Pronunciamento

Moacir Sopelsa - 004ª SESSÃO ORDINARIA

Em 26/02/2002
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Sr. Presidente e Srs. Deputados, quero, primeiramente, cumprimentar os nossos jovens do Município de Arabutã; o nosso grupo de idosos, para mim jovens, que estão aqui nos prestigiando nesta tarde acompanhados do nosso vice-Prefeito Mauri, do nosso Presidente da Câmara de Vereadores e também da sua Presidente Léo.
Que todos vocês sejam bem-vindos e que tenham um dia em Florianópolis com muita alegria, pois, conforme disse há pouco, e vou repetir, foram essas pessoas mais velhas que nos ensinaram a trabalhar, a ser justos. Eles que fizeram o progresso dos nossos Municípios.
E o Oeste de Santa Catarina, com certeza, há 60, 70 anos devia ser muito mais difícil do que hoje. Mas lá estava o braço forte dos nossos colonizadores.
Por isso quero deixar, Sr. Presidente, o registro dessas digníssimas pessoas que vêm hoje conhecer Florianópolis pela primeira vez. Muitos até não conheciam o mar e a partir de hoje passaram a conhecer as praias, o nosso aeroporto. Eu fico muito feliz.
Mas o que nos trouxe a esta tribuna, hoje, Sr. Presidente e Srs. Deputados, foram as notícias vinculadas na nossa imprensa televisada, escrita, falada, nos últimos dias, do Estado de Santa Catarina.
Eu iniciaria por uma delas: o Presidente da Fetaesc coloca uma preocupação, que é uma preocupação nossa também. Já estamos protocolando no dia de hoje, nesta Casa, e tenho certeza de que vamos ter a aprovação de todos os Srs. Deputados, uma moção dizendo da nossa preocupação sobre os boatos e as notícias de que o Governo brasileiro, o Governo de Fernando Henrique Cardoso, pretende estender como auxílio ao nosso vizinho País da Argentina, e quem sabe liderar, as taxas de importação de produtos de leite e seus derivados.
Se isso acontecer, Srs. Deputados, não tenho dúvida nenhuma de que será a falência da agricultura familiar, mais especificamente dos produtores de leite.
Precisamos estar precavidos, cobrar do Presidente da República, pedir o apoio do Governo Estadual, do Secretário da Agricultura e de todos os segmentos da sociedade catarinense e brasileira para que isso não aconteça, haja vista que ainda estamos em crise com a produção de leite. Se tivermos a infelicidade de não termos a compreensão do Governo no sentido de que as taxas atuais sejam mantidas, o produtor de leite se afundará.
Outro assunto que foi manchete de jornais nos últimos dias nos preocupa muito, porque vemos o trabalho que foi desenvolvido pelo Estado, pelas associações de produtores de suínos, de frangos, pelo trabalho que foi desenvolvido pelas indústrias naquilo que diz respeito à exportação de carne suína e de frangos.
O Diário Catarinense, do último fim de semana, publicou uma reportagem sobre o crescimento do cultivo de transgênicos em Santa Catarina. Foi colocado que 40% da soja produzida em Santa Catarina é geneticamente modificada.
Mas encaminhamos à mesa dois requerimentos, um ao Sr. Governador e outro ao Secretário da Agricultura, acerca da nossa preocupação no sentido de que esse produto já esteja sendo usado nas rações que alimentam suínos e frangos. Porque no momento em que essas carnes forem inspecionadas, correremos o risco de não podermos mais exportar o produto. O que será dos Municípios do Oeste catarinense se formos impedidos de exportar suínos e frangos?
Se essas notícias forem verdadeiras, o Governo terá que fiscalizar, garantir que as indústrias do nosso Estado estejam de fato adquirindo cereais que não sejam transgênicos, pois há em nosso Estado uma lei que proíbe o cultivo de grão geneticamente modificado.
Se perdermos esse controle, dificilmente poderemos competir com os países que não aceitam produtos que consomem cereais geneticamente modificados.
O requerimento que encaminhamos à mesa é no sentido de que seja esclarecido aqui de quem é a responsabilidade de fiscalizar esse cultivo. E se de fato ele existir, teremos que tomar uma providência, sob pena de penalizarmos aqueles que trabalham com muito sacrifício, fazendo o desenvolvimento do nosso Estado e do Brasil.
As pessoas que hoje têm na criação de suínos, de frangos uma vida toda dedicada em prol da qualidade desse produto, das indústrias que investiram e se modernizaram, não podem agora pagar por aqueles que pensam em crescimento próprio e colocar por água abaixo um trabalho que vem sendo feito pelos agricultores há 50 anos.
Por isso a nossa preocupação em trazermos aqui, no dia de hoje, essas notícias de jornais, a fim de que possamos de fato informar com precisão a toda a nossa gente.
Como último assunto, não poderia deixar de registrar o trabalho que fazem as nossas Polícias Civil e Militar no Município de Concórdia. Infelizmente, vemos que de muitas partes do Estado não podemos dizer isso porque há muitas pessoas envolvidas com o desmanche, com o roubo de carros. Vemos pessoas envolvidas com drogas, envolvidas de outras formas, mesmo pessoas ligadas à nossa segurança.
Quero fazer justiça e registrar também desta tribuna o trabalho que vem sendo feito pelo Major da Polícia Militar, em Concórdia, e pelo Delegado Badalotti sobre a prisão de traficantes de drogas. No último final de semana foram presos nove traficantes e nos últimos dois meses foram presos 23 traficantes.
Quando a nossa Polícia quer, num esforço conjunto, ela realiza um trabalho que nos orgulha. E esse trabalho está sendo feito no nosso Município, Deputado Heitor Sché, V.Exa. que já foi Secretário da Segurança em nosso Estado.
Precisamos deixar aqui registrado esse trabalho feito em conjunto pelas duas Polícias - Militar e Civil - capitaneadas pelo Delegado Badalotti e pelo Major da Polícia Civil.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)