Pronunciamento

Moacir Sopelsa - 102ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/10/2009
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Obrigado, deputado Rogério Mendonça.
Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, senhoras e senhores da imprensa, eu estava escutando atentamente o que v.exa., deputado Rogério Mendonça, estava falando sobre o que tinha ocorrido com a Segurança Pública, com relação a essa questão dos presídios em Santa Catarina.
Nós temos que ter consciência de que temos que tratar bem todas as pessoas, ter respeito por elas, mas temos também que olhar o lado daquelas famílias que tiveram os seus familiares agredidos, pessoas que perderam a vida por causa de bandidos que nesse momento não têm escrúpulos nenhum; bandidos que agridem famílias, que deixam marcas que não se apagam jamais. É uma ferida que pode ser curada, mas a cicatriz não sai.
Então, temos que olhar e respeitar esses presidiários, mas eles têm que cumprir com as suas penas. Muitas vezes falam que são pessoas menos favorecidas, mas isso existe em todas as classes sociais. Às vezes é falta de cultura, às vezes é falta de educação.
Enfim, eu quero dizer que temos que ter consciência.
Srs. deputados, ontem eu assisti à palestra do secretário Justiniano Pedroso, uma pessoa por quem tenho uma admiração muito forte. Eu tive a alegria e o prazer de ser amigo do seu pai, dr. Cid Pedroso, que foi deputado estadual, que deixou a marca da seriedade, da transparência, de um homem trabalhador e que transmitiu ao seu filho esse caráter de pessoa justa e séria. Claro que às vezes ele não consegue dar toda a segurança que é necessária à entidade que preside hoje, para podermos nos sentir seguros, mas está fazendo o que é possível.
Mas quero deixar registrado o meu voto de confiança ao dr. Justiniano Pedroso, pois tenho certeza de que ele fará tudo para que essa situação difícil que vive o estado possa se concluir em bom termo, possa se concluir com dias melhores, com uma melhor segurança.
Quero me manifestar também com relação à greve da saúde no estado de Santa Catarina e dizer que, deputado Elizeu Mattos, líder do nosso governo, lamento e que estou triste. Nós temos que pensar o que éramos e o que somos agora; quais os avanços que tivemos e o que alcançamos a mais. Claro que eu não conheço nenhum prefeito, nenhum cidadão público que não queira alcançar melhorias para o servidor público.
Lamento que nós não conseguimos fazer tudo aquilo que merece o nosso servidor público, mas lamento também que se tenha chegado a esse extremo de vermos uma greve e aquelas pessoas, principalmente as menos favorecidas, que dependem da saúde pública, serem prejudicadas.
Nós ainda continuamos vendo nos nossos hospitais filas de pessoas que esperam um mês, dois meses, três meses para serem atendidas, porque aquelas que são atendidas pelo SUS têm ainda que enfrentar filas dentro dos hospitais, esperando em macas, por falta de leitos. As CPIs não conseguiram atender todas as pessoas que precisam e na maioria das vezes são pessoas pobres.
Mas quero dar um voto de confiança ao governador Luiz Henrique, que tem feito o possível nesses sete anos de mandato, porque não tem descansado, como se costuma dizer no interior, procurando fazer um estado diferente dentro das suas possibilidades. Ele é uma pessoa de visão, de desenvolvimento, que melhorou a saúde no interior do estado. Se formos a Concórdia, iremos constatar que houve grandes melhorias. Se formos a Xanxerê, iremos constatar que o hospital hoje é um hospital de referência em cardiologia. Se formos ao hospital de Chapecó, iremos constatar que ele funcionava sob ameaça do Ministério Público, porque senão não poderia atender, pois faltavam recursos. Com uma nova administração do governo do estado, ele recebeu mais recursos e passou a atender melhor. O próprio hospital de Lages eu vejo como um hospital de referência, atualmente.
Então, houve investimentos dos serviços aos servidores. Não é o ideal, mas é difícil de o governo realizar, em sete anos, tudo que foi deixado de fazer em 50, 60 ou 100 anos atrás. Foram feitas essas melhorias e temos que dar um voto de confiança ao nosso governador.
O Sr. Deputado Elizeu Mattos - V.Exa. me permite um aparte?
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Pois não!
O Sr. Deputado Elizeu Mattos - Deputado, acho que temos que fazer justiça. O governo tentou, em todos os momentos, fazer negociação. Se ele fosse dar esse aumento linear para a saúde, no período da sua gestão, a saúde teria tido um aumento salarial de 46% em cima da inflação e ele já concedeu 114%.
O governo tentou e está tentando negociar com a saúde aquilo que se pode pagar, porque não adianta negociar e conceder aquilo que não se pode pagar! Sabemos que a reivindicação dos funcionários da saúde é meritória, mas não adianta conceder, deputado Moacir Sopelsa, uma coisa que não se vai conseguir cumprir lá na frente. Não podemos mentir para nós mesmos. Dentro das limitações do caixa do Tesouro, o governo poderá dar 16,7% de aumento para a saúde.
O que nós queríamos é que os servidores se conscientizassem e voltassem ao trabalho, para continuarmos as negociações e talvez até avançarmos um pouco mais, mas não será em estado de greve que haverá negociação.
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Muito obrigado, deputado Elizeu Mattos.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)