Pronunciamento

Nilson Gonçalves - 095ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/09/2012
O SR. DEPUTADO NILSON GONÇALVES - Sr. presidente, srs. deputados, na verdade eu estava aguardando o pronunciamento do líder da nossa bancada, deputado Dado Cherem que, salvo melhor juízo, está participando de sua última sessão, pois entra de licença por dois meses. Eu estava aguardando ansiosamente o seu pronunciamento, mas, de qualquer maneira, agradeço a deferência por poder utilizar o espaço em nome do partido.
Quero apenas fazer alguns comentários em relação ao dia 7 de setembro que se aproxima e quero ler uma coisa que me chamou a atenção e que vale a pena registrar.
(Passa a ler.)
"Além de invadir a Esplanada dos Ministérios na hora do desfile de comemoração da Independência do Brasil, há grupos organizando eventos parecidos em mais de 60 cidades.
Há um ano, no dia 7 de setembro, eles reuniram 25 mil pessoas em Brasília para um ato contra a corrupção. Agora querem repetir o feito. Os movimentos que surgiram nas redes sociais marcaram uma nova manifestação para sexta-feira. Além de invadir a Esplanada dos Ministérios na hora do desfile de comemoração da Independência do Brasil, há grupos organizando eventos parecidos em pelo menos outras 60 cidades do país."[sic]
Isso me remete há alguns anos quando tínhamos Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República. O governo enfrentava alguns baderneiros profissionais deste país, gente que gostava muito e que gosta até hoje de baderna. Lembro-me muito bem que assistimos constrangidos à invasão da fazenda do presidente e vimos um pessoal deitado na cama do casal e outros bebendo as bebidas da casa. Lembro-me também da invasão de um ministério, não lembro qual, onde colocaram um peru em cima da mesa do ministro, numa verdadeira afronta às instituições organizadas do país, ao governo. Uma verdadeira afronta, uma baderna, baderneiros na verdade. Gente que tem no DNA esse estilo, essa forma de agir e que não sabe ser diferente.
Muito bem! Mudou o governo, assumiu o companheiro Lula e essa turma se acalmou e passou um bom tempo calmo. Só que no DNA dessa gente está a baderna, o protesto, gratuito ou não, a radicalização. Mas como o companheiro estava no governo, ficava um pouco constrangedor fazer esse tipo de coisa.
Com a saída do companheiro Lula, veio a tia Dilma. Confesso que tenho muitas restrições em relação a essa senhora, mas também tenho, por outro lado, muita admiração pelas suas intenções e pelo que pretende para o Brasil, pela visão que tem do nosso país.
Mas a verdade é que a tia Dilma, nossa presidente, de repente está começando a enfrentar uma situação que o então presidente Fernando Henrique enfrentou. Ou seja, os companheiros não aguentam muito sem agitação, chega um momento em que começa a dar uma comichão e eles têm que protestar de alguma maneira contra alguma coisa. E acharam o momento para protestar porque a nossa presidente está tentando colocar o país nos trilhos e está ferindo interesses. E estamos vendo agora, até com preocupação, a volta desse tipo de protesto que para mim é anarquia, é desrespeito às instituições. É gente radical, insana, que não está preocupada com o país, mas em protestar. Precisam protestar, porque faz parte. Tem que protestar, contra alguma coisa tem que protestar.
E agora resolveram fazer o quê? Aproveitar o Sete de Setembro, a comemoração da Independência, para invadir a Esplanada dos Ministérios.
Sinceramente, isso entristece qualquer brasileiro, qualquer patriota que quer ver esse país melhor. Estamos vendo uma mulher preocupada em melhorar este país e essa turma não está querendo deixá-la trabalhar de forma alguma.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)