Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 046ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 09/05/2012
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, quero saudar todos os que nos acompanham, os estudantes e as professoras de Rio do Sul, que vêm conhecer o funcionamento da nossa Assembleia Legislativa.
Sras. deputados, acompanhei atentamente o pronunciamento do deputado Ismael dos Santos, a sua preocupação na questão das drogas. Isso é muito importante, porque as drogas são realmente o mal do século, a maconha, a cocaína, as sintéticas e principalmente o crack.
Recebemos um convite da administração de Içara para, no próximo dia 11 de maio, comparecer ao lançamento da campanha Içara Contra as Drogas - Crack, não experimente. Vemos assim a importância do trabalho realizado pelos municípios também no combate às drogas.
Falava aqui o deputado Ismael dos Santos, já numa homenagem às mães, da preocupação, da importância que as mães têm na orientação dos filhos, pois até em famílias totalmente estruturadas, com uma educação saudável, acaba aparecendo o problema das drogas. Encontrei muito isso na minha atividade profissional, como delegado de polícia, e alguns casos me chamaram a atenção, como o de um casal que vivia em perfeita harmonia. O pai era um empresário exemplar, educado, cuidadoso com os filhos, a mãe da mesma maneira, participava da associação de senhoras, era ministra da igreja, mas os três filhos do casal acabaram indo para o caminho das drogas.
Então, percebe-se que mesmo com uma educação saudável, religiosa, de princípios, às vezes temos esse problema. Entendo que isso acontece pelas companhias, pelo meio no qual os jovens às vezes se inserem socialmente. Naquele caso, lembro que dois filhos conseguiram livrar-se do mal, mas uma menina de 21 anos, depois de completamente dominada pelas drogas, acabou suicidando-se.
Enfrentar o problema das drogas é dever e responsabilidade de todos. Feliz da família que não tem nenhum problema de drogas, seja com o álcool ou com as demais drogas, todas muito devastadoras. O álcool também é uma droga que causa graves problemas para a sociedade, para a família, porque desestrutura todas as relações.
Mas temos, sr. presidente, algumas notícias boas com referência ao nosso estado, principalmente na área da segurança pública.
Ontem, no jornal Notícias do Dia, acompanhei duas matérias, claro que não com o destaque de quando ocorre um fato grave, mas duas notícias importantes: a atuação da DIC, Divisão de Investigação Criminal, e do COP, de Itajaí, na prisão de um homicida após cinco meses de investigação.
Na verdade, tratava-se de um trio de alta periculosidade que matou duas pessoas, feriu terceiros, inclusive uma senhora que estava com um nenê no colo e foi vítima de disparos desses assassinos. Dois deles já haviam sido presos anteriormente pela Divisão de Investigação Criminal de Itajaí, e agora o último integrante também foi preso.
Essa notícia saiu numa parte de pouco destaque do jornal, mostrando que muitas vezes a população não acompanha, porque passado o momento do evento, alguns meses depois, a Polícia faz a prisão, o que é importante, mas a sociedade não toma conhecimento.
No mesmo jornal aparece que Santa Catarina é o 23º na lista de mortes de mulheres, quer dizer, estamos quase no final da relação dos estados, isso até 2010. Temos que trabalhar para não aumentar ou até diminuir esse índice de crimes envolvendo mulheres.
Santa Catarina está na 23ª posição: em cada grupo de 100 mil mulheres catarinenses, 3,6 foram assassinadas em 2010. Florianópolis, segundo o estudo, aparece em 22º lugar na lista das capitais, com 3,5, abaixo de Lages, cidade com maior número de homicídios de mulheres, com a média de 14,9.
A grande maioria das ocorrências contra as mulheres no país, 68,8%, acontece em casa. O agressor mais comum é o cônjuge, 27,1%; amigos ou conhecidos aparecem em segundo lugar, 16,2%; e desconhecidos aparecem em terceiro, 13,8%.
O meio mais usado para matar é a arma de fogo. O mapa mostra que 53,9% das mulheres assassinadas em 2010 morreram dessa forma, sendo a segunda maneira com armas brancas.
Outro assunto que havia preparado para abordar é a questão da PEC dos bombeiros. Vamos buscar nas comissões desta Casa o consenso. Tenho todos os expedientes encaminhados por entidades, por associações comerciais, como a de Itajaí, de São Miguel d'Oeste, de Jaraguá do Sul, de Videira, enfim, todo o estado está mobilizado acreditando na capacidade de negociação, de entendimento da Assembleia Legislativa, para que esse assunto seja resolvido e que a cobrança das taxas pelas unidades de voluntários e militares fique devidamente regulamentada.
Muito obrigado, sr. presidente.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)