Pronunciamento
Maurício Eskudlark - 017ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 30/03/2006
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, público que nos assiste, o deputado Vânio dos Santos disse que não tinha tempo suficiente para falar de tudo o que o PT tem feito. Mas temos que ter tempo para falar do que o PT, através de um de seus líderes maiores, o próprio presidente da República, diz de um cidadão brasileiro, de um simples caseiro. O que fizeram foi uma desfaçatez com o cidadão brasileiro, um desrespeito com o nosso povo, ou seja, a quebra do sigilo bancário de um cidadão que fez uma denúncia, um cidadão humilde, um brasileiro simples, que foi lá, que viu, que disse que estavam mentindo, que fez uma colocação e que teve o seu sigilo bancário quebrado.
Sr. presidente e srs. deputados, temos que ter tempo para falar sobre a dançarina, a deputada Ângela Guadagnin, que estava dançando, festejando a absolvição de um colega do PT, tripudiando em cima do povo brasileiro. Temos que ter tempo para falar sobre tudo isso. É inominável o abalo moral que o PT causou com a sua administração inconseqüente em instituições centenárias, como os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, cujos funcionários tiveram o seu orgulho ferido. O PT é um partido que mexeu na ética, na moral, mexeu em tudo que poderia ter mexido.
O Duda Mendonça, que fez a pregação e a maquiagem dos candidatos, conseguiu transformar todos em bons meninos perante a opinião pública. Conseguiu transformar o José Dirceu, o José Genuíno, todos eles.
Mas temos aqui uma opinião do jornal ANotícia, de quarta-feira, dia 29 de março de 2006, que não é uma opinião política, é independente, daqueles que analisam os acontecimentos:
(Passa a ler)
"Final de festa
Apesar das reincidências e de quebra de decoro em repetidos atos de absoluta insensatez, nesta e em outras legislaturas, os brasileiros ficaram chocados e perplexos diante das imagens da deputada federal Ângela Guadagnin, comemorando a absolvição do colega João Magno, do PT, por ter recebido R$ 425.950,00 do valerioduto. Os passos de dança ensaiadas pela polêmica deputada de São José do Rio Preto foram exibidos em quase todas as redes de televisão, com a mesma insistência das cenas de um diretor dos Correios embolsando propina em pleno gabinete de trabalho.
São duas cenas emblemáticas da performance e do desempenho do PT no governo Lula. De um lado, a propina sendo embolsada com desfaçatez e, de outro, a comemoração descarada pela garantia de impunidade a mais um deputado acusado de crime político. Não há dúvida de que são cenas fortes que deverão permanecer por longo tempo na memória do povo brasileiro. Mais adiante, poderão mesmo simbolizar ao eleitor que o PT significa, acima de tudo, corrupção e impunidade."
Não é minha opinião! É opinião do jornal ANotícia, dos órgãos de imprensa, da imprensa catarinense e da imprensa brasileira. Não discordo dessa opinião, mas estou dizendo que essa opinião é a opinião da imprensa.
(Continua lendo)
"A deputada Ângela Guadagnin já vinha se notabilizando pela defesa insistente e radical dos deputados envolvidos no valerioduto. Foram dela, sempre, os pedidos de vistas dos processos e longos arrazoados em defesa dos colegas acusados de integrarem a rede do mensalão, sempre com o objetivo de reduzir ao mínimo possível os efeitos dos relatórios do Conselho de Ética da Câmara, afinal desautorizados pelo plenário em diferentes julgamentos. A deputada conseguiu se transformar na advogada intransigente dos colegas petistas e, ao promover o espetáculo nada edificante da dança da impunidade, coroar-se como a rainha da petulância e da desfaçatez com que a Câmara vem lidando com os processos do mensalão e do valerioduto.
O desastre político e o custo eleitoral pela dança da impunidade fará da deputada Ângela Guadagnin um símbolo e ao mesmo tempo um ícone de um ciclo negro da história brasileira, que certamente os eleitores de todo o País não esquecerão tão cedo. Um final de festa que pode mesmo determinar o rumo da campanha eleitoral à Presidência da República, mesmo considerando a vantagem que Lula apresenta nas pesquisas de intenção de voto nas últimas semanas.
Não apenas os fatos relacionados com os mecanismos de transferência de recursos públicos para fins políticos estão diretamente vinculados ao PT e ao governo Lula, mas também a ousada estratégia de reduzir crimes políticos de grande envergadura, como corrupção e caixa-dois, a simples erros de alguns companheiros, coisa que todo mundo faz no Brasil, estão relacionados com a nova ética que o PT pretende estabelecer na política brasileira.
