Pronunciamento

RODRIGO MINOTTO - 037ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 06/05/2021
DEPUTADO RODRIGO MINOTTO (Orador) - Faz um contraponto à fala do Presidente Bolsonaro, o qual diz que o Brasil está quebrado e que não tem o que se fazer, discordando por entender que nenhuma liderança pública pode desistir de lutar e se conformar, pois a pandemia é mundial, e todos os países estão buscando formas para enfrentar esse momento crítico na saúde e na economia.
Lembra que a Ciência criou vacinas em tempo recorde, que vários países buscaram soluções no enfrentamento da pandemia e que esqueceram as diferenças internas e externas para encontrar alternativas ousadas, inteligentes, criativas na economia, com alguns resultados rápidos e outros mais devagar, mas todos no caminho da recuperação econômica. Mas, no Brasil, se observa um processo na contramão, como o abandono da capacidade de se reinventar, que é uma das peculiaridades do país.
Fala sobre a crise de 1929, quando o Brasil foi um dos países que melhor respondeu ao momento difícil naquela época, foi elogiado por lideranças do mundo inteiro, entendendo o mérito como de Getúlio Vargas, sendo que a partir de 1932 o Brasil apresentou o maior crescimento do PIB mundialmente, e que se manteve no mesmo patamar nas décadas de 70 e 80, porém nos dois últimos governos isso não aconteceu. Cita que a obtenção do sucesso no crescimento se deu por colocar na mesma mesa três elementos fundamentais, que foram o Estado, os empregadores e os trabalhadores. Enfatiza que o neoliberalismo desmontou o que o Brasil tinha de mais valioso, o diálogo e a cooperação entre Estado, empresariado e trabalhadores. Entende que o os neoliberais pregam o Estado mínimo, mas a pandemia mostrou o contrário ao indagar como estaria o mundo sem a decisão do Estado, como estaria o Brasil sem o SUS, e diz que os empresários brasileiros foram abandonados à própria sorte, os trabalhadores perdendo direitos desde 2016. Enfatiza que é o momento de discutir nacionalmente com empresários e trabalhadores sobre os destinos do país, pois a História mostra que esse é o melhor caminho para encontrar soluções. Ressalta que as pessoas podem pensar diferente, mas que a polarização de ódio e raiva não é normal. [Taquígrafa: Sílvia]