Pronunciamento

Padre Pedro Baldissera - 020ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 08/04/2003
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, trago a esta tribuna nesta tarde, neste espaço, a continuação da reflexão que tenho feito em outros momentos no que diz respeito à saúde pública neste nosso Estado.
De maneira muito especial, quero trazer presente a saúde deste nosso Estado, mas fazer referência ao grande ato que aconteceu na noite de ontem no Município de Chapecó, quando mais de mil pessoas estiveram reunidas, debatendo, discutindo sobre a saúde pública e, de maneira muito especial, sobre o hospital regional do Oeste do Estado de Santa Catarina.
Essa instância de reflexão, de encaminhamento, de debate, tem se dado a partir da constituição do fórum que garante a participação dos diferentes segmentos, entidades, movimentos da sociedade do Oeste do Estado em defesa de caráter público do hospital regional do Oeste.
Gostaria de levantar alguns elementos que me fazem chegar a esta tribuna, e dizer que a situação desse nosso hospital não é diferente de muitos outros hospitais das grandes regiões deste nosso Estado, com exceção, quem sabe, de Joinville, de Florianópolis e do Município de São José que, felizmente tiveram êxito nos últimos anos, principalmente no exercício de 2001, quando o próprio Governo do Estado, na época, desembolsou, de maneira muito especial, para a macrorregião de Joinville, mais de R$11 milhões para cuidar das ações da saúde daquela região. Quando comparada com as outras regiões do nosso Estado, menos R$6 milhões foram alocados para cuidar da saúde do povo do Estado de Santa Catarina.
Por isso, dizia na noite passada, é preciso que as ações do Governo transpareça justiça, porque todos os cidadãos deste nosso Estado pagam impostos, tributos, só que, infelizmente, as ações de retribuição desse dinheiro são injustas, ficando assim uma grande parte da nossa população desatendida por falta de coerência, de ações mais concretas e de prioridades por parte dos nossos governantes.
Existe uma situação muito delicada na região Oeste, mais que isso, provocando para as pessoas daquela região muita dificuldade no transporte. São mais ou menos 700 quilômetros a distância entre uma ponta até Florianópolis, provocando um desembolso acentuado por parte das Prefeituras daquela região. Os Prefeitos, muitas vezes, sentem-se com grandes dificuldades para poder atender à demanda daquela população. E neste sentido, colocam em risco a vida das próprias pessoas que se deslocam daquela região para a Capital ou para outros Estados em busca de solução para os seus problemas de saúde.
Por isso, o fórum da noite que passou, na cidade de Chapecó, debateu, refletiu e tirou uma carta de intenção, de encaminhamento, a fim de sensibilizar o Governo do Estado para que tome atitudes concretas em relação à saúde e que o Hospital Regional de Chapecó seja de caráter público, que possa atender gratuitamente como se atende nos hospitais de Joinville, de Florianópolis e de são José.
Só gostaria de dizer que o dinheiro que se deixou de aplicar no ano de 2001, que deixou de aplicar pelo descumprimento da Emenda nº 29, da lei que garante um teto mínimo para o Governo do Estado, daria para bancar o hospital regional de Chapecó com saúde de qualidade pública para aquela população, que hoje está em torno de 1,5 milhão de pessoas que habitam na região Oeste de Santa Catarina.
Trago a esta tribuna esta grande preocupação, e, sendo um interlocutor daquelas pessoas que lá estão, incansavelmente vem lutando para que de fato o hospital se torne do povo do Oeste e que seja público para aquelas que lá habitam.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)