Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 007ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 19/02/2014
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, gostaria de aproveitar a tarde de hoje para fazer uma rápida reflexão sobre o trabalho feito para a fabricação de um chapéu de palha.
A região do meio-oeste do nosso estado tem sido considerada a capital da produção de trigo, isso num passado mais longínquo. Não sei se ainda hoje a situação é a mesma, talvez ao longo dos anos se tenha perdido um pouco esse capital. Mas o artesanato feito pela palha do trigo era uma tradição do oeste. Desde o princípio da colonização se tem trabalhado muito a questão do artesanato, principalmente no que diz respeito à palha do trigo, mas no decorrer do processo e da história essa atividade foi esquecida pelo tempo.
Antes poderíamos considerar essa atividade como uma renda que respondia às necessidades das famílias para o trabalho do campo, na lida doméstica. E o aprendizado passava de mãe para filha, de mãos em mãos, principalmente se mantinham essa tradição de mãe para filha, desde o plantio do trigo até a escolha das palhas e a forma de trança produzida, que era muito peculiar daquela conjuntura, daquela realidade.
O trigo é colhido apenas uma vez por ano, da mesma forma a palha tem que ter todo um cuidado especial no seu armazenamento, porque tem que servir para a atividade durante o ano todo, para garantir a qualidade daquele produto, daquela palha que serviria para produção de muitos materiais, de muitos objetos.
Claro que teria que ter o local apropriado para o armazenamento e ao mesmo tempo buscar alternativas para fazer com que a umidade não estragasse as palhas armazenadas. Nesse sentido se colocava potinhos com cal no chão, que ajudavam a absorver a umidade que poderia atrapalhar, às vezes, até permitir a proliferação de fungos que viessem deteriorar o material.
O material selecionado pelas artesãs era separado por espessura. Conforme a espessura, a palha era indicada para produzir determinados objetos. Então, as palhas mais finas serviam para produção de flores menores, ou pequenos objetos, enquanto que as palhas mais grossas serviam para produzir, por exemplo, o chapéu, uma bandeja ou uma flor maior.
Sei que no meio-oeste do nosso estado temos também cooperativas que trabalham, como as Tranças da Terra, que vem historicamente produzindo. No extremo oeste temos as Palhas Mágicas que também produzem artesanato. Mas eu gostaria de fazer uma menção especial que neste domingo estive na comunidade de Sete Figueiras, em Chapecó, que pertence à grande região pastoral de Nova Itabeiraba. Era o dia da padroeira, Nossa Senhora de Lurdes, e celebrei a missa com aquela comunidade. No final da celebração, esse produto, o chapéu, que é produzido naquela comunidade por várias mulheres, foi-me presenteado. É um bonito e importante chapéu que, como bons produtores de uva da nossa região, fizeram questão de me entregar.
Eles pediram que eu trouxesse este chapéu para a Assembleia Legislativa e fizesse uma rápida reflexão sobre a importância do chapéu dentro da nossa agricultura, especialmente o chapéu que é utilizado nos afazeres da roça.
Como é uma comunidade do interior, eu trouxe isto com muito carinho, neste momento, a esta tribuna, fazendo o meu agradecimento àquela comunidade e a todas aquelas mães, sejam elas mais jovens ou da terceira idade, as que eu tenho visto em vários grupos que produzem o artesanato com a palha do trigo.
Que bonito cultivar essa tradição, e tudo isso servindo também de renda para dignificar cada vez mais, qualificar a vida da família, ao mesmo tempo, dando-lhe melhores condições para o seu dia a dia, nas suas atividades.
Então, gostaria de trazer a esta Casa algo sobre essa atividade tão importante na região do meio-oeste, que foi reconhecida como a Capital do Trigo, e que muito ajudou no desenvolvimento econômico do nosso estado e do nosso país.
Então, era esse o registro que queria fazer na tarde de hoje.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
A região do meio-oeste do nosso estado tem sido considerada a capital da produção de trigo, isso num passado mais longínquo. Não sei se ainda hoje a situação é a mesma, talvez ao longo dos anos se tenha perdido um pouco esse capital. Mas o artesanato feito pela palha do trigo era uma tradição do oeste. Desde o princípio da colonização se tem trabalhado muito a questão do artesanato, principalmente no que diz respeito à palha do trigo, mas no decorrer do processo e da história essa atividade foi esquecida pelo tempo.
Antes poderíamos considerar essa atividade como uma renda que respondia às necessidades das famílias para o trabalho do campo, na lida doméstica. E o aprendizado passava de mãe para filha, de mãos em mãos, principalmente se mantinham essa tradição de mãe para filha, desde o plantio do trigo até a escolha das palhas e a forma de trança produzida, que era muito peculiar daquela conjuntura, daquela realidade.
O trigo é colhido apenas uma vez por ano, da mesma forma a palha tem que ter todo um cuidado especial no seu armazenamento, porque tem que servir para a atividade durante o ano todo, para garantir a qualidade daquele produto, daquela palha que serviria para produção de muitos materiais, de muitos objetos.
Claro que teria que ter o local apropriado para o armazenamento e ao mesmo tempo buscar alternativas para fazer com que a umidade não estragasse as palhas armazenadas. Nesse sentido se colocava potinhos com cal no chão, que ajudavam a absorver a umidade que poderia atrapalhar, às vezes, até permitir a proliferação de fungos que viessem deteriorar o material.
O material selecionado pelas artesãs era separado por espessura. Conforme a espessura, a palha era indicada para produzir determinados objetos. Então, as palhas mais finas serviam para produção de flores menores, ou pequenos objetos, enquanto que as palhas mais grossas serviam para produzir, por exemplo, o chapéu, uma bandeja ou uma flor maior.
Sei que no meio-oeste do nosso estado temos também cooperativas que trabalham, como as Tranças da Terra, que vem historicamente produzindo. No extremo oeste temos as Palhas Mágicas que também produzem artesanato. Mas eu gostaria de fazer uma menção especial que neste domingo estive na comunidade de Sete Figueiras, em Chapecó, que pertence à grande região pastoral de Nova Itabeiraba. Era o dia da padroeira, Nossa Senhora de Lurdes, e celebrei a missa com aquela comunidade. No final da celebração, esse produto, o chapéu, que é produzido naquela comunidade por várias mulheres, foi-me presenteado. É um bonito e importante chapéu que, como bons produtores de uva da nossa região, fizeram questão de me entregar.
Eles pediram que eu trouxesse este chapéu para a Assembleia Legislativa e fizesse uma rápida reflexão sobre a importância do chapéu dentro da nossa agricultura, especialmente o chapéu que é utilizado nos afazeres da roça.
Como é uma comunidade do interior, eu trouxe isto com muito carinho, neste momento, a esta tribuna, fazendo o meu agradecimento àquela comunidade e a todas aquelas mães, sejam elas mais jovens ou da terceira idade, as que eu tenho visto em vários grupos que produzem o artesanato com a palha do trigo.
Que bonito cultivar essa tradição, e tudo isso servindo também de renda para dignificar cada vez mais, qualificar a vida da família, ao mesmo tempo, dando-lhe melhores condições para o seu dia a dia, nas suas atividades.
Então, gostaria de trazer a esta Casa algo sobre essa atividade tão importante na região do meio-oeste, que foi reconhecida como a Capital do Trigo, e que muito ajudou no desenvolvimento econômico do nosso estado e do nosso país.
Então, era esse o registro que queria fazer na tarde de hoje.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)