A dança da deputada Ângela, neste conturbado final de festa e de governo, pode ficar como a última cena de uma peça que mistura comédia e tragédia, que a Nação brasileira desejar ver encerrada para sempre."[sic]
Srs. deputados, sras. deputadas, público que nos assiste, essa é a opinião abalizada expressa no jornal ANotícia do dia 29 de março e que com certeza representa o sentimento de indignação da população brasileira, indignação que todos nós temos. E digo isso com todo o respeito que eu tenho com relação à conduta, à honradez dos deputados da bancada do PT nesta Casa. Mas os exemplos em nível nacional são os piores possíveis, são todos aqueles que o povo brasileiro não queria e não quer ver na política do nosso país.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Sr. presidente e srs. deputados, temos que ter tempo para falar sobre a dançarina, a deputada Ângela Guadagnin, que estava dançando, festejando a absolvição de um colega do PT, tripudiando em cima do povo brasileiro. Temos que ter tempo para falar sobre tudo isso. É inominável o abalo moral que o PT causou com a sua administração inconseqüente em instituições centenárias, como os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, cujos funcionários tiveram o seu orgulho ferido. O PT é um partido que mexeu na ética, na moral, mexeu em tudo que poderia ter mexido.
O Duda Mendonça, que fez a pregação e a maquiagem dos candidatos, conseguiu transformar todos em bons meninos perante a opinião pública. Conseguiu transformar o José Dirceu, o José Genuíno, todos eles.
Mas temos aqui uma opinião do jornal ANotícia, de quarta-feira, dia 29 de março de 2006, que não é uma opinião política, é independente, daqueles que analisam os acontecimentos:
(Passa a ler)
"Final de festa
Apesar das reincidências e de quebra de decoro em repetidos atos de absoluta insensatez, nesta e em outras legislaturas, os brasileiros ficaram chocados e perplexos diante das imagens da deputada federal Ângela Guadagnin, comemorando a absolvição do colega João Magno, do PT, por ter recebido R$ 425.950,00 do valerioduto. Os passos de dança ensaiadas pela polêmica deputada de São José do Rio Preto foram exibidos em quase todas as redes de televisão, com a mesma insistência das cenas de um diretor dos Correios embolsando propina em pleno gabinete de trabalho.
São duas cenas emblemáticas da performance e do desempenho do PT no governo Lula. De um lado, a propina sendo embolsada com desfaçatez e, de outro, a comemoração descarada pela garantia de impunidade a mais um deputado acusado de crime político. Não há dúvida de que são cenas fortes que deverão permanecer por longo tempo na memória do povo brasileiro. Mais adiante, poderão mesmo simbolizar ao eleitor que o PT significa, acima de tudo, corrupção e impunidade."
Não é minha opinião! É opinião do jornal ANotícia, dos órgãos de imprensa, da imprensa catarinense e da imprensa brasileira. Não discordo dessa opinião, mas estou dizendo que essa opinião é a opinião da imprensa.
(Continua lendo)
"A deputada Ângela Guadagnin já vinha se notabilizando pela defesa insistente e radical dos deputados envolvidos no valerioduto. Foram dela, sempre, os pedidos de vistas dos processos e longos arrazoados em defesa dos colegas acusados de integrarem a rede do mensalão, sempre com o objetivo de reduzir ao mínimo possível os efeitos dos relatórios do Conselho de Ética da Câmara, afinal desautorizados pelo plenário em diferentes julgamentos. A deputada conseguiu se transformar na advogada intransigente dos colegas petistas e, ao promover o espetáculo nada edificante da dança da impunidade, coroar-se como a rainha da petulância e da desfaçatez com que a Câmara vem lidando com os processos do mensalão e do valerioduto.
O desastre político e o custo eleitoral pela dança da impunidade fará da deputada Ângela Guadagnin um símbolo e ao mesmo tempo um ícone de um ciclo negro da história brasileira, que certamente os eleitores de todo o País não esquecerão tão cedo. Um final de festa que pode mesmo determinar o rumo da campanha eleitoral à Presidência da República, mesmo considerando a vantagem que Lula apresenta nas pesquisas de intenção de voto nas últimas semanas.
Não apenas os fatos relacionados com os mecanismos de transferência de recursos públicos para fins políticos estão diretamente vinculados ao PT e ao governo Lula, mas também a ousada estratégia de reduzir crimes políticos de grande envergadura, como corrupção e caixa-dois, a simples erros de alguns companheiros, coisa que todo mundo faz no Brasil, estão relacionados com a nova ética que o PT pretende estabelecer na política brasileira.
A dança da deputada Ângela, neste conturbado final de festa e de governo, pode ficar como a última cena de uma peça que mistura comédia e tragédia, que a Nação brasileira desejar ver encerrada para sempre."[sic]
Srs. deputados, sras. deputadas, público que nos assiste, essa é a opinião abalizada expressa no jornal ANotícia do dia 29 de março e que com certeza representa o sentimento de indignação da população brasileira, indignação que todos nós temos. E digo isso com todo o respeito que eu tenho com relação à conduta, à honradez dos deputados da bancada do PT nesta Casa. Mas os exemplos em nível nacional são os piores possíveis, são todos aqueles que o povo brasileiro não queria e não quer ver na política do nosso país.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)