Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 003ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 10/02/2015
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Muito obrigado, sr. presidente, srs. deputados, público que nos acompanha, nossos amigos que estão aqui presentes na Assembleia Legislativa. Queria aproveitar para saudar o prefeito de Águas de Chapecó, sr. André; o vereador Japonês, meu particular amigo que também está na Casa junto com o Paulo Simon, que é engenheiro civil do município.
Também saúdo a sra. vereadora Norminha Espíndola, do município de Navegantes, pessoa da nossa mais alta estima.
Eu não usei antes o microfone para saudar o dr. Dalmo Claro, porque era o primeiro inscrito a fazer uso da palavra, mas quero dizer que é uma grande honra tê-lo aqui na Assembleia Legislativa pela sua história, pela sua vida, pelo respeito e admiração que temos por v.exa. Eu tenho aprendido muito nesta Casa, como sermos mais tolerantes, dialogar, mas temos muito a aprender com v.exa., sabemos que v.exa. tem muito a contribuir com Santa Catarina, a sua vinda para nós é motivo de orgulho, e sei que para toda a Assembleia Legislativa.
Seja bem-vindo e as nossas homenagens à esposa, familiares, pois sabemos que é um momento importante para o nosso estado, mas, principalmente, para a família.
Eu estou inscrito aqui para falar de dois assuntos, e um deles, é a questão das obras federais no estado.
Nós tivemos algumas rodovias paralisadas que estão em obras e que tiveram a paralisação a partir do início de dezembro. E após essa paralisação, a informação que recebemos foi que os funcionários entrariam em férias coletivas. No mês de dezembro pararam no mês de janeiro não reiniciaram. Havia sido um período de férias.
Agora, tivemos a informação de que o retorno das obras seria no dia 1° de fevereiro, agora, depois do carnaval. Mas nós fomos buscar algumas informações e parece-me que o repasse de recursos para as empreiteiras que estão executando as obras no estado de Santa Catarina estão de quatro a seis meses em atraso. E isso preocupa muito porque temos o exemplo da BR-163, que é uma rodovia que já está totalmente mexida para a ampliação, cujo projeto é muito bom, vai melhorar a segurança, aumentar a fluidez do tráfego e evitar, de forma mais organizada, a diminuição do número de acidentes.
Então, queremos um tráfego melhor e uma diminuição do número de acidentes. Entretanto, as obras, do jeito que estão, tornam a BR-163 muito mais vulnerável a acidentes. E se, efetivamente, o governo federal está realmente com o repasse de quatro a seis meses em atraso, isso nos preocupa muito.
Entendo que isso deve ser informado pelos órgãos federais para que tenhamos um esclarecimento. É o mesmo caso da BR-470, cuja obra parece estar parada.
A nossa preocupação é com aquelas obras que estão mais adiantadas, como é o caso da BR-163, mas também com as outras obras federais em Santa Catarina, inclusive com a BR-470. Sou otimista por natureza, torcemos para que o Brasil entre nos trilhos, para que o Brasil vá bem. Nos prejudica de alguma forma e nos preocupa a inflação de 1,24% no mês de janeiro, mas torcemos para que essas obras não sofram paralisações.
Nós temos a ponte de cabeçudas, em Laguna, que está quase concluída e esperamos que essa inauguração aconteça, acho que é uma das maiores obras em andamento no país. E a nossa preocupação é que todas essas obras tenham esse mesmo caminho.
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Pois não!
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - Deputado v.exa., sempre cobra, desta tribuna, com muita clareza, a rapidez nas obras. A BR-470 tem continuidade, sim, tenho passado por lá todos os dias inclusive quando venho para cá.
E BR-163, tenho certeza, será retomada assim como a ponte de Laguna, que está agora para remarcar a inauguração, uma belíssima obra, uma obra de arte no sul do estado.
Mas não podemos esquecer, deputado Maurício Eskudlark, as obras que são feitas pelo governo do estado de Santa Catarina.
Hoje, antes de eu sair da minha casa, em Blumenau, ouvi o prefeito de Treviso dizendo que uma obra lá daquela região, está parada há muito tempo, que há tubos lá e que tem passado caminhões, veículos leves, atormentando, inclusive, os moradores. E aquela obra já começou há muito tempo e não terminou ainda. Ela está toda esburacada, e é uma obra do governo do estado de Santa Catarina.
Falo também da obra SC-470, que é a rodovia Jorge Lacerda, que v.exa. conhece muito bem. E peço a ajuda de v.exa. para cobrarmos do governo do estado de Santa Catarina que são as nossas rodovias estaduais que precisam, sim, desse carinho do nosso governador. E tenho certeza de que ele a fará. E sobre as obras federais, vou somar-me a v.exa. para cobrar agilidade dessas obras.
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Muito obrigado, deputada Ana Paula Lima, eu agradeço v.exa., que é sempre muito atuante, com certeza nós temos que refletir o sentimento da população, o sentimento do trabalhador da classe empresarial, e existe a preocupação. Nós temos que estar atentos, somos cobrados e temos que levar essa cobrança adiante.
Eu ouvi vários presidentes de sindicatos rurais neste final de semana e outro assunto que nos preocupou, que é um grande problema para o oeste catarinense, é o preço do litro de leite. O deputado Vampiro é do sul, e eu não sei se nesta região a produção leiteira é tão forte, mas no oeste do estado, hoje, o produtor que tem 30 ou 40 cabeças de gado produzindo leite tem uma renda mensal que permite até ter prestação, comprar o seu carro, muitos também fizeram ampliação nos equipamentos para a sua produção, mas a média do preço do litro do leite, que deveria estar em torno de R$ 0,80 ou R$ 0,85, está em torno de R$ 0,40 ou menos. E esse preço afeta a economia catarinense como um todo, principalmente a região do oeste que é voltada para essa produção.
Por isso a nossa preocupação, sendo que no mês de março os Sindicatos de Produtores e Trabalhadores Rurais já estão programando manifestação, reunião ou um debate para encontrar uma solução para a produção de leite, deputado Antônio Aguiar. É uma produção importante e faz com que o produtor tenha uma renda mensal, movimente a economia, e essa queda no preço pode causar problemas.
Há também o fato de que as empresas compradoras estão optando em comprar dos produtores que estão instalando equipamentos e onde têm 300, 500 vacas produzindo leite. É mais fácil de recolher, operacionalmente, do que recolherem de 15, 20 ou 30 propriedades. Isso nos causa grande preocupação.
Então, estamos renovando a nossa preocupação com as obras estaduais e federais, como já falou a deputada Ana Paula Lima, e também com essa questão da produção leiteira...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)