Pronunciamento
Sargento Amauri Soares - 086ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 07/10/2010
O SR. DEPUTADO SARGENTO AMAURI SOARES - Sr. presidente, srs. deputados, servidores desta Casa que nos acompanham na manhã de hoje, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital, permitam-me uma saudação especial aos servidores públicos, aos praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, aos policiais militares e bombeiros militares nesta manhã de quinta-feira.
Quero, inicialmente, fazer uma homenagem, que está inclusive registrada na coluna do jornalista Renê Müller, na edição do Diário Catarinense de ontem. Até parabenizo o Renê por esse registro à atuação artística e cultural de um policial militar já falecido, que é pai da Jamile que trabalha conosco na imprensa da Casa.
O sr. Brasílio Machado era maestro da banda da Polícia Militar, autor do hino do estudante catarinense, conhecido como Hino da UCB, autor também do samba de carnaval Fala, que foi premiado no concurso Por um Carnaval Melhor, do Lira Tênis Clube, nos áureos tempos de apogeu da vida cultural da nossa capital e desse clube. Ele foi autor também da música que disputou com Rancho de Amor à Ilha, do Zininho, para ser o hino de Florianópolis, hino da capital. Ele e o Du Florianópolis disputaram aquele concurso. O samba Fala foi composto em parceria com Francisco Pereira.
Então, aí se imagina um policial militar, na década de 60, escrevendo o samba-enredo junto com Francisco Pereira, conhecido militante comunista do nosso estado. O sr. Brasílio, policial militar, artista desta cidade, construtor da cultura da gente catarinense, especialmente da região litorânea, da cultura açoriana e do pagode, merece a nossa homenagem, registrando aqui a importância que também a banda da Polícia Militar representou para a cultura catarinense em tempos idos.
Hoje, temos vários companheiros policiais militares, abnegados, segurando a banda de música, que tem passado, nos últimos anos, por maus bocados, porque, com certeza, a orientação das cúpulas que passaram, e espero, meu caro Lino, que tenham passado, não era investir nessas questões, aliás, quase em nenhuma questão.
Uma questão importante quanto à cultura e à participação dos militares é que eles também são cidadãos, também fazem parte da sociedade, vivem o cotidiano e os dramas da população catarinense. E falou-se bastante nesta campanha sobre isto: que nós, policiais e bombeiros, assim como os servidores da Saúde, que atendem lá na linha de frente, e outros servidores públicos, especialmente policiais e bombeiros, vivemos com os maiores dramas da sociedade, conhecemos na prática a realidade nua e crua das maiores dificuldades da nossa gente.
Quero encerrar esta homenagem a Brasílio Machado ressaltando a importância da cultura da nossa gente, dos policiais militares - evidentemente os militares em geral estão envolvidos -, pois isso mostra a importância de fortalecer também esse aspecto dentro das instituições públicas estaduais, junto àquele que trabalha com os sentimentos, com a alma, com a ideologia, com a cultura, com o imaginário social e popular. É um setor muito importante, um trabalho também muito importante, inclusive para a manutenção da integridade social, para a manutenção da vida sadia em sociedade. Não o mero luxo, o mero capricho como alguns têm visto, mas a necessidade real do ser humano de trabalhar os seus aspectos subjetivos, os seus aspectos culturais, filosóficos. Isso também é uma necessidade das instituições públicas do estado e também, por óbvio, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
A nossa homenagem, então, ao sr. Brasílio Machado, policial militar e artista da nossa gente!
Ainda sobre o resultado das eleições, temos que satisfazer a curiosidade, deputado presidente, da companheirada pelo estado afora, que está querendo saber como vai ser daqui para frente, já que há quatro anos a nossa categoria elegeu um deputado estadual, este que lhes fala neste momento, que contribuiu bastante, decisivamente, pelo menos em 2002, para a eleição de Luiz Henrique a governador.
Então, em 2006, elegendo-me deputado e ajudando a eleger o governador, tinha a expectativa, a euforia do nosso pessoal de que teríamos tempos áureos, tempos de avanços. Mas não foi o que aconteceu e eu não vou aqui reprisar os traumas dos últimos quatro anos, pelo menos hoje, não!
