Pronunciamento
Maurício Eskudlark - 016ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 12/03/2015
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, público que nos acompanha pela TVAL e Rádio Alesc Digital.
Quero, em primeiro lugar, saudar o vereador Clademir Garcia, do município de São Bernardino, além de todos aqueles presentes em nossa Casa Legislativa.
Acompanhamos os pronunciamentos da manhã de hoje e vários colegas abordaram a crise brasileira e as manifestações previstas para o próximo dia 15. Não posso deixar de me pronunciar sobre essas questões e faço-o com cuidado. Por quê? Porque, como disse o deputado Mario Marcondes, esse é um movimento que não é de partido nenhum. Se analisarmos friamente,veremos que é um movimento contra todos os partidos, sem exceção, porque a sociedade brasileira está descontente com tudo o que tem visto no Executivo ecom algumas ações do Legislativo. Então, esse movimento não pode servir de palanque político para ninguém. Acho que nós, políticos, temos que ver do que temos culpa e do que não temos, temos que ouvir e sentir as vozes das ruas e avaliar o que pode ser feito para mudar essa situação.
Nós temos problemas no país, temos problemas em nosso estado, mas não podemos cair no pessimismo, no negativismo. Hoje pela manhã assisti a alguns noticiários e pude constatar que o empresário está com medo de contratar, de comprar matéria-prima e de fazer estoque. Ora, isso vai virando uma bola de neve e o medo acaba aumentando os problemas econômicos e sociais do país, deixando-os maiores do que realmente são.
Mas a verdade é que a sociedade fica revoltada ao ver, deputado Silvio Dreveck, um Pedro Barusco dizendo que vai devolver US$ 200 milhões! Que país é este?! Que controle tem uma empresa como a Petrobras, quando um funcionário consegue, em alguns anos, desviar US$ 200 milhões! Isso é um absurdo! É um descalabro! Qualquer cidadão fica revoltado! Imaginem o que poderia ter sido feito com os recursos que foram desviados, se fossem aplicados na educação, por exemplo? Estamos vendo o Fies com dificuldade de financiamento; os estudantes não estão conseguindo fazer a matrícula porque a faculdade não confia, e com razão, que o governo vá repassar os recursos devidos. Ela quer que o aluno assine uma nota promissória para poder fazer a matrícula.
Santa Catarina tem um secretário da Fazenda que há anos vem procurando fazer o controle das contas do estado, já preocupado com o futuro, com o equilíbrio entre a arrecadação e a despesa, procurando manter o desenvolvimento e cumprir os compromissos. Mas a verdade é que o estado precisa de mais presídios, de mais escolas, de mais professores, sem, contudo, estourar o Orçamento.
Hoje pela manhã recebi uma mensagem de um cidadão que foi aprovado num concurso da Polícia e que pedia que nós, deputados, cobrássemos do governo do estado a contratação dos aprovados que estão na lista de espera.
Então, temos essa preocupação, mas vemos, como disse, que Santa Catarina, em função da administração e controle do governador Raimundo Colombo e do secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, ainda está numa situação confortável em comparação com os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Nosso estado,que em outra época era considerado, deputado Natalino Lázare, o zero da BR-101, hoje tem uma situação econômica melhor que a dos seus vizinhos. Vemos que o Rio Grande do Sul está próximo do colapso eque no Paraná, o governador que se reelegeu no primeiro turno não conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa os projetos de mudança e retirou-os de pauta, porque os servidores e os trabalhadores foram para as ruas protestar.
Então, temos que repensar o momento político e econômico em que vivemos. Estamos vendo formar-se um novo movimento, esperamos que não, mas todos os indícios levam a crer que o ex-presidente Lula não está-se portando como um estadista, pelo contrário,foi a um evento do PT dizendo que vai convocar o exército do Stédile. E o exército do Stédile, pelo que sentimos, já foi para as ruas. Já estamos vendo o MST fazendo manifestações. Manifestações são justas, nós vivemos numa democracia e nela há pensamentos de várias correntes, mas temos que pensar, acima de tudo, neste país, que não é nem do Lula, nem da Dilma Rousseff, nem do Fernando Henrique Cardoso, nem do Aécio Neves, nem de ninguém, o Brasil é dos brasileiros, a nação está acima dos seus dirigentes.
Com relação aos caminhoneiros, eles têm, sim, o direito de protestar, de reivindicar, mas não de trancar as estradas, porque o direito de ir e vir é sagrado. Se eu quiser parar, se eu quiser me incorporar a uma manifestação, eu tenho direito. Agora, se não quero, tenho o meu direito de ir e vir que tem que ser respeitado. Mas também os sem-terra estão trancando rodovias! Isso é um absurdo, ninguém pode trancar uma rodovia! O direito de ir e vir tem que ser respeitado, repito!
