Pronunciamento

Moacir Sopelsa - 047ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 18/06/2013
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital, deputado Kennedy Nunes, acho que o dr. Dalmo não é inimigo dos hospitais de Joinville, acho que a saúde do Brasil é inimiga dos pacientes do país.
Esta semana visitei o Hospital São Paulo, em Xanxerê, onde o governo do estado investiu a quantia de mais de R$ 10 milhões, que é um hospital que atende pelo SUS e é bem administrado pelas freiras.
Hoje pela manhã recebi no meu gabinete as irmãs do hospital de Capinzal, administrado por uma congregação, que vieram pedir socorro, caso contrário, o hospital fechará suas portas.
No sábado visitei um hospital em São Lourenço do Oeste porque fui procurado pela direção daquela instituição, que é administrado por uma entidade sem fins lucrativos, que também pede socorro.
Estamos vivendo um momento, srs. deputados, em que é melhor repensarmos a saúde ou não vai adiantar colocar esse ou aquele secretário, porque não vamos conseguir dar dignidade às pessoas.
Ouvi atentamente os deputados que me antecederam falando sobre os últimos acontecimentos por todo o país e acho que temos que colocar, como dizia meu velho pai, a barba de molho, porque enquanto a barba do vizinho estiver ardendo, temos que preparar a nossa, e não há nenhum poder que possa fazer algo, seja governo federal, estadual ou municipal.
O aviso que estamos recebendo do povo é para todos os Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Quando a população procura educação ou saúde e não encontra; quando a população procura um trabalho, que é difícil, e não consegue; quando a população procura dignidade e não encontra; não sabemos o que poderá acontecer no dia de amanhã.
Sei que o meu direito termina onde começa o direito do outro, mas tenho que reconhecer que os nossos Poderes estão perdendo a credibilidade. Precisamos reconstruir a credibilidade do nosso país, talvez do mundo, mas refiro-me principalmente ao estado onde moro.
Vivemos um momento de reflexão em todos os setores. Agora está na mídia a questão dos estádios lá em Brasília, que se licita uma obra por R$ 500 mil e quando ela termina custa R$ 1,5 bilhão. Isso acontece a todo o momento. Contrata-se uma obra por R$ 100 mil, depois é concedido um aditivo de mais 25%, depois mais um de 10% e, com isso, vamos perdendo o nosso crédito, a nossa credibilidade.
Quero ser parceiro e colocar-me à disposição daqueles que estão vivendo este momento e que têm o compromisso de fazer com que as coisas mudem e aconteçam de uma forma diferente.
Ouvi atentamente o deputado Kennedy Nunes pedir a suspensão do ICMS para o transporte urbano nos municípios com mais de 50 mil habitantes. Eu concordo que o governo deve começar a abrir mão de alguns recursos e acho, inclusive, que esse benefício deve ser concedido a todos os municípios que disponibilizam o transporte urbano à população, pois o bolso dói para todos, não importa o tamanho do município.
Mas é o momento de refletir e repensar, quando vemos a questão dos partidos políticos, as uniões que são feitas e a cúpula certa. E aqueles que dependem dessa cúpula apenas precisam concordar. Eu acho que não é assim. A democracia precisa ser vivida no pleno, quando se tem o respeito de que onde começam os direitos do deputado Padre Pedro Baldissera terminam os meus direitos, ou vice-versa.
Sr. presidente, os cinco minutos restantes do horário serão utilizados pelo deputado Aldo Schneider.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)