Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 077ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 21/10/2004
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o que me traz neste momento a esta tribuna é exatamente o sentimento de perda que a região Oeste do Estado de Santa Catarina manifesta nestes últimos dias. Existe a repercussão de que o curso de Zootecnia, implementado a partir do mês de março deste ano no Município de Chapecó, passa por alguns questionamentos com relação à continuidade naquela cidade, com possibilidade de ser transferido para a cidade de Lages, mostrando, dessa forma, o processo inverso de interiorização da universidade pública. Ao invés de ela ganhar dimensão no interior do nosso Estado, ganha, isso sim, corpo nos grandes centros, e de maneira muito especial no litoral do Estado de Santa Catarina.
Lembro muito bem que em vários momentos, desta tribuna e de outros espaços, houve o debate, a discussão de que a universidade pública deveria estar presente nos lugares mais distantes, mais longínquos, oportunizando aos jovens e pessoas que vivem no interior deste Estado o espaço e a oportunidade de poderem participar. Dessa forma se vêem cortadas as expectativas e a esperança daquelas pessoas do interior do Estado de poderem freqüentar a universidade pública.
É o momento em que fazem várias interpretações. E eu, não só como representante da região do Extremo Oeste do Estado, mas como alguém que tem percorrido quase todo o Estado de Santa Catarina, sentando com lideranças, com diferentes movimentos e organizações, não poderia deixar de retratar essa situação e, ao mesmo tempo, justificar a importância de o curso de Zootecnia continuar presente na região Oeste de Santa Catarina.
Digo isso porque são atendidos 80 alunos, dos quais 84% nascidos em solo catarinense, 75% nascidos em Municípios do Oeste do Estado de Santa Catarina e 96% das famílias dos alunos são residentes naquela região. E mais: 80% dos alunos são oriundos da rede de ensino médio público, ou seja, são de famílias que não tinham condições de pagar os estudos para os seus filhos e filhas, demonstrando a gravidade da situação do povo oestino.
A região, embora compreenda apenas 28% do território do Estado, é responsável pela produção de 76% dos suínos, 73% das aves, 44% dos bovinos e 33% dos ovinos catarinenses. E mais, é responsável por 62% do leite, 51% dos ovos de galinha, 31% da produção de peixes e 27% do mel catarinense. Segundo dados, a região Oeste contribui sozinha com 53% do valor bruto da produção animal do Estado de Santa Catarina.
Na região, como é de conhecimento geral, estão localizadas as maiores agroindústrias brasileiras, que processam, beneficiam e transformam a matéria-prima de origem animal, abastecendo não só o mercado nacional como também gerando divisas ao País, através do atendimento a exigentes e importantes mercados internacionais.
Por isso, neste momento, faço a minha interpelação à Reitoria da Udesc, ao Governo do Estado para que se sensibilizem da importância desse curso permanecer na região Oeste do nosso Estado, mais propriamente dito em Chapecó. É a vocação do Oeste de Santa Catarina. E esse curso vai qualificando as pessoas para que aquela região continue a passos largos no seu desenvolvimento e que possa, dessa forma, fazer com que o Estado de Santa Catarina ganhe.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Lembro muito bem que em vários momentos, desta tribuna e de outros espaços, houve o debate, a discussão de que a universidade pública deveria estar presente nos lugares mais distantes, mais longínquos, oportunizando aos jovens e pessoas que vivem no interior deste Estado o espaço e a oportunidade de poderem participar. Dessa forma se vêem cortadas as expectativas e a esperança daquelas pessoas do interior do Estado de poderem freqüentar a universidade pública.
É o momento em que fazem várias interpretações. E eu, não só como representante da região do Extremo Oeste do Estado, mas como alguém que tem percorrido quase todo o Estado de Santa Catarina, sentando com lideranças, com diferentes movimentos e organizações, não poderia deixar de retratar essa situação e, ao mesmo tempo, justificar a importância de o curso de Zootecnia continuar presente na região Oeste de Santa Catarina.
Digo isso porque são atendidos 80 alunos, dos quais 84% nascidos em solo catarinense, 75% nascidos em Municípios do Oeste do Estado de Santa Catarina e 96% das famílias dos alunos são residentes naquela região. E mais: 80% dos alunos são oriundos da rede de ensino médio público, ou seja, são de famílias que não tinham condições de pagar os estudos para os seus filhos e filhas, demonstrando a gravidade da situação do povo oestino.
A região, embora compreenda apenas 28% do território do Estado, é responsável pela produção de 76% dos suínos, 73% das aves, 44% dos bovinos e 33% dos ovinos catarinenses. E mais, é responsável por 62% do leite, 51% dos ovos de galinha, 31% da produção de peixes e 27% do mel catarinense. Segundo dados, a região Oeste contribui sozinha com 53% do valor bruto da produção animal do Estado de Santa Catarina.
Na região, como é de conhecimento geral, estão localizadas as maiores agroindústrias brasileiras, que processam, beneficiam e transformam a matéria-prima de origem animal, abastecendo não só o mercado nacional como também gerando divisas ao País, através do atendimento a exigentes e importantes mercados internacionais.
Por isso, neste momento, faço a minha interpelação à Reitoria da Udesc, ao Governo do Estado para que se sensibilizem da importância desse curso permanecer na região Oeste do nosso Estado, mais propriamente dito em Chapecó. É a vocação do Oeste de Santa Catarina. E esse curso vai qualificando as pessoas para que aquela região continue a passos largos no seu desenvolvimento e que possa, dessa forma, fazer com que o Estado de Santa Catarina ganhe.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)