Então, este é um momento que requer muita cautela. Vamos respeitar quem está na rua com bandeira defendendo a Petrobras. Todos nós, brasileiros, temos que defender a Petrobras. Os protestos de rua têm motivo de ser. Eles refletem o que pensa a população sobre o governo, sobre a situação econômica. Mas este é um momento para refletir! Um momento que não é para o político ir à passeata fazer discurso, é um momento para o político escutar, ouvir, principalmente os que estão no comando do Executivo, quem têm responsabilidade sobre as questões de segurança, de saúde e de educação neste país.
Acho que temos que ouvir!Nós temos a mania de sempre querer ter razão. Nós não conseguimos ouvir o que as pessoas têm a dizer e parece que, às vezes, não ouvimos o que todas as pessoas, num movimento simultâneo, começam a falar. Há uma revolta muito grande, e não se pode partir para extremismos, temos que escolher os caminhos que vamos seguir, pois não serão somente palavras que mudarão a atual situação. Atos, ações, posições e determinações é que vão mudar, é que vão fazer a população gradativamente voltar a confiar nos seus governantes. Ninguém quer baderna, ninguém quer impeachment, vamos respeitar a democracia. Tira-se do comando quem comete falha grave, quem não quer governar, quem quer afrontar a Constituição. Ninguém quer impeachment, ninguém quer mudar por mudar, nós queremos que o Brasil mude, e para o Brasil mudar é preciso que as pessoas que estão governando mudem.
Não adianta ir para o rádio, para o palanque, para a televisão, porque acaba ficando pior ainda. Os políticos vão ter que mudar a situação com atitudes, com ações efetivas, comprovando que estão governando dentro daquilo que a população quer, não poupando quem comete irregularidades, que tem que ser afastado, tem que ser punido. Se lá atrás a presidente Dilma chamasse Graça Foster e dissesse que seria necessário separar a amizade, pois havia suspeita de irregularidades, que seria preciso nomear um interventor para apurar os fatos, as coisas teriam sido diferentes e agora ela teria credibilidade. Mas a presidente perdeu a credibilidade e a confiança por omissão, por não ter tomado providências como deveria ter tomado. O que a população espera, o que nós, cidadãos, esperamos é que quando houver irregularidades, que quando houver falcatrua, quando houver qualquer indício de desvio, que seja, sim, tomada uma posição.
Então, vamos ouvir atentamente os movimentos das ruas deste final de semana, e tomara, torcemos todos, que o Brasil comece a seguir novos rumos, tudo dentro de um clima de paz, de progresso, de confiança e de desenvolvimento. O pessimismo não vai levar a lugar algum, nós precisamos, sim, juntos, construir um país novo, com muita confiança.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero, em primeiro lugar, saudar o vereador Clademir Garcia, do município de São Bernardino, além de todos aqueles presentes em nossa Casa Legislativa.
Acompanhamos os pronunciamentos da manhã de hoje e vários colegas abordaram a crise brasileira e as manifestações previstas para o próximo dia 15. Não posso deixar de me pronunciar sobre essas questões e faço-o com cuidado. Por quê? Porque, como disse o deputado Mario Marcondes, esse é um movimento que não é de partido nenhum. Se analisarmos friamente,veremos que é um movimento contra todos os partidos, sem exceção, porque a sociedade brasileira está descontente com tudo o que tem visto no Executivo ecom algumas ações do Legislativo. Então, esse movimento não pode servir de palanque político para ninguém. Acho que nós, políticos, temos que ver do que temos culpa e do que não temos, temos que ouvir e sentir as vozes das ruas e avaliar o que pode ser feito para mudar essa situação.
Nós temos problemas no país, temos problemas em nosso estado, mas não podemos cair no pessimismo, no negativismo. Hoje pela manhã assisti a alguns noticiários e pude constatar que o empresário está com medo de contratar, de comprar matéria-prima e de fazer estoque. Ora, isso vai virando uma bola de neve e o medo acaba aumentando os problemas econômicos e sociais do país, deixando-os maiores do que realmente são.
Mas a verdade é que a sociedade fica revoltada ao ver, deputado Silvio Dreveck, um Pedro Barusco dizendo que vai devolver US$ 200 milhões! Que país é este?! Que controle tem uma empresa como a Petrobras, quando um funcionário consegue, em alguns anos, desviar US$ 200 milhões! Isso é um absurdo! É um descalabro! Qualquer cidadão fica revoltado! Imaginem o que poderia ter sido feito com os recursos que foram desviados, se fossem aplicados na educação, por exemplo? Estamos vendo o Fies com dificuldade de financiamento; os estudantes não estão conseguindo fazer a matrícula porque a faculdade não confia, e com razão, que o governo vá repassar os recursos devidos. Ela quer que o aluno assine uma nota promissória para poder fazer a matrícula.
Santa Catarina tem um secretário da Fazenda que há anos vem procurando fazer o controle das contas do estado, já preocupado com o futuro, com o equilíbrio entre a arrecadação e a despesa, procurando manter o desenvolvimento e cumprir os compromissos. Mas a verdade é que o estado precisa de mais presídios, de mais escolas, de mais professores, sem, contudo, estourar o Orçamento.
