Pronunciamento

Padre Pedro Baldissera - 027ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 26/04/2006
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, assomo à tribuna, na tarde de hoje, para falar sobre alguns fatos que ocorreram na nossa região, neste início de semana, e sobre algumas ações realizadas pelo governo Lula que estão relacionadas ao DNIT e que dizem respeito à recuperação de duas importantes BRs no extremo oeste do estado.
Uma delas passa por vários estados do nosso país, que é a BR-163, mais propriamente o trecho que liga São Miguel d’Oeste a Dionísio Cerqueira. Já foram iniciadas as obras de recuperação dessa importante rodovia, principalmente no trecho que liga vários outros estados, mais de maneira especial o estado do Paraná e o estado do Rio Grande do Sul, pois existe uma movimentação enorme, cerca de 3.500 veículos passam diariamente nessa rodovia.
Sem dúvida alguma, essa rodovia estava carecendo de reparos. Existe todo um atendimento do cuidado nas margens com as roçadas, o próprio tapa-buraco, mas agora ela receberá uma atenção toda especial, pois será recapado todo o trecho que liga São Miguel d’Oeste a Dionísio Cerqueira.
Outra rodovia que desemboca na BR-282 é a BR-158, que liga o estado do Rio Grande do Sul até o município de Cunha Porã, portanto, onde passa a BR-282, que dentro de aproximadamente 30 dias serão iniciadas as obras de recapeamento dessa importante rodovia federal.
Claro que tudo vem acontecendo lentamente, mas de uma forma progressiva, e isso é importante. Já foi investida uma série de recursos para a manutenção, mas agora de uma maneira mais definitiva.
O governo federal inicia, assim, uma recuperação mais consistente, mais efetiva e que dará um melhor atendimento àquela população. Uma população que é extremamente agrícola e que vive do trabalho da roça, da pequena atividade da agricultura. São inúmeras as famílias que naquela região residem, trabalham e se defendem com o trabalho da agricultura que, aliás, vive um momento crítico, diante dos preços que são garantidos. Isto devido à concorrência estabelecida pelo próprio comércio, hoje, em nível de país, que na sua quase totalidade independe de uma ação mais concreta e urgente do próprio governo. Mas é uma questão de concorrência e ela estabelece o preço até mesmo menor, aquém do preço mínimo garantido por lei.
Estas são as contradições em que nós vivemos em nossa sociedade. Deveria haver algum tipo de incentivo para que o agricultor não só permanecesse na sua atividade, como também dela pudesse tirar o sustento da sua vida, o seu bem-estar e ter uma condição digna como trabalhador, como trabalhadora na sua atividade da agricultura.
Felizmente, esse momento crítico por que estão passando os agricultores não é o pior da história. Nós vivemos outros momentos muito piores do que esse. Nós fizemos um comparativo de preços e percebemos que nos três anos do governo Lula a média está acima do governo FHC, portanto, este não é o pior momento, mas é um momento difícil, em que o nosso agricultor precisa do amparo, de políticas públicas, sejam elas de nível federal ou de nível estadual, para que possa continuar em sua atividade.
Tenho também convicção e orgulho de dizer que o governo Lula avançou muito na questão de colocar recursos para a agricultura camponesa, a pequena agricultura. Houve um incremento grande para que o agricultor pudesse ter acesso através das diferentes linhas de crédito que estão colocadas à sua disposição.
Lembro que na safra 2002/2003, chegou-se em torno de R$ 2.400 bilhões de investimentos para a agricultura camponesa, para a agricultura familiar. Mas agora, para a safra 2005/2006, os recursos foram cinco vezes maiores.
Portanto, o governo federal vem, sim, disponibilizando muito mais recursos do que antes vinham sendo disponibilizados; as possibilidades de investimentos da agricultura camponesa estão muito acima, só que, infelizmente, está passando por esse momento, que é o momento que está sendo estabelecido pela concorrência do mercado em nível de país, mas esperamos superá-lo.
Já existem grandes sinais do nosso governo federal com relação à própria agricultura. Quer dizer, tivemos a possibilidade de participar de um governo que ao terminar uma das safras já anuncia o pacote da próxima safra. Jamais na história deste país vimos isso acontecer. E o governo Lula fez isso com extrema habilidade, porque há meses antecipa o pacote dos investimentos para a agricultura camponesa. Temos que reconhecer isso, pois se trata de um governo que é mais sensível às realidades e à situação dos nossos trabalhadores da roça.
Concluindo, sr. presidente, de 1997 para cá transito do extremo oeste para a capital e nunca tivemos a estrada nas condições que hoje se encontra. É claro que há muita coisa para ser feita, temos consciência disso, mas muita coisa tem sido feita!
Era este o registro, sr. presidente, que eu queria fazer na tarde de hoje.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)