Pronunciamento
Moacir Sopelsa - 079ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 15/09/2009
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Sr. presidente, srs. deputados, antes de iniciar o meu pronunciamento, quero cumprimentar e dizer que é uma alegria poder ter na nossa Casa o presidente da Associação dos Aposentados de Concórdia e Região, Agostinho Ziliotto, e também o presidente da Associação Catarinense dos Aposentados, Iburici Fernandes. Também quero cumprimentar e registrar a presença do prefeito Alcides Francisco Boff e do secretário de Obras do município de Calmon. Quero dizer ao prefeito e ao secretário que fico muito feliz em tê-los aqui.
Srs. deputados, venho a esta tribuna para falar sobre dois assuntos. O primeiro diz respeito a uma moção que apresentamos a esta Casa, no dia de hoje - e tenho certeza de que vamos ter a aprovação de todos os srs. deputados -, pedindo ao governo do estado e à Fatma a liberação de todas as árvores derrubadas pelos tornados que assolaram o estado de Santa Catarina. Essas árvores podem ser aproveitadas na reconstrução das estruturas das propriedades, na reconstrução de aviários, de chiqueiros, de cercas, de galpões, enfim, na reconstrução das casas dos agricultores atingidos. Pedimos que a Fatma interfira para que sejam liberadas imediatamente e com facilidade para chegarem o mais rápido possível aos municípios que declararam situação de emergência ou que decretaram calamidade pública.
Acho que é uma forma de contribuirmos e tenho certeza de que o governador vai atender esse pleito, fazendo com que esse material possa ser utilizado na reconstrução das propriedades que foram destruídas pelo vento, pela tempestade, pelos últimos acontecimentos, principalmente no extremo oeste e no meio-oeste de Santa Catarina.
Srs. deputados, só vendo in loco é que podemos sentir o que aconteceu. Embora esteja sendo veiculada na imprensa falada, escrita e televisionada, a realidade é muito pior do que a imprensa consegue mostrar, deputado Joares Ponticelli. Ao visitar a região atingida, acabamos deparando-nos com cidades destruídas.
Eu tive a oportunidade de, na Campina da Alegria, ver uma das empresas que orgulham o nosso estado, que é a Celulose Irani, que tem uma das maiores reservas florestais de Santa Catarina, totalmente destruída. Só na empresa o prejuízo é de mais de R$ 20 milhões. A mata, conservada por uma empresa que tem o certificado ISO 9000 e que é considerada uma das empresas que mais conservam dentro no estado e no país, foi quase toda derrubada. Os seus funcionários também perderam quase tudo, pois a vila de Campina da Alegria foi totalmente destruída.
Eu acho que se dermos essa oportunidade, facilitando para que eles possam utilizar essas árvores derrubadas pelos tornados na reconstrução de todas as suas benfeitorias, será uma grande ajuda. Eu tenho certeza de que teremos o apoio de todos os parlamentares e também do nosso governador Luiz Henrique e do nosso presidente da Fatma, Murilo Flores.
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Pois não, com muito prazer.
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - Quero apenas manifestar novamente a nossa solidariedade àquele povo, deputado Moacir Sopelsa. Não tivemos o problema nessa proporção na nossa região, mas fiquei impressionado com as fotografias e com as imagens que a imprensa catarinense veiculou. Realmente são cenas que assustam. Eu imagino o desespero, especialmente daquelas famílias de agricultores, pessoas humildes; são depoimentos dramáticos que realmente sensibilizam.
E agora estamos preocupados, porque no final de semana, também no extremo sul catarinense, tivemos a ação dessas intempéries, especialmente nos municípios de Araranguá, Maracajá, Praia Grande, Timbé do Sul, Jacinto Machado, Ermo, enfim, diversos municípios atingidos e muitas famílias também desabrigadas. A prefeitura de Araranguá, desde sexta-feira, já montou vários abrigos. Tivemos a interdição da BR-101 no final de semana; graças a Deus, o rio voltou ao seu nível normal, mas as previsões climáticas continuam preocupando bastante.
O que esperamos é que a solução seja rápida e eficiente, porque os nossos irmãos do vale do Itajaí, centenas ou milhares deles ainda carecem de uma ação do governo, deputado Moacir Sopelsa, pois por conta de todo esse excesso de burocracia as coisas não acontecem. E nós estamos próximos de celebrar o primeiro aniversário da tragédia do vale do Itajaí, que foi em novembro do ano passado, e centenas ainda estão em abrigos sem condições dignas de sobrevivência.
