Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 027ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 04/04/2012
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, público que nos acompanha, quero saudar a colega Zelir, que faz uma visita a esta Casa Legislativa, juntamente com a família, e saudar todos que estão na Assembleia Legislativa.
Lemos hoje na manchete do Diário Catarinense, deputado Dirceu Dresch, que uma delegacia de polícia em São José foi atacada! A central de polícia onde são feitos os BOs foi vítima, na madrugada de ontem, de 25 tiros disparados por marginais. Esse ataque não é contra uma delegacia de polícia apenas, é contra o estado, é contra a justiça, é contra o cidadão, e é importante que o estado dê uma resposta, coíba esses atos e receba efetivamente o apoio da sociedade.
Mas a verdade é que a nossa segurança é a melhor do Brasil e tem dado a resposta quando ocorre esse tipo de ataque contra a democracia, contra o cidadão, porque, imaginem v.exas., se o marginal não respeita a instituição pública que pratica a segurança, que pratica a justiça e ataca uma delegacia de polícia, o fórum, o Ministério Público, os órgãos de todo o estado, ele não vai respeitar nunca a casa do cidadão, não vai ter o menor receio de atacar as pessoas, os cidadãos.
Verificamos pela imprensa também que a Deic, com muita eficiência, prendeu os suspeitos de ataques a um caixa eletrônico no município de Luis Alves. Houve confronto, houve troca de tiros, mas não houve nenhuma morte, felizmente. Um marginal ficou ferido, mas não houve mortos. Mas se não houver uma resposta da polícia, a sociedade vai ficar à mercê da criminalidade.
Quero dizer isso para homenagear a segurança pública do estado de Santa Catarina, homenagear os policiais civis e militares, homenagear o delegado Cláudio Monteiro e toda a equipe da Deic pelo trabalho que têm feito e pela resposta que têm dado à sociedade catarinense.
Houve algumas críticas ao delegado Cláudio Monteiro, porque ele disse que os bandidos que viessem para o enfrentamento, para tirar a vida dos homens que fazem a segurança do nosso estado, aqui receberiam a devida resposta. E tem que ocorrer essa segurança, porque em São José dos Cedros, há poucos dias, ocorreu uma explosão no Banco do Brasil de madrugada, que destruiu todo o prédio. Isso já faz quase 60 dias. O local ainda está interditado, porque foi uma explosão tão grande que se aquele imóvel tivesse algum tipo de residência anexa, como um edifício de apartamentos, poderia até ter ocorrido vítimas fatais.
Quero dizer isso porque lemos na coluna do jornalista Moacir Pereira uma manifestação de reconhecimento pelo trabalho da Segurança, pelo que os policiais estão fazendo. A matéria tem o título "Uma polícia eficiente", e diz o seguinte:
"Data para anotar e comemorar. Num só dia, boas notícias na área da segurança pública e de combate à criminalidade. Começou com a redução em 11,8% do número de homicídios dolosos no primeiro semestre em todo o estado. Seguiu com a prisão de um casal de traficantes na ilha, flagrado por um cão farejador. Veio depois a informação de que o Deic havia apreendido um bandido com uma submetralhadora na Rodoviária Rita Maria, depois do merecido destaque à prisão e morte de integrantes de uma quadrilha que explodia caixas eletrônicos. E oxigenou a sensação de segurança do cidadão com duas fortes declarações de autoridades policiais.
A primeira partiu do delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro d'Ávila, proclamando que a prisão dos criminosos que atentaram contra a delegacia de São José - a nota destoante do auspicioso noticiário - 'era questão de honra para a polícia catarinense'. Fundamentou a procedente determinação com uma constatação realista: o atentado não foi contra a polícia, mas contra o cidadão.
A segunda, ainda mais animadora à população, veio do diretor-geral da Deic, delegado Cláudio Monteiro. Com voz firme e elogiável disposição no combate à bandidagem, mandou o forte recado: 'Se vierem para Santa Catarina, serão presos. Se vierem para o confronto, serão mortos'.
Para encerrar o dia com chave de ouro, a manifestação de integral de solidariedade do Ministério Público Estadual a todo um esquema de segurança do estado.
Era o que os catarinenses estavam precisando ouvir. Os criminosos andam audazes demais. Passaram dos limites. E não apenas em relação aos caixas de bancos, cujas explosões espalham pânico em pequenas comunidades e grandes cidades. [...]"[sic]
Depois o jornalista Moacir Pereira também descreve os avanços na Segurança Pública, as operações vitoriosas no combate ao crime, os equipamentos que têm sido comprados e, principalmente, a formação de novos policiais civis militares pelas duas academias, o que é muito importante.
Então, esse registro é elogiável porque o policial muitas vezes se sente oprimido. De um lado, a criminalidade, de outro lado, a sociedade cobrando respostas. Além disso, o policial precisa também de motivação, de palavras de apoio, de reconhecimento de que está fazendo aquilo que tem que ser feito no combate à criminalidade em nosso estado. O policial não pode sentir-se desprotegido, mas muitas vezes se sente. De um lado, a cobrança justa da sociedade que quer segurança e de outro, a falta de reconhecimento em suas ações. Em outros momentos, quando precisa ser mais enérgico na prisão de um marginal, é acusado de arbitrário, de usar indevidamente, de forma excessiva, a força.
Queremos lamentar esses fatos porque a criminalidade está solta, está desrespeitando a lei, a ordem, o estado e, principalmente, o cidadão catarinense. Mas devemos elogiar os policiais tanto quando age de maneira firme e positiva contra o criminoso, como quando procede às necessárias investigações. Quantas prisões já ocorreram nos últimos meses antes que ocorressem os crimes, antes que quadrilhas assaltassem bancos, explodissem caixas eletrônicos.
Por isso, srs. deputados, é necessário o reconhecimento e o apoio da sociedade catarinense ao trabalho firme e eficiente do policial no combate à criminalidade.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)