Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 045ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 27/05/2009
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados, sra. deputada, gostaria de trazer, mais uma vez, presente à nossa tribuna a grande mobilização que continua na região sul do nosso país, especificamente em Santa Catarina, dos movimentos sociais, do movimento sindical, em busca do atendimento da pauta de reivindicação dos agricultores, dos camponeses e familiares dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
É claro que houve alguns avanços no atendimento da pauta reivindicatória de todos esses movimentos sociais e sindicais, mas não estão dentro do esperado e, ao mesmo tempo, da necessidade dos nossos agricultores, tanto por parte do governo federal quanto do governo do estado de Santa Catarina.
Nós estivemos reunidos, no dia de ontem, numa grande mobilização em vários lugares do interior do estado, e a pauta continua sendo a anistia de parte da dívida contraída pelos agricultores de investimento e custeio que eles têm feito na safra de 2008/2009, levando em consideração, claro, que nos últimos 11 anos nós tivemos nove anos de estiagem no nosso estado. Isso tem comprometido enormemente ou dificultado a vida dos nossos trabalhadores da roça, que empobreceram, e empobreceram muito! Muitos dos trabalhadores, até mesmo diante das enormes dificuldades, buscaram alternativas deixando a própria terra. E nós sabemos que o abandono ou a saída da terra traz outros problemas sociais, principalmente no setor urbano, gerando assim uma demanda diversificada de ações que o poder público local fica desafiado a atendê-las.
Por isso que é necessário que haja políticas emergenciais de atendimento nesse momento crucial em que vivem milhares de famílias de agricultores. Mas é preciso também que haja programas e políticas estruturais para a nossa agricultura. Não dá mais para ficar nas políticas paliativas, emergenciais; não dá mais para ficar só nisso. É preciso que se avance nas políticas e nos programas, nos diferentes governos, sejam eles municipais, estaduais ou federal.
Por isso que as reivindicações da anistia neste momento são emergenciais e importantes, porque o agricultor está descapitalizado e não tem como bancar isso. Além da anistia, é preciso que haja também um auxílio direto aos nossos agricultores, para que possam sobreviver neste momento de entrada do próprio inverno que dificulta qualquer tipo de cultura, até mesmo a pastagem para o gado leiteiro que tem tido uma queda enorme, chegando a ter, em algumas regiões, até 50% de prejuízo.
Estamos passando por um momento extremamente difícil. O governo federal tem sinalizado, nesse momento, recursos para os municípios e para o custeio, mas é preciso avançar. Em nível de estado, temos tido uma sinalização com relação ao programa de cisternas financiado pelo Banco do Brasil, sendo que o governo do estado entra com os juros desse dinheiro que é financiado. Mas os agricultores perguntam: "Como é que vamos fazer financiamento, se não temos de onde tirar para poder bancá-lo"?! Então, é preciso avançar nesse campo.
Por isso que estamos atentos e pedindo, ao mesmo tempo, o empenho dos nossos governantes para atender os trabalhadores da roça nesse momento difícil que estão vivendo.
Outro assunto que eu queria trazer presente à tribuna é exatamente sobre a grande atividade que tenho participado no final de semana com vários pescadores que trabalham com a piscicultura no interior do estado, na região oeste. E mais de 80 famílias que trabalham com diferentes culturas, sendo que a maioria delas com a tilápia, com a carpa, estão buscando informações, capacitação e orientação técnica para melhor desempenhar e desenvolver essa atividade.
Nós sabemos que se tem avançado muito nesse setor e que ele está gerando e agregando recursos à agricultura - é uma atividade extremamente importante para o incremento de renda à agricultura familiar. Por isso que estivemos lá presentes, colocando-nos à disposição e contribuindo com o ramo da piscicultura no estado de Santa Catarina, com a comissão de Aquicultura e Pesca, para que possamos também construir algumas políticas importantes para ajudar na orientação e no incremento da renda dos piscicultores do nosso estado.
Nós sabemos que a atividade aquícola tem aumentado significativamente no nosso estado. Poderíamos dizer que o ramo da piscicultura teve um incremento de mais de 300% na região. E tudo isto, claro, gera uma expectativa positiva com relação à renda dos agricultores familiares.
