Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 064ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 24/06/2014
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados e público que nos acompanha pela TVAL, quero aproveitar para registrar que recebi a visita do amigo Valdir Fredisi, que esteve hoje em meu gabinete, e também dos vereadores Leonir Luiz Werner e Alcides Martinelli, do município de Serra Alta; da vereadora Carmelita, do município de Dona Emma; e do Glaucio Bachmann, secretário da Saúde daquele município.
Estivemos, hoje, srs. deputados, visitando a secretária da Saúde, Tânia Eberhardt.
Como é bom vermos que temos dois Brasis. Um Brasil onde temos denúncia de corrupção, falta de trabalho, desvios de conduta. E outro Brasil onde vimos servidores e o estado procurando fazer o melhor pela população.
A dedicação, o comprometimento da secretária da Saúde, com as mudanças necessárias à melhoria da saúde no estado de Santa Catarina, realmente motiva. Inclusive, relatei à secretária uma conversa que tive com os gerentes regionais da saúde e vi a motivação, a busca de realmente melhorar as condições de saúde do nosso estado. Alguns hospitais já foram totalmente transformados, como é o caso do Hospital Florianópolis que é um exemplo para os catarinenses.
Os dois meses de implantação do novo sistema do governo do estado, projeto abraçado pelo governador Raimundo Colombo, no que diz à produtividade da classe médica... Hoje, nenhum médico no sistema estadual de saúde ganha menos do que R$ 7.500, ele entra com um piso de R$ 7.500, podendo chegar até R$ 20 mil, mas de acordo com a produtividade.
Então, o estado, a secretaria da saúde, acompanha essa produtividade medida em duas frentes de atendimento. Tem a questão cirúrgica e a ambulatorial, porque senão o profissional poderia fazer o que é mais interessasse ou o que fosse mais rentável. Mas o estado está procurando melhorar e remunerar melhor a classe médica, fazendo isso com base na produtividade. E isso é bom para o cidadão, porque há um interesse do médico em dar maiores resultados.
Temos a vereadora Carmelita que cuida de pessoas que necessitam de cirurgias bariátricas. Ela, uma jovem senhora, nos contou que já teve 150kg de peso e sabe o que sofreu com a perda da estima, com a perda da vontade de viver, com as dificuldades, com as dores, porque quem tem problema de peso acaba tendo problemas de coluna, de joelho. Enfim, são vários os problemas que essas pessoas enfrentam. E ela faz um trabalho de apoio, encaminhamento, atendimento a essas pessoas.
Tinha um hospital em Curitiba que fazia cirurgias. E esses dias, inclusive, foi indagado por que o estado de Santa Catarina parou de fazer as cirurgias em Curitiba. Na verdade, Santa Catarina não tinha convênio e não fazia. Os pacientes catarinenses que encontraram esses caminhos iam direto ao governo e falavam que tinha um hospital no Paraná que fazia essas cirurgias. O hospital, por esse procedimento, cobra do estado, e o estado cobra da União, já que a União é quem banca esse tipo de cirurgia.
O que aconteceu? O estado do Paraná não conseguia cobrar porque esses pacientes eram do estado de Santa Catarina, e o hospital estava fazendo e queria receber. Parece-me que o hospital tem condições de fazer de 100 até 300 cirurgias por mês. Como o estado do Paraná parou de pagar, o hospital deixou de fazer as cirurgias, mas isso não tinha convênio com o estado de Santa Catarina. Então, agora se busca uma solução.
Em Santa Catarina, nós temos esse procedimento em Florianópolis e em Joinville. Mas, claro, não atende toda a demanda do estado.
Mas a secretária Tânia, da Saúde, está debatendo este assunto, procurando uma solução. Inclusive, veio a sugestão, até pelo secretário de Apiúna, sobre a possibilidade de credenciar o Hospital de Indaial. Parece que lá tem um médico especialista que faz, mas o hospital não é credenciado junto ao estado para este procedimento. E há uma dificuldade, porque nos hospitais onde há um movimento maior de pacientes há uma disputa pelo centro cirúrgico. Então, é preciso um hospital que tenha um centro cirúrgico quase que específico para este atendimento.
Entretanto, gostaria de registrar que eu vi na secretaria da Saúde uma secretaria motivada, uma secretaria que quer ver um bom atendimento, um atendimento qualificado ao cidadão catarinense, deputado Eni Voltolini, e que está fazendo o melhor possível.
Ela disse que o ideal que todos queremos alcançar, podemos não alcançar, mas nós vamos lutar muito para que a saúde dos catarinenses esteja sempre como prioridade e na melhor forma de atendimento possível. E eu sou testemunha disso, porque, na semana que passou, um agricultor que teve um problema cardíaco foi levado ao Hospital Regional de Chapecó, e de lá foi removido para o Hospital Regional de São José, de helicóptero, ante a gravidade do fato.
E hoje, verificando com ela, realmente a Secretaria da Saúde mantém o helicóptero do bombeiro em Santa Catarina com a contrapartida do bombeiro para, além dos atendimentos emergenciais que faz, também dar este serviço de transporte de emergência necessário para a população do nosso estado.
Então, estas são ações positivas, ações que nos fazem acreditar que é possível melhorar, que tem que ter as pessoas certas nos lugares certos, pessoas motivadas e querendo resolver esta questão.
Outro assunto que iria falar, sr. presidente, no dia de hoje, é sobre a capa da revista Carta Capital. Brasil, recorde em homicídios. O Brasil tem o maior número de homicídios do mundo em números absolutos. E estatisticamente também, infelizmente, ocupa um lugar de destaque. Uma média de 30 homicídios, 29 homicídios por 100 mil habitantes. Felizmente, Santa Catarina ainda tem uma posição mais confortável, vamos dizer assim, porque é o menor número de homicídios do país.
Então, em Santa Catarina, os investimentos em segurança, já falei antes da saúde, mas saúde e segurança têm trazido os seus reflexos.
Mas, num outro momento vou usar da palavra para falar mais detalhadamente sobre estes índices. É aquela história que já falava o Benedet, não adianta enxugar o chão com a torneira aberta. Enquanto não tiver uma lei mais firme, mais rigorosa, nós vamos continuar tendo este problema. A polícia está prendendo, mas isso não resolve.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)