Pronunciamento

Padre Pedro Baldissera - 003ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

Em 29/04/2003
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, gostaríamos, neste momento em que passamos a usar esta tribuna, de refletir sobre o nosso trabalho enquanto Parlamentares, pois temos a grande missão de fiscalizar, de legislar, de sermos grandes interlocutores entre a sociedade e as instâncias governamentais, e dessa forma, de sermos os construtores de um Estado e de um País melhor, que é o desejo dos cidadãos espalhados por este Estado e País afora.
De vez em quando, ouvimos nesta tribuna, em vários depoimentos, situações que constrangem a nossa postura de Parlamentar por aquilo que se diz, tendo deixado, muitas vezes, a nossa grande missão de informar à população de atitudes e de gestos significativos e importantes para a sociedade em que vivemos.
Neste sentido, gostaria, neste momento, de dar um destaque especial à iniciativa que aconteceu há 60 dias, por parte de lideranças políticas, de movimentos e de entidades na região de Chapecó e arredores, que por várias vezes tem sido um momento de debate e de reflexão nesta Casa, que diz respeito ao Frigorífico Chapecó.
Desejo trazer presente aqui a luta, a insistência das diferentes lideranças, na pessoa do Prefeito de Chapecó, Pedro Uczai, e de demais Prefeitos da região, de movimentos, de entidades e de organizações, que por vários momentos têm marcado presença junto ao BNDES para buscarem uma solução para o Frigorífico, na época.
Hoje, lendo as notícias dos jornais, percebemos que a empresa Dryfus, nas palavras do Prefeito de Chapecó, Pedro Uczai, está basicamente intensificando a compra do Frigorífico Chapecó.
Sem dúvida nenhuma, trago à tribuna esse assunto, manifestando dessa forma a satisfação, porque, depois de uma luta por parte das diferentes lideranças daquela região, agora vêm os frutos que se colhe, através da intensiva luta e caminhada daquelas lideranças.
E serão em torno de 88 Municípios daquela região que, através dessa iniciativa, serão também recompensados e, automaticamente, a população é que terá ganhos em cima disso, porque, só para citar como exemplo, em Chapecó a empresa local, o Frigorífico Chapecó, no ano de 2001, tem feito uma movimentação de mais de R$11 milhões. Isso somado, significa que o retorno do ICMS para atender às demandas e às necessidades da população do Município de Chapecó torna-se expressivo e significativo para que o povo possa ter um atendimento mais qualificado em todo o setor público.
E devo dizer que em 2002, basicamente, deve ultrapassar os R$43 milhões. Com isso, sem dúvida nenhuma, o retorno do ICMS para aquele Município será grande, enorme, facilitando o desenvolvimento e o atendimento no setor público.
Nesse sentido, fazemos questão de colocar que por detrás disso também existe o emprego de muitas pessoas, que dependem daquele mesmo instrumento, daquela indústria para poderem continuar as suas vidas e caminhadas.
Por outro lado, no Município vizinho de Xaxim, se fôssemos dizer que o Frigorífico Chapecó iria à falência, com certeza em torno de 80% do movimento econômico daquele Município seria esvaziado, não aconteceria mais, trazendo um prejuízo enorme para aquele Município.
Então, fazemos questão de realçar, de enfocar e de dizer que foi toda uma luta travada em torno do Frigorífico Chapecó e que agora, sem dúvida nenhuma, estamos colhendo, desde aquela época para cá, os resultados, os frutos, e, com certeza, o desenvolvimento e o crescimento daquela região continuarão cada vez melhor nesse aspecto.
Nesse sentido, queremos deixar também as nossas palavras de solidariedade aos funcionários aposentados da Celesc, que no dia de hoje também foram motivo para intervenções e reflexões nesta mesma tribuna. Gostaríamos de dizer do nosso apoio e que podem contar com a presença, com a força da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores.
Não queremos, em momento nenhum, ser oportunistas e aproveitar-nos, como às vezes dá a entender e a compreender, da desgraça, da situação difícil de outros seres humanos, de outras pessoas, para tirarmos dividendos politiqueiros.
Temos de ser leais, abertos e francos nas nossas colocações e na nossa luta. Que a nossa luta não seja esporádica ou oportunista, tirando, dessa forma, dividendos eleitoreiros, politiqueiros exatamente em cima da desgraça, às vezes, das pessoas que sofrem para poder sobreviver, para poder viver e levar adiante a sua caminhada e a sua vida.
Então, nesse aspecto, a nossa solidariedade aos funcionários e que realmente, no encontro do dia de amanhã, possam ter sucesso e terem resolvidos os seus problemas, as suas angústias e levarem adiante a sua caminhada.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)