Pronunciamento

Padre Pedro Baldissera - 030ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 22/04/2009
O SR. DEPUTADO PADRE PEDRO BALDISSERA - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, até é bom acompanharmos um pouquinho a direção dos pronunciamentos. Se o governo se compromete, realiza, faz e vai desenvolvendo as políticas, sempre existe o contraponto.
Agora, é preciso que reconheçamos que em todos os setores da nossa sociedade houve grandes avanços na implementação de diferente políticas públicas. Com isso o país tem-se desenvolvido, tem gerado inclusão social, o que historicamente não se percebia na sociedade da qual fazíamos parte.
Digo isso com muita tranqüilidade porque fui prefeito de 1997 a 2002. Eu vivi essa relação com a instância federal na época do presidente Fernando Henrique Cardoso, do deputado Marcos Vieira. Qual era a relação, qual era o compromisso que existia com os prefeitos e com a população lá na ponta? Na época, nós sequer éramos recebidos pelo então presidente, que passou oito anos no palácio. Aliás, nós éramos recebidos com a cachorrada. Os cachorros eram os primeiros a receber os prefeitos, os representantes da população sofrida e massacrada. Nem sequer tínhamos a oportunidade de partilhar a pauta da reivindicação.
Houve, sim, neste governo, enormes avanços, fato reconhecido pelos prefeitos, de diferentes partidos, de todo o país; ao mesmo tempo também houve a implementação de políticas, como essa que agora vemos. Quem está sendo beneficiado? Não é só a empresa que industrializa os produtos, mas é o consumidor lá na ponta, que bate palmas para esse tipo de política que privilegia aquele que consome. Essa é a mudança, pois não privilegia somente aqueles que detêm o poder econômico e o poder político, mas aquele que dá sustentação ao município, que gera riquezas, que gera divisas, que paga impostos; não só aquele que recolhe, mas aquele que paga impostos; não aquele que sonega, que desvia o tributo que deveria entrar nos cofres públicos e reverter em políticas de benefícios para os cidadãos e cidadãs.
Com o presidente Lula fez-se uma diferenciação. Isso é importante reconhecer. Houve grandes avanços.
Com relação especificamente à BR-101, reconhecemos que há problemas, sim. Na época em que foram realizados os contratos o preço era, mas com a demora na execução, hoje o preço é outro.
O problema da BR-101 não é de ontem, assim como o problema da BR-282, da BR-163, da BR-158, da BR-470. Lá no extremo oeste do nosso estado, a população se vangloria porque depois de quase 40 anos a BR-282 está sendo enfim concluída. Depois de 40 anos! Quantos governos passaram e que simplesmente enganaram, não tiveram coragem, ousadia de fazer os investimentos. Acovardaram-se e não colocaram a obra em execução para atender a nossa população lá na ponta.
É preciso que haja, sim, o reconhecimento, porque de fato a coisa está acontecendo. É um governo que está mostrando a que veio, e isso é importante. Um governo que está mostrando a que veio, para que veio e a que veio. Essa é a diferença e essa tem sido a razão do presidente Lula estar governando esses quase sete anos.
Mas eu gostaria de, inicialmente, fazer menção que no dia de hoje nós comemoramos o Dia do Planeta Terra, que, aliás, deve remeter profundamente a uma reflexão sobre qual é a relação que estamos estabelecendo com o planeta onde vivemos, sobrevivemos e de onde tiramos o nosso sustento. Qual é o cuidado, o trato que a nossa sociedade como um todo está tendo com o planeta Terra?
Acho que é um momento extremamente oportuno, quando se fala aqui do aquecimento global; quando se fala também da política de globalização; quando se fala tanto em meio ambiente, em ecossistema; quando se fala no desaparecimento das águas superficiais; quando se fala em estiagem em algumas regiões e enchentes em outras. Quem sabe até seja o momento oportuno para revermos a nossa relação com o planeta Terra e com o ambiente do qual fazemos parte e no qual vivemos.
Qual é a relação que estamos construindo? Estamos construindo uma relação para daqui a 20, 30, 50, 100 anos? Ou de repente tentamos sugar tudo o que a Terra tem e não nos preocupamos com as gerações que virão? É o momento de nos questionarmos com relação ao planeta Terra, que nos dá vida e a tudo o que existe.
Como terceiro ponto, quero aproveitar para pedir aos pares desta Casa uma manifestação de apoio à iniciativa de incluir dentro da alimentação escolar o suco de uva. Esse projeto de lei já passou pelas comissões de Constituição e Justiça e de Educação e está para ser apreciado no plenário. Temos a manifestação de muitas e muitas famílias em várias regiões do nosso estado e há uma grande expectativa de ver essa matéria aprovada no sentido de incluir na alimentação escolar o suco de uva, um produto altamente positivo, que colaboraria muito com a saúde das pessoas, principalmente das crianças.
Além de tudo isso, há a questão da geração de renda para as famílias que vivem da cultura, da cadeia produtiva da uva. Quero solicitar e pedir, portanto, o apoio deste Parlamento.
Muito Obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)