Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 073ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 02/09/2015
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Queria saudar o sr. presidente, os srs. deputados e deputadas, público que nos acompanha, os alunos e a comissão da Escola Elza Pacheco, a Fernanda e a Ana que me entregaram o documento.
Gostaria de agradecer, eu acho que tudo se resolve, este governo tem procurado ser conciliador, o próprio secretário da Educação é do município de Blumenau, acho que tem que buscar uma solução. Através do diálogo, tenho certeza que nós vamos encontrar.
Comprometo-me a encaminhar, a falar pessoalmente com o secretário, e acompanhar para que vocês tenham uma resposta concreta, e isso tudo possa ser melhorado.
Pelo que nós vimos até agora, aqui nesta tribuna, esse país está uma maravilha! Graças a Deus, Santa Catarina está.
Este país virou um país da corrupção! Vem falar de dinheiro do governo federal aqui! Um dos poucos locais que o dinheiro do governo federal é bem aplicado é em Santa Catarina. Aqui é bem aplicado! O dinheiro que vem traz resultado.
Porque o dinheiro federal vai para o José Dirceu ter uma consultoria e cobrar 40 milhões de consultoria de empresas que atendem a Petrobras. E vêm aqui criticar o governo do estado? Não posso entender isso!
Tem que ter muita disposição de, hoje, vim aqui e dizer que a Dilma, que o governo federal está certo? Para! Dizer que o governo do estado não dá atenção, que o governo do estado não sei o quê... Nós temos um estado referência, pelo amor de Deus! Vamos ter consciência!
Nós temos mostrado. O PT, acho que nunca mais vai governar o Brasil, eu espero, pelo menos. Como não voltou a governar Blumenau, Joinville, Chapecó, porque o PT gosta de administrar aqui no microfone, porque se fosse eles faziam assim, porque quem está fazendo está fazendo errado.
Aqui o PT administra bem. Agora, quando pega a caneta e vai lá administrar, aí é outra realidade. Aí as coisas são diferentes.
O secretário Antonio Gavazzoni foi consultado pelo secretário do Rio Grande do Sul sobre o que fazer. Nós temos um governador, nós temos um secretário referência em nível de Brasil. Gente que está tratando com zelo o patrimônio público, o bem dos catarinenses.
É o estado que tem a melhor remuneração da Segurança Pública, um estado que tem a Educação com mil e duzentas escolas, e quase todas reformadas ou em ação de serem reformadas. Daí vem aqui alguém dizer que quase todas as escolas do estado estão fechando, que o problema de escola é em todo estado. Disseram agora, dez minutos atrás, nesta tribuna!
Pelo amor de Deus! Vamos ter consciência! Vamos poder encarar as pessoas de frente. O governo de Santa Catarina é um governo referência, o governador Raimundo Colombo, como o secretário Antonio Gavazzoni, que hoje estava aqui, ele disse: eu posso ir em qualquer ambiente, eu posso encarar qualquer debate, porque eu tenho certeza de que o que eu estou fazendo, estou fazendo para o melhor para o nosso estado, com coerência, com responsabilidade.
O Samu, que aqui foi falado hoje, da forma que está, está errado. Tem muitos erros, tem que ajustar, está custando caro para o cidadão, não é caro para o governo, é caro para o cidadão, porque o dinheiro do cidadão está custando caro para o cidadão, e não está dando a resposta que deveria dar, que é prestar um serviço de qualidade.
Para termos ideia, o deputado Serafim Venzon, que é médico, veio aqui na tribuna e disse que várias vezes precisou do Samu e nunca foi atendido, deputado Dr. Vicente Caropreso. Sempre tinha um lá no atendimento para fazer pergunta, parecia que buscava uma justificativa para não ir. Ele como médico precisou, com urgência, transportar um paciente, como médico, não conseguia convencer, ao que fazia o atendimento, para encaminhar aquela ambulância.
Então, tem que mudar. O secretário João Paulo Kleinübing quer mudar, até estuda a possibilidade de fazer convênio com os bombeiros, que sempre atenderam bem na maioria dos municípios. Temos que melhorar o que está sendo feito em Santa Catarina, na educação é para melhorar, na saúde é para melhorar, na segurança é para melhorar.
No Rio Grande do Sul, governado pelo PT, deu um aumento para pagar até 2018. Resultado, mais uma enganação, como é a enganação em nível de governo federal. É a mesma enganação. Hoje o Brasil com um rombo de R$ 30 bilhões, ainda quer dizer que está certo. Pelo amor de Deus, vamos ter consciência. Temos que realmente ver o que está acontecendo.
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Pois não!
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - Estamos aqui neste Parlamento para auxiliar. Isso que v.exa. está falando não é a mesma coisa que o governador do estado está falando, já mencionei isso. A presidente Dilma foi generosa com o estado de Santa Catarina, que v.exa. votou juntamente comigo, direcionando recursos do governo federal de R$ 600 milhões a fundo perdido.
Nós votamos aqui, acho que v.exa. leu o que votou. Foi bom para o estado de Santa Catarina. Aqui ninguém está discutindo isso, o que estamos discutindo é para melhorar, a crítica é para isso. O que queremos que não aconteça no estado de Santa Catarina é que em 2013 falando da MP, que estávamos discutindo hoje pela manhã, nós fizemos isso e o Partido dos Trabalhadores alertou que iria dar problema.
