Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 008ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 22/02/2011
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente e srs. deputados, não poderia deixar de assomar à tribuna para renovar a preocupação da população catarinense com referência às mortes que têm ocorrido no trânsito neste estado.
Todos nós acompanhamos pela mídia, no último final de semana, o atropelamento de uma turista argentina em Jurerê Internacional. Ela e seus familiares estavam aqui passando as férias e foi atropelada sobre a faixa de segurança. Dizem até, às vezes, que estou meio neurótico com a questão do trânsito, principalmente com relação à faixa de segurança.
Em Balneário Camboriú, na avenida Atlântica, a preferência deve ser para o pedestre. Infelizmente vejo que precisamos fazer no Brasil um trabalho de conscientização no trânsito, de mudança na legislação. Nesse caso que ocorreu em Jurerê, o motorista foi autuado em flagrante, mas, infelizmente, a lei permite que seja arbitrada a fiança e que ele responda ao processo em liberdade. Ele saiu da delegacia de polícia ainda embriagado para voltar para sua casa, sem ter consciência do mal que provocou à sociedade, destruindo uma família.
Então, precisamos incluir esse tema no currículo escolar, dar orientação em todas as escolas, fazer seminários, palestras. Se a faixa de segurança tem utilidade apenas quando não tem nenhum veículo cruzando a via, então ela não precisa existir. Os motoristas não respeitam a faixa. Temos que fazer um trabalho de conscientização para os pedestres também, para que eles obedeçam à faixa de segurança. Eu sou motorista e faço questão de dar preferência ao pedestre e às vezes até mexo com alguém que não está fazendo o cruzamento pela faixa de pedestre.
É necessário penalizar com maior rigor o descumprimento da lei principalmente quando há um atropelamento ou uma morte sobre a faixa de trânsito. Peço que nos mobilizemos, bem como as comissões da Casa, esta Assembléia como um todo, os prefeitos municipais, os governos estaduais, o Detran, a própria secretaria de Turismo e a secretaria da Segurança para que façamos uma campanha a fim de efetivamente reduzir o número de mortes no trânsito. Os jovens de bem estão perdendo a vida no trânsito e os jovens que se desvirtuam estão perdendo a vida no tráfico, na criminalidade.
Nós, infelizmente, estamos vendo uma mortandade de jovens, uma geração se perdendo em razão disso tudo que tem acontecido com as drogas, com o trânsito. Então, não poderia deixar de registrar essa preocupação, que é também de todos os catarinenses.
Vamos fazer as prefeituras investirem, pintando faixas, mantendo atualizada a sinalização, fazendo campanhas de trânsito nas escolas, porque as crianças cobram isso dos pais. Quando a criança, no banco traseiro do veículo, verifica que o motorista cometeu uma irregularidade, se ela sabe que aquilo não está correto, ela cobra. Então, é importante fazermos campanhas nas escolas, mas precisamos da mobilização dos governos estaduais, municipais e de todos para que possamos reduzir o número de mortes no trânsito, principalmente de jovens.
Queria também aproveitar para fazer mais um registro de uma matéria relativa à área de segurança pública: "Assaltos para sustentar o vício". Trata-se de um criminoso que era responsável pelos sequestros relâmpagos que estavam acontecendo na região da Beira-Mar, em Florianópolis. Precisamos reconhecer o trabalho de investigação que a Deic faz e quero parabenizá-la pela prisão de mais esse criminoso. É mais um criminoso que, ao invés de procurar um familiar, saiu do presídio e foi praticar assaltos para sustentar o vício do crack.
A luta contra o tráfico e a criminalidade é muito importante e eu não poderia, sr. presidente, deixar de registrar mais esse crime lamentável que atingiu a sociedade catarinense, quando uma turista perdeu a vida sobre a faixa de segurança.
Obrigado, sr. presidente.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)