Pronunciamento
Moacir Sopelsa - 052ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 30/06/2009
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, também quero registrar a presença, sr. presidente, do prefeito de Ponte Serrada, Antoninho Rossi, do partido de v.exa., e nosso amigo. Desejo que se sinta bem entre nós aqui no Poder Legislativo.
Quero também cumprimentar todos os representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil e deixar registrado o meu reconhecimento pela importância do trabalho que executam. Vejo aqui policiais da Polícia Civil do município de Concórdia, que exporta mão-de-obra de qualidade. É um orgulho vê-los aqui. Claro que gostaria que fosse numa oportunidade diferente, na qual vocês pudessem ter mais prazer, estar numa posição melhor, mas temos que ter consciência da situação.
Quero dizer a vocês que sempre procuro aqui fazer meus discursos dentro daquilo que aprendi, ou seja, com responsabilidade. E tenho certeza de que haveremos de encontrar e construir uma proposta que possa agradar a todos os setores.
Sr. presidente, o assunto que me traz à tribuna desta Casa no dia de hoje, é a exposição que aconteceu, na semana passada, no município de Concórdia. Foi uma semana de festividades e o que mais marcou, o que mais possibilitou o sucesso do evento foi a exposição de bovinos e de suínos.
Concórdia e a região do meio-oeste têm a agricultura como base da sua economia. E pudemos ver mais uma vez que tanto a pecuária de corte, quanto a pecuária de leite apresentaram animais de extraordinária genética, de extraordinária qualidade. Inclusive tivemos o exemplo de um animal que produziu 72 litros de leite em 24 horas. Quer dizer, uma vaca que tem uma produtividade e uma carga genética como essa, pode participar de qualquer evento dentro do país. Da mesma forma na questão da suinocultura, que depois de mais de dez anos voltou a fazer uma exposição.
Aproveito a oportunidade para cumprimentar o primeiro presidente da Associação dos Criadores de Bovinos de Leite de Santa Catarina, dr. Celso Munaretto, assim como ao sr. Volmir de Souza, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos pelos seus 50 anos, oportunidade em que realizou uma exposição com material genético extraordinário, dando a todos os visitantes de outros estados, a possibilidade de ver o que é realmente a suinocultura e a bovinocultura de leite e de corte do estado de Santa Catarina.
Quando falo que estavam lá animais com esse potencial, deputado Joares Ponticelli, quero mostrar o que o nosso produtor ganha por um litro de leite e quanto o consumidor paga pelo mesmo litro de leite.
Solicito à assessoria, sr. presidente, que apresente o vídeo que mostrará, deputado Jailson Lima, o que é produzir leite e alimentos no interior do nosso estado.
(Procede-se à projeção do vídeo.)
Aí nós podemos ver que em 2007 o consumidor pagava R$ 1,13 por um litro de leite; em janeiro de 2008, R$ 1,22; em janeiro de 2009, R$ 1,39. Vejam quanto o produto aumentou para o consumidor de janeiro a junho! A média do litro do leite aqui em Florianópolis, está em R$ 2,59, e em maio era R$ 1,88. O produtor ganhava, em janeiro de 2008, R$ 0,50 por litro; em janeiro de 2009, R$ 0,54; em julho de 2009, o nosso produtor passou a ganhar em média R$ 0,61, ou seja, quase quatro vezes menos do que paga o consumidor.
Muitas vezes nós escutamos a grande imprensa dizer que os produtos de alimentos serão os grandes vilões da inflação do mês de junho de 2009. Na verdade, isso acontece entre a cadeia produtiva e a rede distribuidora, mas não na rede de produção.
Isso não está na transparência, mas está aqui! Eu pediria que pudessem deixar a imagem: o queijo prato é vendido, deputado Manoel Mota, a R$ 17,00 o quilo. O queijo mussarela, que é o queijo que as indústrias mais produzem, custa R$ 15,00 o quilo. E o queijo parmesão, deputada Ada De Luca, v.exa. que também é uma dona de casa, é vendido, de R$ 28,00 a R$ 35,00.
A embalagem, deputado Manoel Mota, do leite, a Tetra Pack, custa entre R$ 0,29 e R$ 0,50 cada uma. A caixa, às vezes, é mais cara do que o que o produtor recebe pelo leite. Às vezes se diz que a embalagem está custando muito, por isso o preço final é mais alto. Mas eu tenho aqui também o preço do leite de saquinho plástico cobrado nos mercados em Florianópolis, aqueles que chamam de saquinho barriga mole, custa R$ 1,65 o litro. Quer dizer, quase três vezes mais do que o nosso produtor recebe.
Srs. deputados, trago esses dados para dizer que nós precisamos construir uma política agrícola para o estado de Santa Catarina, porque já anunciaram que o governo federal tem R$ 107 bilhões para investir na agricultura. Então, eu gostaria que me apresentassem um relatório para saber, de fato, quanto desse dinheiro chega às mãos do nosso produtor, ou seja, quanto, de fato, é emprestado para a nossa agricultura.
Por isso, se nós não tivermos cuidado, se nós não ficarmos atentos a essa classe, que na maioria das vezes paga para produzir, não saberia dizer o que pode acontecer no dia de amanhã.