Por isso que a nossa preocupação hoje é que tire a MP e nós discutimos como projeto de lei, com diálogo. Parece que já foi acertado com o governo, teve a consciência, graças a Deus, o secretário Antonio Gavazzoni que percebeu que poderia vir mudanças. É assim que acontece, para melhorar.
Quanto à questão do Samu, v.exa. está equivocado também. Em 2011 nós decidimos que não podia terceirizar, mas o governo terceirizou. Na época pagavam R$ 3 milhões para o Samu, hoje pagamos R$ 9 milhões. Claro que não é perfeito, mas se centralizar aqui em Florianópolis vai ficar pior ainda. E se o deputado Serafim Venzon, que é médico, não conseguiu atender um paciente, precisou de outro médico, o problema é dele. E se ele quando foi chamar o Samu não foi atendido, ele deveria ter denunciado, pois tem que denunciar para melhorar o serviço, porque o povo de Santa Catarina paga muito. Mas quero falar para v.exa., com todo o respeito que tenho pela sua pessoa, que as críticas são para melhorar e o governo foi muito bom com o estado de Santa Catarina. Ontem mesmo o governador falou que em Blumenau os recursos são do governo federal. Que bom que venha, tem que vir cada vez mais para o nosso povo aqui.
A Sra. Deputada Luciane Carminatti - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Pois não!
A Sra. Deputada Luciane Carminatti - Acho que a democracia sempre é um grande desafio, porque nela nós temos que aprender a conviver com o contraditório. Acho que esse é o exercício da democracia.
Em segundo lugar, eu posso falar com muita tranquilidade sobre corrupção, porque eu não tenho nenhum processo na minha vida. E olha que já participei de cinco eleições e quatro mandatos. Não tenho, por isso falo de cabeça erguida. Agora se for para falar de corrupção, vamos falar da denúncia da Petrobras que apareceu os R$ 10 milhões do Aécio Neves, que recebeu de Furnas. Vamos falar do José Roberto Arruda, do Distrito Federal, vamos falar do Banco Marka, do Banestado, vamos falar do metrô de São Paulo, vamos longe.
Acho que tem que se falar de todos, não só dos da cor vermelha. E eu topo fazer esse debate. Mas não posso aceitar que nós não possamos fazer crítica. Fui vereadora em Chapecó da situação e da oposição. Fiz o meu prefeito, sendo líder da bancada do PT, retirar um projeto da Câmara de Vereadores. Disse-lhe: "Tenho princípios! Se v.exa. continuar vou votar contra". Os nossos mandatos e os governos são todos passageiros. Devemos ter princípios para defender ou perdemos a moral. Procuro defender princípios, não é porque estou na oposição hoje. Procuro manter a coerência. E, se for para falar do governo federal, vejamos quais os partidos que estão no governo hoje? PT, PMDB, PSD, que tem ministério. Então, vamos devagar porque o santo é de barro. Se não está tão bom o governo federal, poderiam sair e deixar só a presidenta, então. Agora, se estamos no governo, temos que assumir.
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Deputada, com todo respeito, aceito as críticas, mas não aceito o governo federal cortar o Fies dos estudantes, mentir que não há mais dinheiro, porque gastou de forma equivocada. Daí, vêm aqui dizer que as escolas de Santa Catarina - e a educação de Santa Catarina é um exemplo - estão todas fechando. Com o governo federal cortando o Fies, pagando menos de R$ 10,00 por uma consulta para o SUS, que está levando todos os hospitais filantrópicos e até públicos à quebradeira, vêm à tribuna dizer que são referência. Não posso aceitar isso quando temos um governador e um secretário que são referências em administração pública em nível de estado e do Brasil. Santa Catarina é um estado com as finanças mais equilibradas do país. Então, respeito às manifestações, mas estou colocando a outra parte. Tanto aceito a democracia, que ouvi e estou contrapondo, e quem está ouvindo que julgue.
Hoje o prefeito Cesar Souza está dando um exemplo do que é preocupar-se com o país, com a situação que o PT deixou. O prefeito reduz o próprio salário e dos secretários. O prefeito Cesar Souza está adotando políticas necessárias para acompanhar a dificuldade na economia. Apenas com a redução do seu salário de R$ 22.000,00 para R$ 16.000,00 e dos secretários de R$ 14.000,00 para R$ 13.000,00, ele consegue quase R$ 500.000,00 por ano. Ele quer fazer um ajuste de redução de R$ 100 milhões no ano.
Isso é administrar. Isso é o que o Antonio Gavazzoni está fazendo como secretário da Fazenda, é o que o governador Raimundo Colombo está fazendo. Quando pode dar, ele dá. Quando não pode, ele segura. As verbas do Fundam em Santa Catarina chegaram ao destino para beneficiar a população. E não é o que acontece na União.
Então, quero fazer o registro, dentro da democracia, de que a Educação neste estado é referência, que o secretário da Educação está procurando a melhor saída. E irá encontrar a solução para aquela escola de Blumenau. Trata-se de um problema dentre as 1.200 escolas do estado. Santa Catarina é, sim, um estado referência no país.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)