Pronunciamento

Padre Pedro Baldissera - 006ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 20/02/2008
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, trago, na tarde de hoje, à tribuna um assunto que tem tomado conta do debate em vários momentos aqui nesta Casa, em legislaturas passadas, nesta legislatura e em outros momentos da vida pública do estado de Santa Catarina.
O Partido dos Trabalhadores e eu, como líder do PT nesta Casa, não poderíamos deixar de registrar o que está acontecendo agora, às 15hs, em Brasília, quando o presidente Lula assina o decreto que retira o Besc do processo de privatização, o plano nacional de desestatização do Besc, o banco do povo catarinense que hoje, depois de muitos anos... Aliás, diga-se de passagem, esse foi um compromisso do governo do PT e do presidente Lula, que assumiu com o povo catarinense a retirada do Besc do processo de privatização.
Para nós, do PT, que sempre fizemos a defesa de um estado forte, de instituições públicas fortes, é o momento não de vitória do povo catarinense, ou de honrar com o compromisso do PT, mas é o momento forte de celebrar esse grande e importante acontecimento. Isso porque é o único, entre outras instituições, de outros estados, que está saindo do processo da privatização.
Gostaria até de lembrar que em 2003, no fim do exercício de 2002, o Besc tinha um prejuízo superior a um bilhão de reais. Logo em 2003, depois de Eurides Mescolotto ter assumido a presidência do Besc, o banco passou a dar lucros. Isso para nós é importante, porque muitas vezes não conseguimos entender e compreender que instituições públicas dão prejuízo e no momento em que passam para a iniciativa privada começam a gerar lucros. Questionamos a seriedade na administração de tais empresas ou de tais instituições. Por isso o que está acontecendo hoje em Brasília, sem dúvida nenhuma, é aquilo que envolveu uma série de mobilizações dos funcionários do Besc e muitos outros funcionários, entidades, movimentos e organizações que lutaram, que brigaram para que o Besc continuasse sendo público e continuasse pertencendo ao povo catarinense.
Quero lembrar à sociedade catarinense neste momento da incorporação do Besc ao Banco do Brasil, dizendo que é o único banco com agências em 137 municípios do estado, o que não é pouca coisa, e presente nos 293 municípios, aliás, em todos os municípios de Santa Catarina.
Por isso esse será um momento de orgulho quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, assinará o decreto da retirada do banco do processo de privatização. É um momento para celebrar, para nos orgulhar, porque mais uma vez aqui é manifestado o compromisso, a honra da palavra do presidente com relação ao compromisso que havia assumido em 2002.
Além disso, aproveito este espaço para dizer que na nossa região, o extremo oeste de Santa Catarina, mais exatamente em São Miguel d'Oeste, pólo da região, encampamos uma luta junto à agência do INSS daquele município, intervindo junto à Procuradoria do INSS, para que viabilizasse uma unidade da Procuradoria daquele instituto em São Miguel d'Oeste.
Começamos essa discussão, essa luta, junto com lideranças e com autoridades da região do extremo oeste e conseguimos, no final do exercício de 2007, o parecer favorável por parte da Procuradoria do INSS, quando acatou a solicitação atendendo a essa urgência, a essa necessidade da população da região do extremo oeste do estado de Santa Catarina. A implantação dessa unidade em São Miguel d'Oeste representa muito para a região, porque hoje tudo está centralizado no pólo da região do oeste do estado, que é Chapecó. Tudo acontece lá. E nós sabemos que muitos processos poderiam ser resolvidos rapidamente, favorecendo uma grande parcela da sociedade, que são os mais excluídos, os mais pobres, os que mais precisam. Daquela forma como estava, a morosidade era grande, era enorme, e com a criação dessa unidade em São Miguel d'Oeste, temos a certeza de que os processos, além de serem agilizados, vão fazer com que aquele povo que mais precisa, que é o povo mais carente, possa ser também atendido e possa ver os benefícios previdenciários do seu bolso gerando melhor economia e bem-estar às pessoas de toda essa região.
Então, além de desafogar Chapecó, atenderíamos mais rápido São Miguel d'Oeste e os mais de 35 municípios que compreendem aquela região. Portanto, é um pleito justo e importante para o extremo oeste do estado. Acho que é neste sentido que viremos agilizar não só os processos, mas aquilo que é público e que é também do interesse de grande quantidade de pessoas da região do extremo oeste do estado de Santa Catarina.
Portanto, faço o registro, na tarde de hoje, na Assembléia Legislativa, desses dois acontecimentos importantes: a criação da unidade, no extremo oeste, da Procuradoria do INSS, e o decreto do Presidente Lula, retirando o banco do processo de privatização, que foi uma luta histórica dos trabalhadores do Besc e do povo organizado no estado de Santa Catarina.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)