Então, o que esperamos é que haja efetivamente uma ação rápida. Nós não podemos, nesse momento, querer tirar vantagem eleitoral disso, temos é que ter uma ação rápida para atender esses desabrigados que estão sem rumo, sem norte, sem saber o que fazer da vida.
Parabéns pela preocupação de v.exa.
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Muito obrigado, deputado Joares Ponticelli, e v.exa tem razão, o nosso governador sempre diz que a burocracia impede, às vezes, que as ações possam ser efetivadas mais rapidamente. É verdade, nós temos que reconhecer, o poder público anda, às vezes, muito devagar nas ações que precisam ser feitas com urgência.
Nessa questão do vale do Itajaí, embora haja boa vontade, temos que reconhecer, do governador e do próprio presidente da República, as coisas esbarram na burocracia, criando dificuldades para as ações acontecerem. O mínimo que nós podemos fazer é ajudar e dar a essas famílias um pouco de conforto para que elas possam, mais uma vez, ter as suas casas e os seus estabelecimentos.
Deputado Renato Hinnig, quero falar também sobre as ações da Frencoop, mais especificamente a respeito de um requerimento que pretendo dar entrada nesta Casa. E hoje, no final da tarde, ainda vou tentar uma audiência para conversar sobre o assunto com o secretário Antônio Gavazzoni, sempre sensível a essa matéria.
Vamos tentar depois agendar uma audiência com o governador também para tratar desse pleito. E v.exa., deputado Renato Hinnig, juntamente com os demais deputados, tem demonstrado sua vontade de ajudar e de apoiar. E vamos tentar ver se nós, de fato, tiramos esse pleito do papel, atendendo a necessidade das cooperativas, que é a cobrança das taxas, nas áreas de domínio do Deinfra, nas rodovias consideradas SC, rodovias estaduais.
As cooperativas são apenas repassadoras de energia elétrica. Deputado Décio Góes, v.exa. conhece esse trabalho, assim como o deputado Joares Ponticelli e todos os parlamentares que participaram da reunião, hoje pela manhã, com mais de 20 presidentes de cooperativas. Nós precisamos, de forma conjunta, buscar atender esse pleito justo e livrar as cooperativas da cobrança dessa taxa.
O governador já se pronunciou favorável e nós vamos conversar hoje com o secretário Antônio Gavazzoni para buscar, no menor prazo possível, uma solução para esse setor que eu entendo de fundamental importância, pois atende os pequenos agricultores, aqueles que, às vezes, moram no campo e que através do trabalho das cooperativas têm a oportunidade de ter energia elétrica.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Srs. deputados, venho a esta tribuna para falar sobre dois assuntos. O primeiro diz respeito a uma moção que apresentamos a esta Casa, no dia de hoje - e tenho certeza de que vamos ter a aprovação de todos os srs. deputados -, pedindo ao governo do estado e à Fatma a liberação de todas as árvores derrubadas pelos tornados que assolaram o estado de Santa Catarina. Essas árvores podem ser aproveitadas na reconstrução das estruturas das propriedades, na reconstrução de aviários, de chiqueiros, de cercas, de galpões, enfim, na reconstrução das casas dos agricultores atingidos. Pedimos que a Fatma interfira para que sejam liberadas imediatamente e com facilidade para chegarem o mais rápido possível aos municípios que declararam situação de emergência ou que decretaram calamidade pública.
Acho que é uma forma de contribuirmos e tenho certeza de que o governador vai atender esse pleito, fazendo com que esse material possa ser utilizado na reconstrução das propriedades que foram destruídas pelo vento, pela tempestade, pelos últimos acontecimentos, principalmente no extremo oeste e no meio-oeste de Santa Catarina.
Srs. deputados, só vendo in loco é que podemos sentir o que aconteceu. Embora esteja sendo veiculada na imprensa falada, escrita e televisionada, a realidade é muito pior do que a imprensa consegue mostrar, deputado Joares Ponticelli. Ao visitar a região atingida, acabamos deparando-nos com cidades destruídas.
Eu tive a oportunidade de, na Campina da Alegria, ver uma das empresas que orgulham o nosso estado, que é a Celulose Irani, que tem uma das maiores reservas florestais de Santa Catarina, totalmente destruída. Só na empresa o prejuízo é de mais de R$ 20 milhões. A mata, conservada por uma empresa que tem o certificado ISO 9000 e que é considerada uma das empresas que mais conservam dentro no estado e no país, foi quase toda derrubada. Os seus funcionários também perderam quase tudo, pois a vila de Campina da Alegria foi totalmente destruída.
