Pronunciamento

Serafim Venzon - 084ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 25/09/2013
O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, prezados catarinenses que nos acompanham pelos meios de comunicação, quero saudar o prefeito de Sul Brasil, sr. Éder Ivan Marmitt, que está comemorando sua emancipação política. Também quero saudar o vereador Rubens Martins e em nome dele saudar toda a Câmara de Vereadores e toda a população de Sul Brasil. Aproveito para saudar o prefeito de Águas Frias, sr. Danilo Daga, acompanhado de vereadores, que visitaram o nosso gabinete. E ainda cumprimento o diretor presidente da Feesporte, sr. Erivaldo Nunes Caetano, que hoje se encontra em Brusque, na etapa estadual dos Jogos Estudantis, de 15 anos a 17 anos.
Encontram-se naquele município pelo menos uma escola de cada uma das 36 SDRs, que farão essa fase estadual; depois, serão tirados os representantes catarinenses, que em novembro irão para a fase nacional desse campeonato estudantil, em Belém. E desde já desejamos muita sorte, sucesso a todos aqueles que estão lá, sendo que os que lá se encontram já são os campeões da sua regional.
Sr. presidente, quero também cumprimentar os alunos que nos acompanham presencialmente nas galerias desta Casa, da EEB Hilda Teodoro Vieira.
Deputado Kennedy Nunes, deputado Antônio Aguiar, eu particularmente nasci duas vezes, não só pela data de nascimento, mas também como político.
Em 1994, creio eu, a deputada Ana Paula Lima, já era vereadora, e o deputado Antônio Aguiar já era deputado estadual, e eu me elegia pela primeira vez como deputado federal. Mas nessa época, em 1994, o Brasil arrecadava R$ 64 bilhões, e fomos acostumados a achar que R$ 1 bilhão é muito, deputado Antônio Aguiar, e que esses R$ 64 bilhões que o Brasil arrecadava eram muito mais, até porque em 1995, em 1996 o governo federal começou a duplicação da BR-101 norte, e no mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso foi concluído o trecho Paraná até Palhoça, em Santa Catarina.
Nos anos de 1996 e 1997, o Brasil arrecadava de R$ 103 bilhões a R$ 112 bilhões, e isso parecia muito dinheiro. E vejam que quando se fala em obras públicas dá a impressão que reduzimos a velocidade e a forma como o governo vem executando as obras públicas, como asfalto, hospitais.
Se colocarmos o filme para trás, vamos perguntar: O que Santa Catarina tinha de construção de hospitais nos anos de 1995 e 1996? Não mudou nada! Houve a construção de algum hospital federal, de alguma universidade, a construção de alguma rodovia federal?
A BR-101 começou a ser construída, mas na época eram arrecadados R$ 103 bilhões. Lá para o lado oeste do nosso estado, a SC-282, a SC-153, enfim, todas as rodovias não mudaram nada, continuam iguais.
Em 1997, arrecadamos R$ 112 bilhões; em 1998, R$ 133 bilhões; em 2000 foram arrecadados R$ 176 bilhões, e fomos crescendo. Em 2002, R$ 243 bilhões, em 2004, R$ 322 bilhões, em 2006, R$ 390 bilhões, e de 2006 para 2007 passamos de R$ 390 bilhões para R$ 602 bilhões. E para não ser repetitivo em números crescentes, no ano 2012 arrecadamos R$ 1,29 trilhão. Sabem o que é ganhar um trilhão? É acumular mil montes de um bilhão. Sendo que em 1994, em 1995, só tínhamos 80 montes de R$ 1 bilhão. Agora, temos mais de mil montes de um bilhão. E o que reverteu em serviços para a população, sejam estradas, segurança, saúde e educação?
Seguramente que não depende apenas da Presidência, mas se observa aqui um volume muito grande de arrecadação e que isso se dá pela eficiência do governo na cobrança, pois, afinal de contas, cobrar imposto também é um grande ofício, assim como ser justo na cobrança também o é. Porém, todos esses impostos só têm a sua finalidade se de fato eles se reverterem em serviços e na velocidade da nossa vida.
As coisas vão acontecendo tão devagar que daqui a pouco alguém que está na fase adulta passa a ser idoso e não viu a conclusão... Por exemplo, deputada Ana Paula Lima, daqui a pouco passou o nosso tempo de parlamentar e não conseguimos dizer para o povo que começamos insistindo na duplicação da BR-470 e conseguimos entregá-la. Não sei se vamos conseguir! Faz oito anos, pelo menos, que parece que quando vou pegar a BR-470 penso: agora estão começando as obras! Nesses dias, ao passar por lá, realmente vi que de fato as máquinas começaram a trabalhar.
Mas temos que transformar essa arrecadação - e cumprimentamos a eficiência do governo na sua arrecadação - em qualidade de vida e não apenas... Hoje o governo federal tem dinheiro para tudo. Dá a impressão de que é o céu está lá, tendo em vista os bilhões e bilhões de recursos que vêm para Santa Catarina e para os outros estados. Afinal, esse R$ 1 trilhão não fica lá. Ele vai para algum lugar. E certamente esperamos que um pouco venha para Santa Catarina. Só que precisamos, urgentemente, além de pedir ao governo que execute essas ações com maior velocidade, pedir que também promova uma reforma tributária para que esses recursos sejam capilarizados para todos os estados e para os municípios, de tal maneira que o maior coeficiente sejam as pessoas e que de fato essa arrecadação possa se voltar em qualidade de vida para todo mundo.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)