Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 092ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 25/11/2008
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, inicialmente quero aqui destacar, na pessoa do nosso presidente Julio Garcia, a rápida iniciativa e decisão de colocar o Poder Legislativo catarinense solidário e participante desse processo que Santa Catarina vive neste momento drástico, trágico com relação às cheias que vão destruindo e tirando também até mesmo a esperança de muitas e muitas famílias, que construíram a sua história, a sua caminhada, com muito sacrifício, com muita dificuldade, e que de repente, de um momento para outro, não sabem como vão conseguir segurar-se.
Então quero parabenizar aqui a iniciativa e a determinação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Julio Garcia, neste momento tão difícil. Com certeza é nessas horas que o poder público é interpelado nas suas diferentes instâncias, no sentido de se colocar sempre em defesa da vida e da dignidade dos seres humanos.
Dentro de toda essa linha, gostaria, na tarde de hoje, de me reportar a este momento de crise mundial, na qual o dinheiro, o ter se sobrepõe a uma série de situações. E infelizmente nós vivemos outra crise, que é muito mais forte, que eu posso dizer aqui que é a crise da humanidade, e que se constrói dentro de um processo e de valores extremamente estratégicos, importantes, a confiança, a verdade e a cooperação, valores que precisam ser resgatados. Este tripé, confiança, verdade e cooperação, é preciso ser resgatado nas relações que vamos estabelecendo no dia-a-dia, nas relações humanas, na relação com a terra, com a água e com a natureza.
Não existe outra crise mais forte e mais destruidora do que aquela em que faltam a confiança, a verdade e a cooperação entre os indivíduos os seres humanos, em todos os níveis e em todas as dimensões.
A crise econômico-financeira e o valor econômico-financeiro nada valem e não perduram, se não existir a superação da crise, da relação humana, ou da crise com o meio ambiente, com a natureza; a crise na nossa relação com a água e com a terra, de onde tiramos o sustento da nossa vida e da nossa caminhada.
Por isso, nesse momento em que discutimos o Código Ambiental em Santa Catarina, temos que trazer presente as contradições que se apresentam no universo do qual fazemos parte. Antigamente falava-se em seca e estiagem em regiões longínquas, norte, nordeste. Hoje, infelizmente, as distâncias encurtaram. Enquanto nós vivemos uma realidade de cheias numa região do estado, nós vivemos logo ali, a 400 quilômetros, o início de uma longa estiagem. Essas são duas situações de desgraça e de desconforto que realçam profundamente a relação de desequilíbrio que existe na natureza, no universo em que estamos vivendo.
E aqui o poder público tem uma responsabilidade fortíssima, enorme, de criar políticas públicas para que esse desequilíbrio possa ser amenizado. Se nós não conseguirmos resolver 100%, mas pelo menos, através das ações, das políticas que vamos implementando, vamos amenizar essa situação. E isso é responsabilidade do ente público.
Então, esse momento em que nós vivemos essa realidade, essa situação, leva-nos também a pensar no que estamos fazendo para que o meio ambiente do qual fazemos parte tenha uma relação profunda com a humanidade e tudo que existe, uma relação de reciprocidade, de convivência, de harmonia, porque tudo é importante e essencial para a vida e para a qualidade de vida de tudo que existe.
Agora, a natureza, podem ter certeza absoluta, cedo ou tarde dá respostas drásticas, fortes, diante daquilo que, historicamente, nós vamos infernizando-a e destruindo-a. Ela dá respostas! E podemos ter certeza absoluta - e venho aqui não para trazer desesperança ou tentar colocar coisas ruins - de que onde tiramos da natureza, ela, menos dia ou mais dia, irá reocupar, ela irá retomar. Assim é o próprio mar, é o próprio rio, sãos as fontes, nascentes e assim por diante.
Portanto, acho que é um momento extremamente importante para que possamos pensar, refletir e construir o universo que seja extremamente positivo para a convivência, para a nossa relação com tudo o que existe no ecossistema.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Então quero parabenizar aqui a iniciativa e a determinação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Julio Garcia, neste momento tão difícil. Com certeza é nessas horas que o poder público é interpelado nas suas diferentes instâncias, no sentido de se colocar sempre em defesa da vida e da dignidade dos seres humanos.
Dentro de toda essa linha, gostaria, na tarde de hoje, de me reportar a este momento de crise mundial, na qual o dinheiro, o ter se sobrepõe a uma série de situações. E infelizmente nós vivemos outra crise, que é muito mais forte, que eu posso dizer aqui que é a crise da humanidade, e que se constrói dentro de um processo e de valores extremamente estratégicos, importantes, a confiança, a verdade e a cooperação, valores que precisam ser resgatados. Este tripé, confiança, verdade e cooperação, é preciso ser resgatado nas relações que vamos estabelecendo no dia-a-dia, nas relações humanas, na relação com a terra, com a água e com a natureza.
Não existe outra crise mais forte e mais destruidora do que aquela em que faltam a confiança, a verdade e a cooperação entre os indivíduos os seres humanos, em todos os níveis e em todas as dimensões.
A crise econômico-financeira e o valor econômico-financeiro nada valem e não perduram, se não existir a superação da crise, da relação humana, ou da crise com o meio ambiente, com a natureza; a crise na nossa relação com a água e com a terra, de onde tiramos o sustento da nossa vida e da nossa caminhada.
Por isso, nesse momento em que discutimos o Código Ambiental em Santa Catarina, temos que trazer presente as contradições que se apresentam no universo do qual fazemos parte. Antigamente falava-se em seca e estiagem em regiões longínquas, norte, nordeste. Hoje, infelizmente, as distâncias encurtaram. Enquanto nós vivemos uma realidade de cheias numa região do estado, nós vivemos logo ali, a 400 quilômetros, o início de uma longa estiagem. Essas são duas situações de desgraça e de desconforto que realçam profundamente a relação de desequilíbrio que existe na natureza, no universo em que estamos vivendo.
E aqui o poder público tem uma responsabilidade fortíssima, enorme, de criar políticas públicas para que esse desequilíbrio possa ser amenizado. Se nós não conseguirmos resolver 100%, mas pelo menos, através das ações, das políticas que vamos implementando, vamos amenizar essa situação. E isso é responsabilidade do ente público.
Então, esse momento em que nós vivemos essa realidade, essa situação, leva-nos também a pensar no que estamos fazendo para que o meio ambiente do qual fazemos parte tenha uma relação profunda com a humanidade e tudo que existe, uma relação de reciprocidade, de convivência, de harmonia, porque tudo é importante e essencial para a vida e para a qualidade de vida de tudo que existe.
Agora, a natureza, podem ter certeza absoluta, cedo ou tarde dá respostas drásticas, fortes, diante daquilo que, historicamente, nós vamos infernizando-a e destruindo-a. Ela dá respostas! E podemos ter certeza absoluta - e venho aqui não para trazer desesperança ou tentar colocar coisas ruins - de que onde tiramos da natureza, ela, menos dia ou mais dia, irá reocupar, ela irá retomar. Assim é o próprio mar, é o próprio rio, sãos as fontes, nascentes e assim por diante.
Portanto, acho que é um momento extremamente importante para que possamos pensar, refletir e construir o universo que seja extremamente positivo para a convivência, para a nossa relação com tudo o que existe no ecossistema.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)