Eu acho que se dermos essa oportunidade, facilitando para que eles possam utilizar essas árvores derrubadas pelos tornados na reconstrução de todas as suas benfeitorias, será uma grande ajuda. Eu tenho certeza de que teremos o apoio de todos os parlamentares e também do nosso governador Luiz Henrique e do nosso presidente da Fatma, Murilo Flores.
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Pois não, com muito prazer.
O Sr. Deputado Joares Ponticelli - Quero apenas manifestar novamente a nossa solidariedade àquele povo, deputado Moacir Sopelsa. Não tivemos o problema nessa proporção na nossa região, mas fiquei impressionado com as fotografias e com as imagens que a imprensa catarinense veiculou. Realmente são cenas que assustam. Eu imagino o desespero, especialmente daquelas famílias de agricultores, pessoas humildes; são depoimentos dramáticos que realmente sensibilizam.
E agora estamos preocupados, porque no final de semana, também no extremo sul catarinense, tivemos a ação dessas intempéries, especialmente nos municípios de Araranguá, Maracajá, Praia Grande, Timbé do Sul, Jacinto Machado, Ermo, enfim, diversos municípios atingidos e muitas famílias também desabrigadas. A prefeitura de Araranguá, desde sexta-feira, já montou vários abrigos. Tivemos a interdição da BR-101 no final de semana; graças a Deus, o rio voltou ao seu nível normal, mas as previsões climáticas continuam preocupando bastante.
O que esperamos é que a solução seja rápida e eficiente, porque os nossos irmãos do vale do Itajaí, centenas ou milhares deles ainda carecem de uma ação do governo, deputado Moacir Sopelsa, pois por conta de todo esse excesso de burocracia as coisas não acontecem. E nós estamos próximos de celebrar o primeiro aniversário da tragédia do vale do Itajaí, que foi em novembro do ano passado, e centenas ainda estão em abrigos sem condições dignas de sobrevivência.
Então, o que esperamos é que haja efetivamente uma ação rápida. Nós não podemos, nesse momento, querer tirar vantagem eleitoral disso, temos é que ter uma ação rápida para atender esses desabrigados que estão sem rumo, sem norte, sem saber o que fazer da vida.
Parabéns pela preocupação de v.exa.
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Muito obrigado, deputado Joares Ponticelli, e v.exa tem razão, o nosso governador sempre diz que a burocracia impede, às vezes, que as ações possam ser efetivadas mais rapidamente. É verdade, nós temos que reconhecer, o poder público anda, às vezes, muito devagar nas ações que precisam ser feitas com urgência.
Nessa questão do vale do Itajaí, embora haja boa vontade, temos que reconhecer, do governador e do próprio presidente da República, as coisas esbarram na burocracia, criando dificuldades para as ações acontecerem. O mínimo que nós podemos fazer é ajudar e dar a essas famílias um pouco de conforto para que elas possam, mais uma vez, ter as suas casas e os seus estabelecimentos.
Deputado Renato Hinnig, quero falar também sobre as ações da Frencoop, mais especificamente a respeito de um requerimento que pretendo dar entrada nesta Casa. E hoje, no final da tarde, ainda vou tentar uma audiência para conversar sobre o assunto com o secretário Antônio Gavazzoni, sempre sensível a essa matéria.
Vamos tentar depois agendar uma audiência com o governador também para tratar desse pleito. E v.exa., deputado Renato Hinnig, juntamente com os demais deputados, tem demonstrado sua vontade de ajudar e de apoiar. E vamos tentar ver se nós, de fato, tiramos esse pleito do papel, atendendo a necessidade das cooperativas, que é a cobrança das taxas, nas áreas de domínio do Deinfra, nas rodovias consideradas SC, rodovias estaduais.
As cooperativas são apenas repassadoras de energia elétrica. Deputado Décio Góes, v.exa. conhece esse trabalho, assim como o deputado Joares Ponticelli e todos os parlamentares que participaram da reunião, hoje pela manhã, com mais de 20 presidentes de cooperativas. Nós precisamos, de forma conjunta, buscar atender esse pleito justo e livrar as cooperativas da cobrança dessa taxa.
O governador já se pronunciou favorável e nós vamos conversar hoje com o secretário Antônio Gavazzoni para buscar, no menor prazo possível, uma solução para esse setor que eu entendo de fundamental importância, pois atende os pequenos agricultores, aqueles que, às vezes, moram no campo e que através do trabalho das cooperativas têm a oportunidade de ter energia elétrica.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)