Agora, na eleição deste ano, caro presidente, v.exa. sabe, assim como todo o estado de Santa Catarina, que este parlamentar foi eleito representando, sim, os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Outros setores do serviço público como a Saúde, também nos apoiaram. Aliás, tivemos bastante apoio do serviço público em geral, ou seja, dos servidores públicos de todos os setores, mas especialmente da saúde pública, além, é claro, do motor desse processo, que são os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Todos sabem também que estávamos em chapa de oposição à tríplice aliança. Então, o grande questionamento, a grande dúvida da companheirada pelo estado afora é o que vai acontecer.
Pois bem, gostaria de dizer que estaremos aqui, como sempre estivemos, como, aliás, consideramos e avaliamos metodologicamente que é obrigação de um representante de classe na condição de parlamentar ou na condição de dirigente de uma entidade de classe, no caso, a Aprasc, de buscar ter uma relação pelo menos razoável com quem quer que esteja governando o estado.
Essa era a nossa expectativa e essa é a nossa expectativa. A dificuldade de 2006 para 2007 é que a expectativa era grande demais, a euforia era imensa, porque o ex-governador Luiz Henrique, quando candidato à reeleição, prometeu o céu e a terra para os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e criou-se uma expectativa gigantesca, imensa. E como as coisas demoravam, não aconteciam, as expectativas foram-se frustrando e este parlamentar se viu entre a cruz e a espada, ou seja, ficar com os seus ou ficar com o governo. Evidentemente que optamos pelos nossos, os praças da Polícia Militar e suas demandas, aqueles compromissos assumidos.
Agora, não temos compromisso nenhum. Podemos discutir com toda liberdade e, felizmente, deputado Gelson Merísio, estamos livres para discutir o futuro. Estamos livres de todas as amarras, a não ser as convicções programáticas e os compromissos assumidos com a gente catarinense, com a nossa base, com o serviço público. Estamos absolutamente livres para discutir o fortalecimento das instituições de segurança, o fortalecimento da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o fortalecimento do serviço público e os direitos dos trabalhadores.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero, inicialmente, fazer uma homenagem, que está inclusive registrada na coluna do jornalista Renê Müller, na edição do Diário Catarinense de ontem. Até parabenizo o Renê por esse registro à atuação artística e cultural de um policial militar já falecido, que é pai da Jamile que trabalha conosco na imprensa da Casa.
O sr. Brasílio Machado era maestro da banda da Polícia Militar, autor do hino do estudante catarinense, conhecido como Hino da UCB, autor também do samba de carnaval Fala, que foi premiado no concurso Por um Carnaval Melhor, do Lira Tênis Clube, nos áureos tempos de apogeu da vida cultural da nossa capital e desse clube. Ele foi autor também da música que disputou com Rancho de Amor à Ilha, do Zininho, para ser o hino de Florianópolis, hino da capital. Ele e o Du Florianópolis disputaram aquele concurso. O samba Fala foi composto em parceria com Francisco Pereira.
Então, aí se imagina um policial militar, na década de 60, escrevendo o samba-enredo junto com Francisco Pereira, conhecido militante comunista do nosso estado. O sr. Brasílio, policial militar, artista desta cidade, construtor da cultura da gente catarinense, especialmente da região litorânea, da cultura açoriana e do pagode, merece a nossa homenagem, registrando aqui a importância que também a banda da Polícia Militar representou para a cultura catarinense em tempos idos.
Hoje, temos vários companheiros policiais militares, abnegados, segurando a banda de música, que tem passado, nos últimos anos, por maus bocados, porque, com certeza, a orientação das cúpulas que passaram, e espero, meu caro Lino, que tenham passado, não era investir nessas questões, aliás, quase em nenhuma questão.