Desculpe, deputado Manoel Mota, por ter utilizado alguns minutos a mais do tempo do nosso partido.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero também cumprimentar todos os representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil e deixar registrado o meu reconhecimento pela importância do trabalho que executam. Vejo aqui policiais da Polícia Civil do município de Concórdia, que exporta mão-de-obra de qualidade. É um orgulho vê-los aqui. Claro que gostaria que fosse numa oportunidade diferente, na qual vocês pudessem ter mais prazer, estar numa posição melhor, mas temos que ter consciência da situação.
Quero dizer a vocês que sempre procuro aqui fazer meus discursos dentro daquilo que aprendi, ou seja, com responsabilidade. E tenho certeza de que haveremos de encontrar e construir uma proposta que possa agradar a todos os setores.
Sr. presidente, o assunto que me traz à tribuna desta Casa no dia de hoje, é a exposição que aconteceu, na semana passada, no município de Concórdia. Foi uma semana de festividades e o que mais marcou, o que mais possibilitou o sucesso do evento foi a exposição de bovinos e de suínos.
Concórdia e a região do meio-oeste têm a agricultura como base da sua economia. E pudemos ver mais uma vez que tanto a pecuária de corte, quanto a pecuária de leite apresentaram animais de extraordinária genética, de extraordinária qualidade. Inclusive tivemos o exemplo de um animal que produziu 72 litros de leite em 24 horas. Quer dizer, uma vaca que tem uma produtividade e uma carga genética como essa, pode participar de qualquer evento dentro do país. Da mesma forma na questão da suinocultura, que depois de mais de dez anos voltou a fazer uma exposição.
Aproveito a oportunidade para cumprimentar o primeiro presidente da Associação dos Criadores de Bovinos de Leite de Santa Catarina, dr. Celso Munaretto, assim como ao sr. Volmir de Souza, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos pelos seus 50 anos, oportunidade em que realizou uma exposição com material genético extraordinário, dando a todos os visitantes de outros estados, a possibilidade de ver o que é realmente a suinocultura e a bovinocultura de leite e de corte do estado de Santa Catarina.
Quando falo que estavam lá animais com esse potencial, deputado Joares Ponticelli, quero mostrar o que o nosso produtor ganha por um litro de leite e quanto o consumidor paga pelo mesmo litro de leite.
Solicito à assessoria, sr. presidente, que apresente o vídeo que mostrará, deputado Jailson Lima, o que é produzir leite e alimentos no interior do nosso estado.
(Procede-se à projeção do vídeo.)
Aí nós podemos ver que em 2007 o consumidor pagava R$ 1,13 por um litro de leite; em janeiro de 2008, R$ 1,22; em janeiro de 2009, R$ 1,39. Vejam quanto o produto aumentou para o consumidor de janeiro a junho! A média do litro do leite aqui em Florianópolis, está em R$ 2,59, e em maio era R$ 1,88. O produtor ganhava, em janeiro de 2008, R$ 0,50 por litro; em janeiro de 2009, R$ 0,54; em julho de 2009, o nosso produtor passou a ganhar em média R$ 0,61, ou seja, quase quatro vezes menos do que paga o consumidor.
Muitas vezes nós escutamos a grande imprensa dizer que os produtos de alimentos serão os grandes vilões da inflação do mês de junho de 2009. Na verdade, isso acontece entre a cadeia produtiva e a rede distribuidora, mas não na rede de produção.
Isso não está na transparência, mas está aqui! Eu pediria que pudessem deixar a imagem: o queijo prato é vendido, deputado Manoel Mota, a R$ 17,00 o quilo. O queijo mussarela, que é o queijo que as indústrias mais produzem, custa R$ 15,00 o quilo. E o queijo parmesão, deputada Ada De Luca, v.exa. que também é uma dona de casa, é vendido, de R$ 28,00 a R$ 35,00.
A embalagem, deputado Manoel Mota, do leite, a Tetra Pack, custa entre R$ 0,29 e R$ 0,50 cada uma. A caixa, às vezes, é mais cara do que o que o produtor recebe pelo leite. Às vezes se diz que a embalagem está custando muito, por isso o preço final é mais alto. Mas eu tenho aqui também o preço do leite de saquinho plástico cobrado nos mercados em Florianópolis, aqueles que chamam de saquinho barriga mole, custa R$ 1,65 o litro. Quer dizer, quase três vezes mais do que o nosso produtor recebe.
Srs. deputados, trago esses dados para dizer que nós precisamos construir uma política agrícola para o estado de Santa Catarina, porque já anunciaram que o governo federal tem R$ 107 bilhões para investir na agricultura. Então, eu gostaria que me apresentassem um relatório para saber, de fato, quanto desse dinheiro chega às mãos do nosso produtor, ou seja, quanto, de fato, é emprestado para a nossa agricultura.
Por isso, se nós não tivermos cuidado, se nós não ficarmos atentos a essa classe, que na maioria das vezes paga para produzir, não saberia dizer o que pode acontecer no dia de amanhã.
Desculpe, deputado Manoel Mota, por ter utilizado alguns minutos a mais do tempo do nosso partido.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)