Pronunciamento

Moacir Sopelsa - 021ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 27/03/2008
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Muito obrigado, deputado Manoel Mota. Ao invés dele fazer meio a meio, ele fez dois por um. Mas nós respeitamos o deputado Manoel Mota, nosso líder de bancada.
Quero cumprimentar todos os srs. deputados, especialmente a associação dos professores ACTs. É uma alegria tê-los aqui, mas gostaria que estivessem por outro motivo.
Mas falava há pouco com o deputado Joares Ponticelli que penso que o nosso país só terá dignidade e justiça quando tivermos ensino com respeito e quando tivermos ensino gratuito em todos os níveis, pois sei como a situação é difícil para os pais também, que querem educar bem seus filhos. Esse é o meu entendimento acerca da educação. Da mesma forma, acho que só vamos ter justiça no dia em que todos tiverem oportunidade de ter alimento na mesa e assistência à saúde em todas as especialidades. Temos que trabalhar para isso e aí, sim, termos um país justo.
Tive a oportunidade aqui, com o respeito que sempre tive por todos os governos, pois já tenho um pouquinho mais que meio século de vida, de ver muitos governos passarem. Mudam aqui os discursos e as pessoas que se vêm pronunciar: num dia defendem e no outro dia acusam. Mas lá nas galerias as pessoas não mudam, são as mesmas que há anos e anos buscam melhorias para a sua qualidade de vida. Acho que crescemos e alcançamos alguns objetivos, mas ainda falta muito. É preciso ter esse reconhecimento.
Sr. presidente e srs. deputados, hoje, aqui, gostaria de tratar de um assunto que preocupa toda a sociedade catarinense e o nosso país. Ontem, na comissão de Agricultura, deputado Flavio Ragagnin, da cidade de Seara, nosso município vizinho, tivemos uma audiência pública para tratar da identificação do rebanho bovino em Santa Catarina.
Foi uma proposição do deputado Reno Caramori, que teve a infelicidade de, no momento da sessão, sentir-se mal e não poder participar.
Foram muitos os esclarecimentos que vieram por parte do secretário da Agricultura, nosso colega, deputado Antônio Ceron, e por parte da equipe da Cidasc sobre a importância de identificar esses animais. Às vezes nós podemos pensar que é apenas para exportar a carne bovina de Santa Catarina. Não é, pois Santa Catarina é um estado que não é auto-suficiente na produção de carne; é um estado que importa carne para o seu consumo. Contudo, esse trabalho que está sendo feito, tenho sempre dito isso, vem de 30 anos e está sendo seguido por todos os governos dos últimos 30 anos. Esse trabalho vai dar oportunidade de conhecermos melhor também a qualidade da carne que nós consumimos no estado.
Hoje, pela manhã, a imprensa me perguntava se a identificação desses animais não era apenas para poder exportar. Não, é também para quando o consumidor for ao supermercado poder ver no código de barras daquele produto que está lá de onde veio, que qualidade tem e como foi produzido.
Esse é um sistema que a Europa implantou e nós estamos implantando em Santa Catarina. É claro que se tivermos a oportunidade, agora em junho, de embarcar os primeiros 5 mil bezerros vivos para a Itália, vamos abrir as portas do mercado do mundo. Não será apenas para a carne bovina de Santa Catarina, mas, principalmente, para a carne de aves e suínos, das quais somos grandes produtores e precisamos exportar.
Por isso, quero deixar registrado aqui que poderemos, e tenho certeza de que a Assembléia Legislativa o fará, através da nossa TVAL e da nossa Rádio Alesc Digital, levar as informações e os esclarecimentos para toda a população de Santa Catarina poder saber realmente o que se está fazendo com o rastreamento, com a identificação de todo o nosso rebanho bovino.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)