Uma questão importante quanto à cultura e à participação dos militares é que eles também são cidadãos, também fazem parte da sociedade, vivem o cotidiano e os dramas da população catarinense. E falou-se bastante nesta campanha sobre isto: que nós, policiais e bombeiros, assim como os servidores da Saúde, que atendem lá na linha de frente, e outros servidores públicos, especialmente policiais e bombeiros, vivemos com os maiores dramas da sociedade, conhecemos na prática a realidade nua e crua das maiores dificuldades da nossa gente.
Quero encerrar esta homenagem a Brasílio Machado ressaltando a importância da cultura da nossa gente, dos policiais militares - evidentemente os militares em geral estão envolvidos -, pois isso mostra a importância de fortalecer também esse aspecto dentro das instituições públicas estaduais, junto àquele que trabalha com os sentimentos, com a alma, com a ideologia, com a cultura, com o imaginário social e popular. É um setor muito importante, um trabalho também muito importante, inclusive para a manutenção da integridade social, para a manutenção da vida sadia em sociedade. Não o mero luxo, o mero capricho como alguns têm visto, mas a necessidade real do ser humano de trabalhar os seus aspectos subjetivos, os seus aspectos culturais, filosóficos. Isso também é uma necessidade das instituições públicas do estado e também, por óbvio, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
A nossa homenagem, então, ao sr. Brasílio Machado, policial militar e artista da nossa gente!
Ainda sobre o resultado das eleições, temos que satisfazer a curiosidade, deputado presidente, da companheirada pelo estado afora, que está querendo saber como vai ser daqui para frente, já que há quatro anos a nossa categoria elegeu um deputado estadual, este que lhes fala neste momento, que contribuiu bastante, decisivamente, pelo menos em 2002, para a eleição de Luiz Henrique a governador.
Então, em 2006, elegendo-me deputado e ajudando a eleger o governador, tinha a expectativa, a euforia do nosso pessoal de que teríamos tempos áureos, tempos de avanços. Mas não foi o que aconteceu e eu não vou aqui reprisar os traumas dos últimos quatro anos, pelo menos hoje, não!
Agora, na eleição deste ano, caro presidente, v.exa. sabe, assim como todo o estado de Santa Catarina, que este parlamentar foi eleito representando, sim, os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Outros setores do serviço público como a Saúde, também nos apoiaram. Aliás, tivemos bastante apoio do serviço público em geral, ou seja, dos servidores públicos de todos os setores, mas especialmente da saúde pública, além, é claro, do motor desse processo, que são os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Todos sabem também que estávamos em chapa de oposição à tríplice aliança. Então, o grande questionamento, a grande dúvida da companheirada pelo estado afora é o que vai acontecer.
Pois bem, gostaria de dizer que estaremos aqui, como sempre estivemos, como, aliás, consideramos e avaliamos metodologicamente que é obrigação de um representante de classe na condição de parlamentar ou na condição de dirigente de uma entidade de classe, no caso, a Aprasc, de buscar ter uma relação pelo menos razoável com quem quer que esteja governando o estado.
Essa era a nossa expectativa e essa é a nossa expectativa. A dificuldade de 2006 para 2007 é que a expectativa era grande demais, a euforia era imensa, porque o ex-governador Luiz Henrique, quando candidato à reeleição, prometeu o céu e a terra para os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e criou-se uma expectativa gigantesca, imensa. E como as coisas demoravam, não aconteciam, as expectativas foram-se frustrando e este parlamentar se viu entre a cruz e a espada, ou seja, ficar com os seus ou ficar com o governo. Evidentemente que optamos pelos nossos, os praças da Polícia Militar e suas demandas, aqueles compromissos assumidos.
Agora, não temos compromisso nenhum. Podemos discutir com toda liberdade e, felizmente, deputado Gelson Merísio, estamos livres para discutir o futuro. Estamos livres de todas as amarras, a não ser as convicções programáticas e os compromissos assumidos com a gente catarinense, com a nossa base, com o serviço público. Estamos absolutamente livres para discutir o fortalecimento das instituições de segurança, o fortalecimento da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o fortalecimento do serviço público e os direitos dos trabalhadores.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)