Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 092ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 15/10/2013
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Muito obrigado, sr. presidente.
Estávamos aqui com os vereadores Dirceu Silveira e Selvino Maciel, do município de Modelo, que reivindicam mais veículos, viaturas, melhorias para o município. E sabemos que com essa liberação de recursos através do governador Raimundo Colombo, através do governo do estado, os prefeitos principalmente têm estado presentes na capital do estado, no encaminhamento dos projetos, no vencer a burocracia que é necessária para conseguir liberar esses recursos.
Infelizmente é necessária, deveria ser mais ágil, mas hoje para querer se combater a corrupção, e que tem que combater, na verdade se engessa a administração pública. Tem muito mais órgãos de controladoria, de acompanhamento, de controle interno, de controle externo, de corregedoria, enfim, a burocracia acaba engessando esse nosso país tantas obras que poderiam ser mais rápidas em todas as áreas.
Mas hoje é o Dia do Professor e não poderia deixar de dizer aqui algumas palavras sobre a educação, inclusive relembrando da primeira professora, no município de Canoinhas, e de outros professores, porque ao longo da vida passamos a admirar mais exemplos do que palavras, pois se ensina muito mais pelo exemplo do que pela palavra.
Neste momento da tecnologia as crianças só querem saber do computador, e aí os professores têm que encontrar fórmulas para chamar a atenção, para serem ouvidos, para serem escutados, a fim de ensinar. Cito o exemplo de uma afilhada de três anos que sabe escrever o nome dela somente no computador, à mão ainda não sabe. Assim, vemos a mudança na tecnologia e como os professores têm que agir.
Estava lendo um editorial do Diário Catarinense onde consta que o Brasil é um dos países com menor número de pais que recomendam seus filhos a serem professor, porque é uma profissão que já foi valorizada até os anos 60, perto dos anos 70, quando até se brincava que para estar bem tinha que casar com uma professora. Lembramo-nos dessa questão, dessa brincadeira, mas era sério. A professora era uma pessoa importante da comunidade, era aquela que orientava e fazia tudo. Hoje o professor encontra-se desvalorizado.
Na China, segundo o editorial, o professor é tão valorizado quanto o médico, mas em nosso país e em alguns outros países não existe essa valorização moral, social, de respeito ao professor, como também a financeira.
Assisti a um vídeo a respeito de como os professores devem atuar para atrair o interesse de uma criança, deputado Dóia Guglielmi, numa sala de aula, com toda essa tecnologia. Mostrava o vídeo professores que gostam de fazer a leitura em sala de aula, e numa sala de 30 alunos não se ouvia nenhum ruído, porque todos queriam ouvir.
Acho que a melhor forma de estimular a leitura é ler, não fazer a criança ou o aluno ler. Isso acontece, porque o pai e a mãe, em casa, ao lerem livros de história para seus filhos tem que ler a mesma história todas as noites, porque as crianças querem ouvir a mesma história todas as noites. E essas crianças crescendo ou já no seu crescimento terão, sim, o hábito da leitura. Elas querem ouvir.
Lembro-me do meu filho que dizia: "Pai, conte de novo, pode ser a mesma história." E eu pegava o livro de historinha, fazia a leitura novamente e depois entrega a ele, para que lesse. Enfim, ele lia o livro sem saber ler, porque havia decorado, sabia até o momento em que virava a página.
Então, os professores hoje têm que fazer essa mágica de atrair os seus alunos. É tão bonito ver um professor agarrado, paparicado, respeitado pelos seus alunos. Esse é um valor maior que se tem e que ninguém tira do professor: o carinho, o respeito, o gosto de aula. Claro que todos precisam do reconhecimento financeiro, porque vivem, sustentam as suas famílias com sua profissão. Mas a nossa homenagem ao professor que recebe esse carinho, que tem o amor por ler uma história e por receber um abraço gratificante.
Obrigado a todos os professores.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)