Por isso a comissão de Aquicultura e Pesca é extremamente importante no nosso estado, no sentido de não só ouvir as pessoas, como também de ajudar no incremento dessa atividade.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
É claro que houve alguns avanços no atendimento da pauta reivindicatória de todos esses movimentos sociais e sindicais, mas não estão dentro do esperado e, ao mesmo tempo, da necessidade dos nossos agricultores, tanto por parte do governo federal quanto do governo do estado de Santa Catarina.
Nós estivemos reunidos, no dia de ontem, numa grande mobilização em vários lugares do interior do estado, e a pauta continua sendo a anistia de parte da dívida contraída pelos agricultores de investimento e custeio que eles têm feito na safra de 2008/2009, levando em consideração, claro, que nos últimos 11 anos nós tivemos nove anos de estiagem no nosso estado. Isso tem comprometido enormemente ou dificultado a vida dos nossos trabalhadores da roça, que empobreceram, e empobreceram muito! Muitos dos trabalhadores, até mesmo diante das enormes dificuldades, buscaram alternativas deixando a própria terra. E nós sabemos que o abandono ou a saída da terra traz outros problemas sociais, principalmente no setor urbano, gerando assim uma demanda diversificada de ações que o poder público local fica desafiado a atendê-las.
Por isso que é necessário que haja políticas emergenciais de atendimento nesse momento crucial em que vivem milhares de famílias de agricultores. Mas é preciso também que haja programas e políticas estruturais para a nossa agricultura. Não dá mais para ficar nas políticas paliativas, emergenciais; não dá mais para ficar só nisso. É preciso que se avance nas políticas e nos programas, nos diferentes governos, sejam eles municipais, estaduais ou federal.
Por isso que as reivindicações da anistia neste momento são emergenciais e importantes, porque o agricultor está descapitalizado e não tem como bancar isso. Além da anistia, é preciso que haja também um auxílio direto aos nossos agricultores, para que possam sobreviver neste momento de entrada do próprio inverno que dificulta qualquer tipo de cultura, até mesmo a pastagem para o gado leiteiro que tem tido uma queda enorme, chegando a ter, em algumas regiões, até 50% de prejuízo.
Estamos passando por um momento extremamente difícil. O governo federal tem sinalizado, nesse momento, recursos para os municípios e para o custeio, mas é preciso avançar. Em nível de estado, temos tido uma sinalização com relação ao programa de cisternas financiado pelo Banco do Brasil, sendo que o governo do estado entra com os juros desse dinheiro que é financiado. Mas os agricultores perguntam: "Como é que vamos fazer financiamento, se não temos de onde tirar para poder bancá-lo"?! Então, é preciso avançar nesse campo.
Por isso que estamos atentos e pedindo, ao mesmo tempo, o empenho dos nossos governantes para atender os trabalhadores da roça nesse momento difícil que estão vivendo.
Outro assunto que eu queria trazer presente à tribuna é exatamente sobre a grande atividade que tenho participado no final de semana com vários pescadores que trabalham com a piscicultura no interior do estado, na região oeste. E mais de 80 famílias que trabalham com diferentes culturas, sendo que a maioria delas com a tilápia, com a carpa, estão buscando informações, capacitação e orientação técnica para melhor desempenhar e desenvolver essa atividade.
Nós sabemos que se tem avançado muito nesse setor e que ele está gerando e agregando recursos à agricultura - é uma atividade extremamente importante para o incremento de renda à agricultura familiar. Por isso que estivemos lá presentes, colocando-nos à disposição e contribuindo com o ramo da piscicultura no estado de Santa Catarina, com a comissão de Aquicultura e Pesca, para que possamos também construir algumas políticas importantes para ajudar na orientação e no incremento da renda dos piscicultores do nosso estado.
Nós sabemos que a atividade aquícola tem aumentado significativamente no nosso estado. Poderíamos dizer que o ramo da piscicultura teve um incremento de mais de 300% na região. E tudo isto, claro, gera uma expectativa positiva com relação à renda dos agricultores familiares.
Por isso a comissão de Aquicultura e Pesca é extremamente importante no nosso estado, no sentido de não só ouvir as pessoas, como também de ajudar no incremento dessa atividade.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)