Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 110ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 07/11/2012
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, quero saudar todos os nossos colegas deputados, saudar o público que nos acompanha pela TVAL, parabenizar o colega Nilson Gonçalves e todos os radialistas, principalmente pelo Twitter, pois quando se aproximam essas datas começam as mensagens. Daí um diz que essa não é a data do radialista, é a do rádio. Então, são várias datas.
Mas acho que essa homenagem é merecida todos os dias. Lembro-me de grandes amigos da Rádio Comunicação, lembro-me de James Moura, com mais de 30 anos no rádio, já falecido. Ele trabalhou no extremo oeste do estado, na Rádio Progresso, na Rádio Peperi, depois na Rádio Camboriú e na Transamérica, de Balneário Camboriú.
Quero fazer uma homenagem a Gilberto Luz pela passagem do Dia do Radialista, que agora está também na TV Panorama, e uma homenagem especial a Nando Tigrão, do canal 100, da Transamérica, da Rádio Menina, de Balneário Camboriú, ao Narbal Andrade de Souza, à Inalda do Carmo e a toda equipe pela importância do programa.
Srs. deputados, quero registrar, mais uma vez, o nosso reconhecimento pelo trabalho da Udesc no estado de Santa Catarina. Dez cidades estão sendo atendidas, com 48 cursos de graduação, 22 cursos de pós-graduação, 2,5 milhões de pessoas que já passaram por cursos, treinamentos, palestras, 5.500 engenheiros, 2.500 administradores e 18 mil pedagogos.
Então, são números que dignificam e honram Santa Catarina. Por isso, foi muito importante receber hoje, nesta Casa, o magnífico reitor, a direção e os acadêmicos da Udesc.
Sr. presidente, o assunto principal que me traz à tribuna é a questão da segurança pública. Hoje recebemos os representantes do Sinpol - Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina -, o presidente e a diretoria. Temos ainda o Sintrasp que, por uma decisão da Justiça do Trabalho, perdeu o direito de sindicalização para o Sinpol. Estiveram aqui Pedro Cardoso, Augusto, Juninho, Mamão, Murilo, enfim, toda a equipe da diretoria do Sinpol preocupada com várias questões.
O primeiro problema quem vem preocupando os profissionais da Segurança Pública é o avanço da criminalidade, deputado Joares Ponticelli, principalmente dentro dos presídios. E alguém da Segurança disse: "O deputado assumiu que reconhece que há esse perigo dos grupos organizados dentro dos presídios e que é querer enganar a sociedade dizer que aqueles elementos que estão presos cumprindo pena também não se organizam e não articulam a criminalidade".
O grande problema que a Segurança Pública enfrenta, principalmente os policiais e os agentes prisionais, é que os presos, de dentro dos presídios, dão ordens para os que são liberados praticarem crimes contra policiais. Já tive a oportunidade de ler mensagens transmitidas por celular em nome de um preso que não se apresentou após os sete dias de liberação pela Justiça. Esse preso saiu com a missão de cometer um atentado contra um policial que teria atuado no desbaratamento de uma quadrilha cujos líderes estão presos em São Pedro de Alcântara.
Portanto, devemos agir com rigor, através de uma legislação forte, contra aqueles marginais que estão presos, para que quando saírem temam a Justiça e o policial que cumpre a lei. Quanto aos que não retornam aos presídios, muitos deles temem uma represália dos internos por não terem cumprido a missão que lhes foi destinada. Então, não retornam, porque sabem que estão com uma sentença de morte e continuam nas ruas praticando crimes até serem caçados por outros marginais.
Diante disso, realmente existe a necessidade de pensar, na área de inteligência, da legislação, em diferentes formas para conter essas determinações que emanam dos presídios, porque é lá que está o problema. Não adianta continuarmos com essa guerra aqui fora, em que o policial é um alvo fácil, que não conhece quem vai praticar o atentado contra ele, enquanto os bandidos estão protegidos nos presídios e dando ordens.
O estado de São Paulo, juntamente com as autoridades federais, ontem mesmo já começou a redistribuir os líderes dessas quadrilhas. O Sinpol está muito preocupado com o policial que está exposto nas ruas, no dia a dia. Precisamos dar condições para esses policiais trabalharem com segurança. Até os coletes à prova de bala devem ser individuais. Quando o policial sair de casa já deverá estar vestido com o seu colete e até mesmo quando não estiver trabalhando.
Nos últimos dias tivemos o assassinato da agente Deise. O autor confessou que o crime estava encomendado para o marido dela. Mas eles se confundiram devido à cor do carro. Disse também que tinha consciência de que ele estaria condenado à morte, por determinação dos presos que encomendaram o crime, caso ele não cumprisse a missão que lhe destinaram.
Sr. presidente, em virtude do tempo estar-se esgotando, amanhã continuarei a minha exposição.
Muito obrigado.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)