Hoje pela manhã recebi uma mensagem de um cidadão que foi aprovado num concurso da Polícia e que pedia que nós, deputados, cobrássemos do governo do estado a contratação dos aprovados que estão na lista de espera.
Então, temos essa preocupação, mas vemos, como disse, que Santa Catarina, em função da administração e controle do governador Raimundo Colombo e do secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, ainda está numa situação confortável em comparação com os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Nosso estado,que em outra época era considerado, deputado Natalino Lázare, o zero da BR-101, hoje tem uma situação econômica melhor que a dos seus vizinhos. Vemos que o Rio Grande do Sul está próximo do colapso eque no Paraná, o governador que se reelegeu no primeiro turno não conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa os projetos de mudança e retirou-os de pauta, porque os servidores e os trabalhadores foram para as ruas protestar.
Então, temos que repensar o momento político e econômico em que vivemos. Estamos vendo formar-se um novo movimento, esperamos que não, mas todos os indícios levam a crer que o ex-presidente Lula não está-se portando como um estadista, pelo contrário,foi a um evento do PT dizendo que vai convocar o exército do Stédile. E o exército do Stédile, pelo que sentimos, já foi para as ruas. Já estamos vendo o MST fazendo manifestações. Manifestações são justas, nós vivemos numa democracia e nela há pensamentos de várias correntes, mas temos que pensar, acima de tudo, neste país, que não é nem do Lula, nem da Dilma Rousseff, nem do Fernando Henrique Cardoso, nem do Aécio Neves, nem de ninguém, o Brasil é dos brasileiros, a nação está acima dos seus dirigentes.
Com relação aos caminhoneiros, eles têm, sim, o direito de protestar, de reivindicar, mas não de trancar as estradas, porque o direito de ir e vir é sagrado. Se eu quiser parar, se eu quiser me incorporar a uma manifestação, eu tenho direito. Agora, se não quero, tenho o meu direito de ir e vir que tem que ser respeitado. Mas também os sem-terra estão trancando rodovias! Isso é um absurdo, ninguém pode trancar uma rodovia! O direito de ir e vir tem que ser respeitado, repito!
Então, este é um momento que requer muita cautela. Vamos respeitar quem está na rua com bandeira defendendo a Petrobras. Todos nós, brasileiros, temos que defender a Petrobras. Os protestos de rua têm motivo de ser. Eles refletem o que pensa a população sobre o governo, sobre a situação econômica. Mas este é um momento para refletir! Um momento que não é para o político ir à passeata fazer discurso, é um momento para o político escutar, ouvir, principalmente os que estão no comando do Executivo, quem têm responsabilidade sobre as questões de segurança, de saúde e de educação neste país.
Acho que temos que ouvir!Nós temos a mania de sempre querer ter razão. Nós não conseguimos ouvir o que as pessoas têm a dizer e parece que, às vezes, não ouvimos o que todas as pessoas, num movimento simultâneo, começam a falar. Há uma revolta muito grande, e não se pode partir para extremismos, temos que escolher os caminhos que vamos seguir, pois não serão somente palavras que mudarão a atual situação. Atos, ações, posições e determinações é que vão mudar, é que vão fazer a população gradativamente voltar a confiar nos seus governantes. Ninguém quer baderna, ninguém quer impeachment, vamos respeitar a democracia. Tira-se do comando quem comete falha grave, quem não quer governar, quem quer afrontar a Constituição. Ninguém quer impeachment, ninguém quer mudar por mudar, nós queremos que o Brasil mude, e para o Brasil mudar é preciso que as pessoas que estão governando mudem.
Não adianta ir para o rádio, para o palanque, para a televisão, porque acaba ficando pior ainda. Os políticos vão ter que mudar a situação com atitudes, com ações efetivas, comprovando que estão governando dentro daquilo que a população quer, não poupando quem comete irregularidades, que tem que ser afastado, tem que ser punido. Se lá atrás a presidente Dilma chamasse Graça Foster e dissesse que seria necessário separar a amizade, pois havia suspeita de irregularidades, que seria preciso nomear um interventor para apurar os fatos, as coisas teriam sido diferentes e agora ela teria credibilidade. Mas a presidente perdeu a credibilidade e a confiança por omissão, por não ter tomado providências como deveria ter tomado. O que a população espera, o que nós, cidadãos, esperamos é que quando houver irregularidades, que quando houver falcatrua, quando houver qualquer indício de desvio, que seja, sim, tomada uma posição.
Então, vamos ouvir atentamente os movimentos das ruas deste final de semana, e tomara, torcemos todos, que o Brasil comece a seguir novos rumos, tudo dentro de um clima de paz, de progresso, de confiança e de desenvolvimento. O pessimismo não vai levar a lugar algum, nós precisamos, sim, juntos, construir um país novo, com muita confiança.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)