Pronunciamento

Moacir Sopelsa - 035ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/05/2009
O SR. DEPUTADO MOACIR SOPELSA - Obrigado, deputado Elizeu Mattos.
Sr. presidente, sra. deputada e srs. deputados, assomo hoje à tribuna desta Casa para fazer primeiramente um registro de cumprimento ao prefeito Antoninho Rossi, do Democratas, ao vice-prefeito do PMDB, de Ponte Serrada, a todos os expositores, à administração municipal e aos organizadores do grande evento que aquele município realizou no último final de semana. Através da exposição, do leilão de animais foi possível mostrar a grandeza, a pujança e a economia do município e da região.
Também quero cumprimentar o município de Itá pela sua festa, pela sua exposição, pela sua feira de animais, o prefeito Egidio Luiz Gritto, o vice-prefeito Ademir Valberto Pinto e toda a administração municipal, pela grandeza desse município da região da Amauc, um dos municípios que têm a barragem do rio Uruguai e a usina hidrelétrica.
Ao mesmo tempo em que cumprimento os municípios, quero registrar um fato que me deixou triste e aborrecido, que foi o incêndio ocorrido no dia 1º de maio, na Cooperativa Aurora, deputado Genésio Goulart, empresa que industrializava aproximadamente 600 mil litros de leite por dia. O incêndio queimou parte da indústria que produzia queijos, deixando a Cooperativa Aurora com dificuldade para encontrar alguém para entregar a produção de leite, gerando um prejuízo de mais de R$ 50 milhões.
Quero deixar registrada a preocupação nossa, a preocupação dos srs. deputados, especialmente da Frente Parlamentar Cooperativista, que coloca todos os deputados que subscreveram o requerimento da Frencoop à disposição daquela empresa, para juntos tentarmos minimizar essa situação difícil por que está passando a cooperativa, em função do incêndio ocorrido em parte da indústria da Cooperativa Aurora, no município de Pinhalzinho.
Outro assunto, deputado Gelson Merísio, que me traz à tribuna é, mais uma vez, a estiagem. Hoje, conversando com o secretário da Casa Civil, Valdir Cobalchini, tivemos a informação de que 90 municípios estão em situação de emergência. É uma situação difícil, com um prejuízo grande, especialmente na nossa agricultura, que perde quase que totalmente a safrinha de feijão, de milho e que teve uma queda acentuada na produção de soja. Inclusive, em mais de 60 mil propriedades do nosso estado a produção de leite, dos pequenos produtores, teve uma queda de mais de 30%.
Esses são recursos que vêm a cada final de mês para o nosso produtor, mas se deixam de existir, são receitas, deputado José Natal, que deixam de circular nos municípios, derrubando ainda mais a receita. E isso deve refletir-se em mais dificuldades a partir do ano que vem.
O sr. governador, nesta manhã - e o deputado Dirceu Dresch já se manifestou sobre isso -, convocou o secretário da Agricultura, a Epagri e a Fatma para anunciar alguns investimentos que serão feitos nos primeiros dias para ajudar os municípios, os produtores, no sentido de minorar um pouco o atendimento que os prefeitos precisam fazer.
São muitas as cidades que têm dificuldades de abastecimento de água, pois os rios estão secando. Muitas são as propriedades agrícolas que estão sendo atendidas através de carros-pipas, num trabalho das prefeituras municipais. E aqui temos que dizer que os secretários de Desenvolvimento Regional, na tentativa de ajudar, estão colocando à disposição equipamentos que possam fazer esse atendimento. O sr. governador, hoje pela manhã, estava liberando alguns recursos diretamente para as prefeituras, a fim de minimizar um pouco essa despesa que as prefeituras têm com mais essa atividade.
Mas, sr. presidente, precisamos reconhecer que está na hora de fazermos alguma coisa efetiva. Nos últimos dez anos tivemos sete estiagens. Foram sete anos de seca. E precisamos ter alguma infra-estrutura que previna isso. E aqui quero deixar um alerta: há muitos anos o governador Luiz Henrique da Silveira, já no seu primeiro mandato, colocava recursos à disposição para a captação da água da chuva, para a captação da água em cisternas.
Houve poucos atendimentos por causa do pouco interesse. Talvez não tenhamos conseguido convencer os agricultores sobre a importância que tem essa atividade, mas há que se buscar esses recursos via Banco do Brasil, com juros subsidiados pelo governo do estado, através da secretaria da Agricultura, para implementar esse trabalho, para ter essa estrutura e ter o abastecimento de água quando precisarmos.
Além disso, estou apresentando uma indicação, já que não tenho como fazer como projeto de lei, pois acredito que precisamos criar um mecanismo, através, quem sabe, de um fundo, para deixarmos recursos disponíveis para essas dificuldades, porque sempre lembramos quando temos a dificuldade. Quem sabe, e por que não, 1% da nossa receita possa ser destinado a esse fundo, para estruturar a Defesa Civil, a secretaria da Agricultura...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)