Pronunciamento

Neodi Saretta - 079ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/08/2014
O SR. DEPUTADO NEODI SARETTA - Sr. presidente, srs. deputados, sra. deputada e estimados catarinenses que acompanham esta sessão.
Quero abordar temas relacionados a nossa infraestrutura catarinense, especialmente a rodovias, contornos viários e obras que julgo importante serem mencionadas aqui. Algumas, para ressaltar o seu início, outras, para cobrar agilidade, e outras, ainda, para trazer a situação alarmante em que se encontram.
Em primeiro lugar, queria fazer uma manifestação sobre o contorno viário na cidade de Seara, Santa Catarina, um local onde dezenas de acidentes já aconteceram. Para quem conhece aquele município, sabe que, de Chapecó a Seara, na descida, na rota de chegada da cidade, na SC-283, já aconteceram centenas de acidentes e por anos e anos a situação ali ficou sem solução.
Agora, felizmente, o contorno viário vai diminuir os acidentes em direção à rua Treze de Abril. Essa obra tem mobilizado as famílias, que cederam, inclusive, terras para que seja feito esse contorno que, finalmente, está em andamento.
E nós, além de ressaltar a importância daquela obra, queremos manifestar o desejo da comunidade regional e de todos aqueles que trafegam pela SC-283, de que haja o máximo de agilidade possível para que ela seja construída com o máximo de rapidez e amenize os problemas que têm acontecido por lá.
Em relação à mesma rodovia, queria noticiar e repercutir que o Ministério Público de Seara instaurou um procedimento para averiguar as condições de trafegabilidade da SC-283, na estrada do município de Seara, sentido Chapecó, incluindo o cruzamento e a chegada deste contorno que falei agora.
Essa é uma rodovia que está precisando de reparos, de revitalização, com urgência. A questão da construção do contorno vai resolver parte do problema, já que a rodovia encontra-se em péssimas condições de trafegabilidade. A situação daquela SC, que já não era favorável, ficou pior ainda após as chuvas de junho. Houve inúmeras quedas de barreiras que trouxeram prejuízos à região. Alguns trechos ainda apresentam defeitos, mas esperamos que o governo do estado possa dar agilidade na sua recuperação.
Outra situação que trago é em relação à SC-355, no trecho que liga a cidade de Jaborá à comunidade de Vila Cachimbo, na BR-153, no município de Concórdia. Os usuários daquela rodovia pensam até em promover lá alguma manifestação. Por enquanto, essas manifestações estão nas redes sociais divulgando a indignação da comunidade a respeito daquela rodovia. Para que os senhores tenham uma ideia, no dia 22 de dezembro de 2012 o governo do estado liberou a ordem de serviço para a recuperação da rodovia, que apenas foi iniciada no dia 1º de abril de 2013, mais de quatro meses depois de ter sido dada a ordem de serviço.
Trabalhou-se por um período, mas ficou mais perigoso do que estava antes. No início de novembro de 2013, a obra foi paralisada, pasmem os senhores, e até o presente momento sem solução. Há declarações de que a empresa, que ficou em sexto lugar, vai tocar a obra, mas não há uma ação efetiva para fazer o contrato e iniciar a obra, e já aconteceram dezenas, centenas, ou seja, inúmeros acidentes. Não se trata apenas de uma rodovia em má condição, mas de uma rodovia que, além de tudo, teve suas obras iniciadas, depois, paralisadas novamente, tornando o trecho ainda mais perigoso.
Ao passar por lá as pessoas desviam, mas nem sempre há como desviar, principalmente quem mora na região, deputado Daniel Tozzo, v.exa. que conhece a região, estive lá na semana passada conversando com as pessoas, e vi o estado lastimável que se encontra a SC-355, com obras paralisadas, repito, desde novembro do ano passado. Nos meses de março e abril dava vontade de chorar quando passávamos por lá, porque víamos pessoas com carrinho de mão, no interior chamamos de carriola, com dois quilos de massa de cimento, supostamente, fazendo canaletas para dizer que a obra não foi paralisada.
É lamentável o descaso absoluto com relação àquela rodovia. Esperamos que haja uma solução o mais rápido possível, já fizemos esse apelo aqui anteriormente. Se a empresa não está tocando, temos que romper o contrato. Existem meios jurídicos para fazer isso. Quando a empresa parou a obra, em novembro, já era para ter sido feita uma nova licitação, pois já teríamos uma nova empresa e não estariam lá os perigos ocasionados pela paralisação da obra.
Queria, por fim, mencionar duas rodovias federais. A primeira delas refere-se à BR-153, pois foi liberado ontem no km2 e no km5, o trecho do Rio Grande do Sul, que faz divisa com Santa Catarina, que ficou por 30 dias paralisado e onde houve grandes desmoronamentos. No início das sessões de junho, pedimos agilidade, sugerimos inclusive a presença do Exército para ajudar.
No primeiro dia foi desanimador porque tinha uma máquina trabalhando que parecia quase um descaso, mas, felizmente, as vozes que se levantaram foram ouvidas, fizeram lá quase uma operação de guerra com dezenas de máquinas trabalhando numa operação realmente de grandes forças para fazer um novo trecho de estrada de 900m.
Portanto, um pedaço grande, detonando rochas, fazendo o desvio. Mas finalmente a BR-153, ontem, exatamente às 14h30 foi liberada para tráfego no trecho do km2 ao km5, no Rio Grane do Sul, que faz divisa com Santa Catarina, trazendo alívio, não apenas para os transportadores, mas também para os moradores da região, para os comerciantes que também precisavam, não apenas do restabelecimento da rodovia, mas, principalmente, de trafegabilidade para o seu comércio. Para se ter uma ideia, um posto de gasolina que vendia 100 mil litros de óleo por dia chegou a baixar essa quantidade para quatro mil. Então, quero dizer que houve uma grande operação para recuperar esse trecho que, agora, está sendo retomado.
A segunda questão que gostaria de abordar, diz respeito a BR-282, que está precisando de melhorias. Mas sobre isso vou abordar na sessão de amanhã, porque preciso retomar esse tema sobre as nossas rodovias catarinenses.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)