Pronunciamento
Padre Pedro Baldissera - 011ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 01/03/2011
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, trabalhadores e trabalhadoras, inicialmente, no horário destinado ao Partido dos Trabalhadores, este momento em que a sociedade catarinense, especialmente o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras, vivencia à luz, a partir da organização, da mobilização pela votação do piso regional, o salário mínimo no estado de Santa Catarina, que é reflexo da luta das diferentes categorias que compõem a sociedade catarinense. Hoje, estaremos votando essa proposta selada e construída pelas forças, pelo governo e também pelo conjunto dos empresários.
Eu tenho feito, na minha caminhada, nas situações de reflexão em torno do piso salarial, várias intervenções sobre a questão, sempre colocando que o salário mínimo nacional deveria ser maior. E não digo isso porque o governo federal é do meu partido. Nem digo isso porque estamos aqui prestes a votar o piso regional de Santa Catarina, que está acima do salário mínimo nacional, mas porque, no meu entendimento, o salário mínimo nacional deveria hoje beirar os R$ 1.200,00.
Tenho essa compreensão e faço essa defesa onde for necessário, porque o dinheiro no bolso do trabalhador, da trabalhadora, irá movimentar toda a economia. E, automaticamente, ao movimentar a economia, há um conjunto de forças e de situações que garantirão ao cidadão e à cidadã uma vida mais digna e de melhor qualidade.
Então, voto hoje, srs. deputados, o piso regional em Santa Catarina sem ter nenhuma dificuldade para fazer a sua defesa, porque foi construído coletivamente. Eu acho que o ganho dessa proposta está justamente na sua construção coletiva. E esperamos que, em Santa Catarina, quem sabe, no próximo ano, possamos ter o maior piso regional de todos os estados. Certamente, através dele, teremos mais qualidade de vida e dignidade para os trabalhadores, e foi mérito do conjunto dos trabalhadores e de todas as entidades que se envolveram nesse trabalho.
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Pois não!
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - Deputado, ouvi atentamente o seu discurso e gostaria de me associar à sua sempre coerente e ponderada manifestação, especialmente no que se refere à evolução que obtivemos nesta Casa no debate e na construção dessa matéria.
V.Exa. lembra bem que no ano passado houve momentos difíceis, de divisão, de medição de forças. Foi um processo bastante traumático. Mas neste ano houve um avanço extraordinário. E gostaria de cumprimentar todos os líderes que participaram desse processo, assim como todos os dirigentes sindicais dos trabalhadores do setor produtivo e os empresários.
É claro que cada um teve que ceder um pouco e renunciar um pouco para nós chegarmos a esse momento de coroamento. E esse tem que ser um processo de construção permanente. Temos, hoje, o segundo piso regional do Brasil, e podemos chegar ao primeiro, mas chegar ao primeiro diferente daquilo que alguns líderes diziam-me da situação do Paraná, que tem o maior piso, mas não tem, muitas vezes, a garantia do cumprimento desse piso.
Nós precisamos avançar, sim, porque quanto mais o trabalhador perceber, mais a economia vai aquecer. Temos que fazer a construção de um piso que possa ser incorporado pela empresa, e acho que é isso que está sendo construído de forma muito responsável.
Por isso a tarde é oportuna para cumprimentá-los por esse momento importante. E o Parlamento está tendo oportunidade de participar dessa construção e renovar o seu compromisso de avançar para que se possa fazer do nosso estado também um vanguardeiro nessa questão.
Por isso, cumprimento v.exa. pela manifestação coerente, lúcida e responsável sobre esse tema.
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Muito obrigado, deputado Joares Ponticelli. Incorporo as suas ponderações ao meu pronunciamento.
Quero reforçar a importância desse momento porque coloca os trabalhadores e as trabalhadoras como sujeitos desse processo. E isto me parece extremamente importante e fundamental: nós nos tornamos sujeitos do debate, da discussão. E se alguém possui méritos, como v.exa. colocou, são exatamente os trabalhadores e as trabalhadoras, que, através de suas entidades, organizações, chegaram a isso.
