Pronunciamento
Neodi Saretta - 079ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 05/08/2014
O SR. DEPUTADO NEODI SARETTA - Sr. presidente, srs. deputados, estimados catarinenses e sras. deputadas, retorno à tribuna neste momento, agora, em nome do meu partido, para falar sobre um assunto que julgo importante para Santa Catarina: a exportação de suínos e aves do nosso estado. Quero também falar sobre matérias que repercutiram nos jornais de Santa Catarina sobre o fato de o nosso estado exportar suínos para a Argentina.
(Passa a ler.)
"Santa Catarina está prestes a vender suínos vivos para a Argentina. O nosso estado já é líder nacional na venda de carne de porco com 86 mil toneladas exportadas, apenas no primeiro semestre de 2014, que equivalem a US$ 280 milhões, mas não temos a tradição de vender suínos vivos. - Não há registro disso, pelo menos nos últimos dez anos - disse o fiscal agropecuário do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Márcio Pinto Ferreira.
Quatro médicos veterinários do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária da Argentina (Senasa) estão no Brasil desde segunda-feira, para fazer uma auditoria no sistema de controle sanitário do ministério da Agricultura (Mapa) e na Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - Cidasc. Na segunda-feira eles estiveram, em Brasília, no ministério e, na terça-feira, eles visitaram a superintendência do Mapa, em Santa Catarina. Na quarta-feira visitaram escritórios da Cidasc [...]"
Enfim, queremos destacar mais esse caminho que está se abrindo para Santa Catarina: a exportação de suínos para a Argentina. Temos no estado uma região produtora de carne, mas a atividade dos suinocultores é de altos e baixos ao longo da história. Vejam que as famílias de suinocultores estão bastante reduzidas. Há, inclusive, os chamados megaprojetos em relação a isso. Mas não tenho dúvidas de que a produção de carne suína representa muito para a economia catarinense e que aqueles abnegados suinocultores têm agora uma perspectiva maior com essa exportação.
Quero destacar, inclusive, uma declaração do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, sr. Losivanio de Lorenze, que diz que a procura por suínos vivos em Santa Catarina comprova a qualidade da carne, do material genético catarinense. O Brasil é importador de material genético, mas a venda para a Argentina pode divulgar o estado como referência na suinocultura. Ele acredita que, graças ao trabalho de melhoramento genético, o estado pode também se tornar o exportador de reprodutores.
Quero fazer uma homenagem a uma empresa muito importante para o país no melhoramento genético, na produção de alimentos, a Embrapa, que tem se fortalecido desde o governo do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. Saiu, inclusive, um programa chamado PAC Embrapa. Fala-se do PAC para obras, mas o PAC Embrapa fortaleceu a Embrapa.
Acho até que podemos fazer um comparativo de opostos sobre a visão de uma empresa estratégica pública federal e das empresas agrícolas neste estado. Se observarmos o que aconteceu com a Epagri e com a Cidasc nos últimos anos, veremos que foi exatamente o contrário do que aconteceu com a Embrapa. Enquanto ocorreu um fortalecimento da Embrapa, com o PAC Embrapa trazendo recursos, na Epagri e na Cidasc, houve um verdadeiro esvaziamento. Em alguns municípios, a Epagri funciona porque os municípios colocam combustível para rodar com os carros da empresa. Se não fosse pelas parcerias com as prefeituras, a grande maioria dos escritórios da Epagri já estaria fechada.
Nesse período aproveitamos para falar com diversas pessoas que atuam nesta área, que nos mostraram a penúria em que essas empresas se encontram, bem como com os prefeitos, que têm feito parcerias para manter empresas públicas importantes para a Cidasc e a Epagri.
Portanto, gostaríamos que o estado de Santa Catarina passasse a ver com outros olhos essas empresas da área agrícola, para que possamos continuar nesses níveis importantes de produção agrícola. Falei aqui sobre o melhoramento genético, para o qual a Embrapa contribuiu de forma decisiva. As empresas catarinenses são competentes, mas precisam de uma melhor estruturação, de uma visão mais fortalecida para que possam continuar prestando serviços aos catarinenses.
