, devemos ser exemplos para a sociedade, mas quando não se permite investigar de onde veio o dinheiro e para onde foi o dinheiro, deputado Pedro Uczai, nem isso podemos informar à sociedade. As campanhas são válidas, nós devemos continuar, mas não podemos permitir que a impunidade continue.
Srs. parlamentares, concordo com a manifestação feita por muitos parlamentares que me antecederam a respeito da Casan. Temos que entender que para proceder à municipalização primeiramente tem que haver um encontro de contas. Não é possível simplesmente desativar um sistema em 24 horas e não permitir que a Casan, que é a dona do patrimônio, seja pelo menos ressarcida dos investimentos.
Portanto, srs. deputados, nós temos o dever, a obrigação de estar junto com todos aqueles que defendem o patrimônio público de forma justa, de forma legal, para que nós e a sociedade não tenhamos que arcar com um ônus, que muitas vezes passa para aqueles que não têm compromisso com o serviço público como é o dever e a obrigação de cada um de nós, e principalmente dos governos. E neste caso o governo do nosso estado tem que tomar uma posição com relação à Casan.
Muito obrigado!
(Palmas das galerias)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero dizer que neste Dia Nacional de Combate à Corrupção, capitaneado pelo Ministério Público, devemos cumprimentá-los pela iniciativa. Ouvimos aqui depoimentos de toda ordem, de pequenas atitudes de muita relevância, que demonstram o que é corrupção e também sobre atitudes de pessoas, de cidadãos, de empresas e assim por diante.
Quero destacar, para complementar essa belíssima campanha, que a corrupção no setor público e de agentes políticos, lamentavelmente, tem sido maior no Brasil. Essa é uma chaga que assola o nosso país desde o descobrimento e que agora, na vigência da democracia, começa a ser combatida. Claro que ainda de uma forma não muito eficaz, mas temos os poderes funcionando normalmente e prontos para combater esse mal.
Não é à toa que a data nacional de combate à corrupção ocorre num momento em que a imprensa nacional e internacional revela mais uma vergonhosa ação de agentes políticos. É dinheiro escondido em roupas íntimas, figurões flagrados pelas câmeras de televisão recebendo enormes somas de dinheiro.
Não quero transformar a lembrança dessa data apenas numa comemoração, mas como um pedido para que todos os meus pares desta Casa adotem todas as medidas possíveis para que se erradique esse verdadeiro câncer do país. Infelizmente, sabemos que se trata de uma questão cultural, não é tão simples assim a erradicar. Mas temos que lutar para buscar a cura desse mal.
Aqui em Santa Catarina, srs. parlamentares, telespectadores da TVAL e presentes nesta sessão, estamos à espera de respostas para graves fatos que ocorreram e que foram motivo de amplo noticiário nacional, como a prisão do ex-assessor do governo Aldo Hey Neto, flagrado com R$ 2 milhões em seu apartamento em Jurerê, aqui em Florianópolis. Documento de posse da Justiça Federal em Porto Alegre diz que o dinheiro seria para pagar campanha de altos figurões do estado. E nada aconteceu.
Exatamente isso é que movimenta a roda da corrupção, a impunidade. Onde estão os envolvidos? Procediam ou não as denúncias? E o dinheiro foi para onde? Veio de onde? Houve denúncia de ilegalidades e irregularidades em torno também do Balé Bolshoi, de Joinville, e de irregularidades escandalosas na Casan.
O nosso partido tentou instalar uma CPI para averiguar, para esclarecer, mas o governo do estado não deixou. Se não houvesse problemas, certamente o governo não teria por que se preocupar a respeito. O certo é que esse tipo de comportamento só estimula o crescimento desse câncer que nós tentamos extirpar.
Sras. parlamentares e srs. parlamentares, nós, agentes públicos, devemos ser exemplos para a sociedade, mas quando não se permite investigar de onde veio o dinheiro e para onde foi o dinheiro, deputado Pedro Uczai, nem isso podemos informar à sociedade. As campanhas são válidas, nós devemos continuar, mas não podemos permitir que a impunidade continue.
Srs. parlamentares, concordo com a manifestação feita por muitos parlamentares que me antecederam a respeito da Casan. Temos que entender que para proceder à municipalização primeiramente tem que haver um encontro de contas. Não é possível simplesmente desativar um sistema em 24 horas e não permitir que a Casan, que é a dona do patrimônio, seja pelo menos ressarcida dos investimentos.
Portanto, srs. deputados, nós temos o dever, a obrigação de estar junto com todos aqueles que defendem o patrimônio público de forma justa, de forma legal, para que nós e a sociedade não tenhamos que arcar com um ônus, que muitas vezes passa para aqueles que não têm compromisso com o serviço público como é o dever e a obrigação de cada um de nós, e principalmente dos governos. E neste caso o governo do nosso estado tem que tomar uma posição com relação à Casan.
Muito obrigado!
(Palmas das galerias)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)