Espero que possamos evoluir mais ainda, porque quem ganhará com isso serão todas as categorias e a sociedade como um todo.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Eu tenho feito, na minha caminhada, nas situações de reflexão em torno do piso salarial, várias intervenções sobre a questão, sempre colocando que o salário mínimo nacional deveria ser maior. E não digo isso porque o governo federal é do meu partido. Nem digo isso porque estamos aqui prestes a votar o piso regional de Santa Catarina, que está acima do salário mínimo nacional, mas porque, no meu entendimento, o salário mínimo nacional deveria hoje beirar os R$ 1.200,00.
Tenho essa compreensão e faço essa defesa onde for necessário, porque o dinheiro no bolso do trabalhador, da trabalhadora, irá movimentar toda a economia. E, automaticamente, ao movimentar a economia, há um conjunto de forças e de situações que garantirão ao cidadão e à cidadã uma vida mais digna e de melhor qualidade.
Então, voto hoje, srs. deputados, o piso regional em Santa Catarina sem ter nenhuma dificuldade para fazer a sua defesa, porque foi construído coletivamente. Eu acho que o ganho dessa proposta está justamente na sua construção coletiva. E esperamos que, em Santa Catarina, quem sabe, no próximo ano, possamos ter o maior piso regional de todos os estados. Certamente, através dele, teremos mais qualidade de vida e dignidade para os trabalhadores, e foi mérito do conjunto dos trabalhadores e de todas as entidades que se envolveram nesse trabalho.
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Pois não!
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - Deputado, ouvi atentamente o seu discurso e gostaria de me associar à sua sempre coerente e ponderada manifestação, especialmente no que se refere à evolução que obtivemos nesta Casa no debate e na construção dessa matéria.
V.Exa. lembra bem que no ano passado houve momentos difíceis, de divisão, de medição de forças. Foi um processo bastante traumático. Mas neste ano houve um avanço extraordinário. E gostaria de cumprimentar todos os líderes que participaram desse processo, assim como todos os dirigentes sindicais dos trabalhadores do setor produtivo e os empresários.
É claro que cada um teve que ceder um pouco e renunciar um pouco para nós chegarmos a esse momento de coroamento. E esse tem que ser um processo de construção permanente. Temos, hoje, o segundo piso regional do Brasil, e podemos chegar ao primeiro, mas chegar ao primeiro diferente daquilo que alguns líderes diziam-me da situação do Paraná, que tem o maior piso, mas não tem, muitas vezes, a garantia do cumprimento desse piso.
Nós precisamos avançar, sim, porque quanto mais o trabalhador perceber, mais a economia vai aquecer. Temos que fazer a construção de um piso que possa ser incorporado pela empresa, e acho que é isso que está sendo construído de forma muito responsável.
Por isso a tarde é oportuna para cumprimentá-los por esse momento importante. E o Parlamento está tendo oportunidade de participar dessa construção e renovar o seu compromisso de avançar para que se possa fazer do nosso estado também um vanguardeiro nessa questão.
Por isso, cumprimento v.exa. pela manifestação coerente, lúcida e responsável sobre esse tema.
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Muito obrigado, deputado Joares Ponticelli. Incorporo as suas ponderações ao meu pronunciamento.
Quero reforçar a importância desse momento porque coloca os trabalhadores e as trabalhadoras como sujeitos desse processo. E isto me parece extremamente importante e fundamental: nós nos tornamos sujeitos do debate, da discussão. E se alguém possui méritos, como v.exa. colocou, são exatamente os trabalhadores e as trabalhadoras, que, através de suas entidades, organizações, chegaram a isso.
Espero que possamos evoluir mais ainda, porque quem ganhará com isso serão todas as categorias e a sociedade como um todo.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)