Assim, gostaria de dizer que temos a expectativa de que o suinocultor, com a porta que se abriu da exportação para a Argentina, possa continuar produzindo os alimentos que tanto necessitamos para o Brasil e para o mundo.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
(Passa a ler.)
"Santa Catarina está prestes a vender suínos vivos para a Argentina. O nosso estado já é líder nacional na venda de carne de porco com 86 mil toneladas exportadas, apenas no primeiro semestre de 2014, que equivalem a US$ 280 milhões, mas não temos a tradição de vender suínos vivos. - Não há registro disso, pelo menos nos últimos dez anos - disse o fiscal agropecuário do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Márcio Pinto Ferreira.
Quatro médicos veterinários do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária da Argentina (Senasa) estão no Brasil desde segunda-feira, para fazer uma auditoria no sistema de controle sanitário do ministério da Agricultura (Mapa) e na Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - Cidasc. Na segunda-feira eles estiveram, em Brasília, no ministério e, na terça-feira, eles visitaram a superintendência do Mapa, em Santa Catarina. Na quarta-feira visitaram escritórios da Cidasc [...]"
Enfim, queremos destacar mais esse caminho que está se abrindo para Santa Catarina: a exportação de suínos para a Argentina. Temos no estado uma região produtora de carne, mas a atividade dos suinocultores é de altos e baixos ao longo da história. Vejam que as famílias de suinocultores estão bastante reduzidas. Há, inclusive, os chamados megaprojetos em relação a isso. Mas não tenho dúvidas de que a produção de carne suína representa muito para a economia catarinense e que aqueles abnegados suinocultores têm agora uma perspectiva maior com essa exportação.
Quero destacar, inclusive, uma declaração do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, sr. Losivanio de Lorenze, que diz que a procura por suínos vivos em Santa Catarina comprova a qualidade da carne, do material genético catarinense. O Brasil é importador de material genético, mas a venda para a Argentina pode divulgar o estado como referência na suinocultura. Ele acredita que, graças ao trabalho de melhoramento genético, o estado pode também se tornar o exportador de reprodutores.
Quero fazer uma homenagem a uma empresa muito importante para o país no melhoramento genético, na produção de alimentos, a Embrapa, que tem se fortalecido desde o governo do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. Saiu, inclusive, um programa chamado PAC Embrapa. Fala-se do PAC para obras, mas o PAC Embrapa fortaleceu a Embrapa.
Acho até que podemos fazer um comparativo de opostos sobre a visão de uma empresa estratégica pública federal e das empresas agrícolas neste estado. Se observarmos o que aconteceu com a Epagri e com a Cidasc nos últimos anos, veremos que foi exatamente o contrário do que aconteceu com a Embrapa. Enquanto ocorreu um fortalecimento da Embrapa, com o PAC Embrapa trazendo recursos, na Epagri e na Cidasc, houve um verdadeiro esvaziamento. Em alguns municípios, a Epagri funciona porque os municípios colocam combustível para rodar com os carros da empresa. Se não fosse pelas parcerias com as prefeituras, a grande maioria dos escritórios da Epagri já estaria fechada.
Nesse período aproveitamos para falar com diversas pessoas que atuam nesta área, que nos mostraram a penúria em que essas empresas se encontram, bem como com os prefeitos, que têm feito parcerias para manter empresas públicas importantes para a Cidasc e a Epagri.
Portanto, gostaríamos que o estado de Santa Catarina passasse a ver com outros olhos essas empresas da área agrícola, para que possamos continuar nesses níveis importantes de produção agrícola. Falei aqui sobre o melhoramento genético, para o qual a Embrapa contribuiu de forma decisiva. As empresas catarinenses são competentes, mas precisam de uma melhor estruturação, de uma visão mais fortalecida para que possam continuar prestando serviços aos catarinenses.
Assim, gostaria de dizer que temos a expectativa de que o suinocultor, com a porta que se abriu da exportação para a Argentina, possa continuar produzindo os alimentos que tanto necessitamos para o Brasil e para o mundo.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)